domingo, março 27, 2011

Galiza já tem petróleo


Baixo o lema "A auga fonte de creaçom", em Dezembro de 2010, celebrou-se n'A Corunha o Fórum da Auga. Unirom-se para organizar o evento, duas fundaçons que somam um grande poder económico, político e mediático, a "Fundación Agbar" e a "Fundación Santiago Rey Fernández Latorre". A segunda vinculada ao grupo de comunicaçom ao que pertence "La Voz de Galicia"; a primeira vinculada ao Grupo Abgar propriedade num 75% de SUEZ ENVIRONNEMENT, dedicada, principalmente, ao negócio de comercializaçom, distribuiçom e tratamento da auga, da corporaçom transnacional francesa GDF-Suez.

O representante dos interesses desta coorporaçom, Angel Simón, comunicou publicamente parte do resultado dum encontro que mantivo co Presidente da Xunta de Galicia, Nuñez Feijoo, conforme a empresa Agbar ía ubicar na Galiza um dos seus centros tecnológicos onde se investiga em patentes, que aumentam o poder tecnológico desta multinacional e lhe vai permitindo afazer-se coa propriedade de cada vez mais quantidade de auga em todo o planeta. O que ninguém contou foi o que Nuñez Feijoo ofereceu a esta poderosa companhia. Será todo isto fruto doutros encontros onde se concretou em que termos se redactaria a nova Lei de Augas de Galicia?

Na actualidade, Aquagest, filial desta poderosa multinacional da auga, gestiona na Galiza o seu suministro a um milhom de galegos e galegas de 60 concellos, segundo dados da própria empresa. Polo de agora a súa gestom reduzia-se ao suministro e tratamento. Coa nova Lei de Augas, a receḿ criada empresa Augas de Galicia, erigida em "proprietária" de toda a auga do país, incluída a que chove, pode chegar a acordos, fazer concessions ou mesmo ser sujeito, ela mesma, de privatizaçom por parte do Governo da Xunta, e passar a formar parte desta poderosa corporaçom que se adica a lucrar-se co que tem que ser um bem público, social e universal, um direito e nom umha mercadoria, a auga.

Perigosamente Angel Simón  declarou que Galiza é o país da auga. Toda umha declaraçom! vindo do representante de Agbar que factura mais de 3.100 milhós de euros ao ano. Toda umha declaraçom que nos pom no ponto de mira da cobiça que move a este tipo de grupos económicos.

Hai tempo que se fala da guerra da auga ... Gérard Mestrallet, presidente e director geral de GDF-Suez, numha conferência celebrada o passado 16 de Março em Barcelona, apresentada por Angel Simón, afirmou que os movimentos políticos e sociais que se estám produzindo no Mediterráneo, podem abrir muitas posibilidades de inversom. Líbia tem petróleo, gas e auga, muitas reservas de auga fóssil, num dos aquíferos mais grandes do planeta.

Galiza é o país da auga, o que traduzido ás coordenadas político-económicas actuais, é como ter "petróleo azul". Nom deixemos que esta riqueza se converta na nossa desgraça. Deroguemos a Lei de Augas.

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sábado, março 26, 2011

Parte de guerra


A umha semana da declaraçom de guerra e entrada em acçom por parte do exército do império sobre Líbia, o parte de guerra arroja o seguinte balance:
  • Podem-se contar por milhares as baixas no bando democrático. Cada dia mais pessoas som vítimas da crença de que a força e a destruçom servem para arranjar os conflitos. Estas vitimas o som sobre todo polo efeito do gas deturpador que desde distintos frentes informativos se lançam contra umha povoaçom desprotegida ante a manipulaçom informativa.

  • Em quanto aos efetivos do bando democrático, a situaçom empeora por momentos. Umhas forças já moi debilitadas pola política de pactos e polas presions e chantagens das forças económicas imperiais, sobre todo em quanto efetivos sindicais e unidades políticas se refere, forom reduzidas ao mínimo desde os primeiros ataques. No caso do estado espanhol, a frente de defensa democrática, o parlamento, ficou só com tres efetivos em activo, pertencentes às brigadas do BNG e IU.

  • Às possibilidades de reorganizaçom das forças democráticas vam necessitar dum grande esforço. A umha clarisima desventaxa de médios, une-se as diferenças que emergem entre os distintos grupos condenados a um entendimento ou a umha vitoria sem resistência por parte das forças imperiais. Começa a ver-se ainda assim, uns primeiros movimentos de recuperaçom em espaços tradicionalmente dominados polas forças democráticas, como som as ruas dalgumhas cidades, que acolhem estes días mobilizaçons e protestas.

  • As posicións ofensivas das grandes coorporacións energéticas e da industria militar, pola sua parte, avançam sem apenas resistencia e sem que se tenha conhecemento de nengumha baixa ou danos sofridos.

Galiza 26 de Março de 2011

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sábado, março 19, 2011

Imos à guerra!


Nom sei moi bem a quem lhe sorria o representante chinês quando alçou a mam no Conselho de Seguridade da ONU. Nom estou certa se foi ao representante francês, ao ruso ou à representante de USA. O que sim acertei foi a interpretar o que aquele sorriso vinha a dizer. Era a brincadeira de quem até o último momento joga co ocultamento da sua carta numha partida de baralha, convertendo numha trivialidade o feito terrorífico da aprovaçom dumha guerra de intervençom, num país soberano, por parte dumha coalizom de potencias estrangeiras.

Para resolver um conflito o último que se deve fazer é avivá-lo, ampliá-lo ou agravá-lo. Eis o que vem de fazer o Conselho de Seguridade sem tam sequer avaliar o informe de situaçom realizado polos seus enviados especiais a Líbia.

Os submarinos atômicos, os porta-avions, os caças de combate, os avions pilotados por controle remoto... nom vam ajudar à estabilidade, nem proteger vidas humanas ou praticar solidariedade como tam hipocritamente manifestava a Ministra de Defesa, Carmo Chacón. As armas som para matar e a guerra para destruir.

O representante francês no Conselho de Seguridade dizia que nom se disponha de muito tempo, mesmo falava de horas para que a intervençom fosse possível. A diferença parecia estar em que o regime de Gadafi podia em horas, estabilizar a situaçom e sufocar o levantamento armado contra do seu governo. O objectivo da operaçom militar internacional queda assim totalmente espido. Pretende-se umha intervençom para desestabilizar o país, acavar coas instituiçons do estado libio e fazer-se cos recursos naturais  ( petróleo, gas e sobre todo auga), ademais de cumha muito cobiçada situaçom geopolítica na fronteira com muitos países de grande interesse, entre eles Egipto, Argelia e Niger.

Comecemos logo a despedir-nos do país africano coa maior esperança de vida, ou o mais alto no índice de desenvolvemento humano do continente da hambruna, a SIDA e as guerras fracticidas e os genocidios.

Um diligente Conselho de Seguridade, ante umha revolta armada, em menos de quinze dias pom a todo um povo baixo a ameaça dumha agressom armada a escala internacional. Esse mesmo conselho de Seguridade que nom é quem de fazer cumprir nem umha soa das muitas resoluçons de condena a Israel. O mesmo artrítico Conselho que se mostrou incapaz de parar o bombardeio à povoaçom de Gaza, ou tanta morte e destruçom em Iraque, Afeganistam, Congo, Somália... O mesmo Conselho que olha para outra parte quando as tropas de Arabia Saudi, estes dias, acude ao chamado da monarquia de Barein para assassinar manifestantes, desta volta desarmados.

Seica a declaraçom de guerra no estado espanhol tinha que tê-la aprovado o Parlamento. Mais aló imos à guerra! sem que se nos consulte, e sem que poidamos valorar o calado desta decissom. Como contrasta a rapidez da intervençom coa lentitude da reacçom internacional ante o desastre de Japom!. Nom teria sido melhor mobilizar todos esses recursos armamentísticos para ajudar á povoaçom japonesa e enfriar o reator que tanto ameaça a vida por aquelas latitudes, e mandar a Libia, como propunham os países do ALBA, umha delegaçom diplomática de “boa vontade” para intermediar entre as partes? Quem será essa oposiçom líbia? Que projeto político terá para Líbia? Que interesses representa que podem mercar o veto de potencias como Rusia ou China e mobilizar a flota da OTAN em quinze dias?

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