sexta-feira, maio 22, 2009

Falta dinheiro no meu sindicato



Hoje os meios de comunicaçom informarám à opinom pública de que faltam muitos miles de euros das contas da CIG em Ferrol. Muitas pessoas conheciamos esta situaçom desde hai uns meses, causada por umha ludopatia do responsável de finanças.

Em todas as organizaçons polas que passei ou nas que participo na actualidade, as finanças som o morto co que ninguém quer carregar. Um trabalho ingrato que precisa de muita dedicaçom e constáncia.

Entre companheiras e companheiros a confiança é fundamental, mas esta nom é a primeira experiência deste tipo. Por isso o controlo democrático das finanças fai-se fundamental nas organizaçons sociais, e a ninguém lhe deve sentar mal que assim se lhe controle. E por suposto, esse momento em todas as reunions onde se passa a informaçom sobre o estado das contas da organizaçom, deve ocupar o lugar que lhe corresponde, fazendo um esforço, de transparência e responsabilidade. É o mesmo que o dinheiro público. Som cartos das organizaçons, som cartos do povo organizado. No caso do meu sindicato, som cartos da classe obreira organizada. Som intocáveis!

Haverá que mudar muitas coisas, pedir responsabilidades e mudar jeitos de trabalho ou modelos organizativos, mas o que me inquieta do que vai ocorrer quando a notícia saia na imprensa, é desconhezer o interesse que persegue esse grupo de pessoas com bastante representatividade na CIG, que brinda às empresas mediáticas, informaçom fazilmente manipulável, dumha situaçom interna que só compete à CIG e à justiça.Porque os congresos se ganham nas asembleias e na acçom sindical, nom coa tinta envelenada dalgúns jornais.

E que tudo isto suceda justo no momento no que os companheiros e companheiras do metal em Vigo, estám recebendo, também por parte dessas empresas mediáticas, um dos mais virulentos ataques contra o sindicalismo, e em concreto contra da CIG, dos últimos tempos. Estám botando mais lenha ao lume. Para que arda quem?

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segunda-feira, maio 18, 2009

Como no Prestige



Foi como umha grande maré de chapapote batendo contra as costas. Foi outra vez ver a vida ameaçada pola dominaçom, a incompetência e o ódio. Coma no Prestige.

Sabiam as gentes que querem arredar a nossa Língua de nós, que como dizia Ramón Piñeiro, a Língua é a alma dum povo?

Sabiam estas gentes quando começaram umha nova cruzada contra o galego, que a nossa poeta nacional ensinou-nos a reagir "qual loba doente e ferida"?

Sabiam estes infelizes que Celso Emilio ensinou-nos que a nossa Língua nom "pode apartar-se de todos os que sofrem neste mundo"?

Por isso as mentiras, as aldrages, as ameaças, as reservas onde nos querem meter, forom como as marés do Prestige, petarom na alma do nosso povo e botou-se à rua. Como no Prestige, baixo a chuvia, baixo umha imensa maré de guarda-chuvas.

Alí estavamos, tam diferentes, tam cada quem da sua casa, mas co mesmo pulso, co mesmo alento para sentirmo-nos dum povo, o nosso, que hoje saiu a defender-se.

E eu estivem alí, e fum umha das privilegiadas que escoitou o alalá de Mercedes Peón, saindo atávico, para petar-nos na alma e na consciência e viver uns dos momentos mais emotivos da jornada. Sempre em Galiza, sempre em galego.

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