terça-feira, junho 12, 2007

Carlos Aymerich maneja pouca informaçom ...


Comentando un artigo do parlamentario do BNG Carlos Aymerich, publicado en varios medios de comunicaçom ... "
Catro verdades sobre Reganosa"

Carlos Aymerich maneja pouca informaçom porque também poderia botar enriba das pessoas que nos oponhemos a Reganosa mais merda política. Um sector significativo de EU em Ponte Vedra está pola continuidade de ENCE; o BNG n'As Pontes convocou umha manifestaçom para pedir poder contaminar mais, mais cuota de CO2; o PSOE das Pontes quere levar a ENCE para alí ... em fim, os tempos estám tam revoltos que as referências políticas muitas vezes nom se podem buscar nos partidos. Por isso a cidadania de Ferrol temos que unir-nos ao redor do Comité Cidadán de Emerxencia e apartar diferências políticas para luitar contra o perigo que supom Reganosa, para as nossas vidas e para a vida da Ria. Todas as pessoas que nomea Aymerich do Comité Cidadán, do PSOE e IU, e todas as demais que nom nomea, militantes do BNG e votantes, ainda estamos reagindo porque nom damos crédito a que este governo, que por suposto nom estivo na orige de Reganosa, nom só nom revisara todas as actuaçons feitas até agora polo governo Fraga, senom que numha linha continuista recurreu umha das sentencias do TSXG que anulam a tramitación ambiental de Reganosa. Essas sentencias paralisariam a construcçom da planta, porque é assim, ainda nom está em funcionamento, está em construcçom e ilegalmente fazendo provas. Que parte do BNG é o perseguido polas forças espanholistas? O que se move na Conselharia de Industria, que ficou no concelho e vem de levar o nosso voto de castigo ou o que tivo que dimitir do concelho por coerência e está no Comité de Emerxencia, nos barcos cos mariscadores e mariscadoras e na rua agredidos pola policia? Este governo tem feito em pouco tempo cousas moi boas: a lei do solo para proteger o nosso litoral; o banco de terras e a ley de montes que é como umha pequena reforma agrária; as leis de igualdade e de dependência; o consórcio de serviços sociais e as galescolas...mas mentres se construe por um lado, hai quem desfai polo outro virando para políticas neoliberais. Em Ferrol conhecemo-nos bastante. Somos duas cidades numha. Umha cidade vinculada à dereita e outra vinculada à esquerda onde o nacionalismo tem umha presencia moi importante, que nom se puido expresar esta vez em votos. Pois bem, cada quem deve saber de que lado da cidade está, porque o conflicto de Reganosa arrastra tam profundas eivas democráticas, som tantas as ilegalidades cometidas para conseguir ubica-la em Mugardos, que pode seguir tendo efecto dominó em partidos políticos e instituiçons. Ademais, quem está pedindo mao dura neste conflito nom conhece a historia desta cidade, nom se lembra de que nos chamavam a universidade obreira, nom sabe da capacidade política e organizativa que pode chegar a desenvolver cando se amarra à defesa dumha causa que considera justa. Outra cousa é que nom lhes importe que nos deam lenha, que nos queimen, e nom me estou a referir ao gas, porque agora semelha que som mais importantes e estratégicos para o país FENOSA, ENDESA, BANCO PASTOR, CAIXA GALICIA, e um habitual na Conselharia de Industria o GRUPO TOJEIRO...

12-06-2007
Lupe Ces

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domingo, junho 10, 2007

Por quê umha feminista vai ir manhá pedir a liberdade do Patrom Maior

Som várias as vozes que, ao longo destes dias, criticam às feministas que participamos nas mobilizaçons que solicitam a liberdade de Bernardo Bastida. Eu som umha dessas feministas e vou ir manhá a unir-me à marcha que estám realizando os mariscadores e mariscadoras desta comarca, junto a pessoas vinculadas ao Comité Cidadán de Emerxencia e organizaçons ecologistas, para achegar-se até o cárcere de Teixeiro. Essas vozes acusam-nos de esquecemento dos graves feitos acaecidos há algúns anos, quando o já daquela Patrom Maior, foi julgado e condenado por agressom sexual a umha trabalhadora da Cofradia. Nom, nom esquecemos. Mas nesta ocassom, Bernardo Bastida nom é detido por cometer um delito, nem como conseqüência dumha outra condena. É detido por participar numha mobilizaçom que tinha como objectivo paralisar a entrada ilegal dum gaseiro na nossa Ria. É detido por ser o Patrom da Cofradia, por ser o representante dos mariscadores e mariscadoras. O Patrom Maior convirte-se assim num prisioneiro de Reganosa, para o que outros poderes prestárom os grilhetes e as celas, dizendo que mantê-lo em liberdade criava alarma social, ou como reza no auto "para evitar um possível delito". E como algumhas feministas estavamos alí, umhas nos barcos fazendo fronte ao gaseiro, e outras no porto agardando e alentando a acçom das mariscadoras e mariscadores, puideramos ser nós mesmas as represaliadas, e assim lhe-lo figemos constar à juíza assinando umha autoinculpaçom polos mesmos feitos polos que o Patrom Maior da Cofradia de Ferrol era detido e levado ao cárcere. E ainda sem esquecer, o que nom se pode é virar os olhos ante a injustiça e deixar que umha luita colectiva entre polos tam desiguais, se julgue polo historial delictivo dumha pessoa. Porque a luita por sacar a Reganosa fora da Ria de Ferrol, é umha luita moi desigual. Dum lado a cidadania da comarca de Ferrolterra, com desinformaçom e mesmo abandoada por algumhas forças políticas e sindicais nas que se sentiu de sempre representada; ameazada e agredida polas autoridades que deveriam defendê-la. Doutro lado ENDESA, FENOSA, BANCO PASTOR, CAIXA GALICIA... os de sempre, com medios de comunicaçom moi fortes como LA VOZ DE GALICIA, e agora também cos contertúlios da Rádio Galega; co governo da Xunta do señor Fraga Iribarne para poder asentar sem problema os começos deste fraudulento negócio; e agora, mercando nom se sabe bem a cámbio de qué, novas vontades numhas administraçons governadas por forças políticas de esquerdas que estaríam chamadas a preservar a vida, o meio ambiente e mesmo a legalidade.

Algumhas vozes se escuitam recitando o historial de Bernardo Bastida... Detrás disto saem outras dizendo que as mariscadoras e mariscadores só querem dinheiro, que nom lhes importou ter a Ria contaminada todos estes anos... e ao melhor é verdade, pois o principal para estas pessoas é defender os 500 postos de trabalho que dá esta Ria e que sabemos que poderíam ser muitos mais. Mas o que passa agora, é que a injustiça de Reganosa resulta já um feito palpável, como resulta já evidente que a planta de gás nom vai ser paralisada de momento polo novo governo, como agardavamos muitas pessoas de boa fê. O que passa agora é que vemos entrar os gaseiros, e ver passar a poucos metros da tua casa um gaseiro arrastrado por vários remolcadores é moi didáctico. O que passa agora é que trescentos milhons de litros de auga da nossa Ria, vam ser cloradas todos os dias do ano e expulsadas de novo a mais baixa temperatura, e isto resulta moi doado de entender, salvo para alguns biólogos e técnicos ao serviço da empresa. O que passa é que, como dixo alguém o outro dia na assembleia cidadá "a gente movemo-nos por evidências". Falta saber que move a outras pessoas a desprestigiar este movimento cidadá. Manhá estarei fronte ao cárcere de Teixeiro, junto às trabalhadoras e trabalhadores do mar. Manhá domingo, estarei, porque outras luitas ao melhor nom compartimos, mas esta é a nossa luita, a de toda a cidadania de Ferrolterra. Tenho boa memória mas A RIA É NOSSA E NOM DE REGANOSA.

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