Na década dos 80, Josep Vicent Marques publicava um livro titulado "Quê fai o poder na tua cama?", a onda feminista que arrancou na década dos 70, falava de que o privado era público, e começou a bucear na sexualidade feminina para, em primeiro lugar denunciar a sua existência, negada tanto por científicos como por filósofos e teólogos; em segundo lugar anunciar aos quatro ventos a potência da sexualidade feminina, umha sexualidade nom dependente nem passiva, e em terceiro lugar para separa-la definitivamente da maternidade.
Vicent Marques perguntava Quê fai o poder na tua cama?. Agora queremos perguntar-nos "Quê fai o poder na tua mesa?" e quem di na mesa di na cozinha, di na cesta da compra. As feministas sabíamos que as mulheres no planeta desenvolvemos o 70% do trabalho mas só possuirmos o 1% da propriedade da terra. Somos maioria na produçom de alimentos agrícolas e gandeiros, e somos maioria na elaboraçom desses alimentos, segundo a agencia para a alimentaçom das Naçons Unidas essa porcentagem chega ao 70% nos países empobrecidos.
Desde há uns anos as organizaçons campesinas do mundo estam organizando-se em redes trabalhando por um direito que asseguram é fundamental para a sobrevivência dos povos e do planeta: a soberania alimentaria.
As labregas feministas estam aportando novas reflexons e campos de acçom ao feminismo, nesta ocassom nom só reivindicando o espaço rural e a agricultura como um modo de vida das mulheres onde devem ter assegurados os seus direitos como trabalhadoras e como mulheres, senom empoderando a todas as mulheres como elaboradoras de alimentos para cambiar modelos patriarcais e capitalistas que afetam à saúde das pessoas e do planeta.planeta.Pruduzir alimentos, para consumilos tendo em conta a cultura das comunidades, e nom aceitar pasivamente novos hábitos de alimentaçom mediatizados pola publicidade e as decisons econômicas da Organizaçom Mundial do Comércio e as multinacionais; consumir os alimentos locais, apoiando as agriculturas de proximidade, aforrando a energia do transporte e conservaçom dos alimentos que vam dum continente a outro; nom aceitar alimentos produzidos em monocultivos de grandes terratenentes que nom duvidam em utilizar a repressom contra as comunidades que desenvolvem agriculturas locais nesses países; desbotar o usos de pesticidas e demais produtos que ameaçam a nossa saúde e à da terra; dar-lhe as costas aos alimentos transgênicos... som muitos os princípios que construem o direito à soberania alimentaria. A urgência da crise humanitária que está cruzando o planeta, concretada na subida dos prezos dos alimentos básicos, nos está exigindo olhar às labregas feministas e às suas organizaçons, para poder levar adiante um cambio tam profundo como necessário e urgente: o jeito de produzir e consumir os alimentos, garantindo os direitos das mulheres campesinas e assumindo e pondo em prática as suas alternativas.
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