domingo, julho 26, 2009

Morte em Toledo


Ainda cansa dum 25 de Julho que me deixou a cabeça cheia de informaçom e imagens sem processar, a Rádio Galega oferece a sua habitual ráfaga informativa horária, a morte dumha mulher em Toledo, a maos do homem que tinha dela umha ordem de alonjamento, abre os cinco minutos de informaçom.

Ao apertom de vísceras que me acompanha neste tipo de novas, une-se umha irradiante ira que tento acalmar aporreando este teclado. A Rádio Galega, a rádio pública de Galiza, prefere, nos segundos que pode adicar a esta morte, informar-nos da nacionalidade do agressor, português, e de que a vítima tinha duas crianças dumha relaçom anterior, desperdiciando esses maravilhosos segundos dumha audiência de miles de pessoas, para incluir detalhes da vida pessoal da vítima que difuminam a nova principal, desenhando um modelo de mulher vítima, no quanto de contextualizar o novo assassinato, como um novo ataque machista à liberdade e à vida das mulheres.

Nos meus ouvidos nom soarom, mais sim polo meu pensamento, passavam as linhas que ficarom fora do papel da redacçom da notícia.

"Segundo a organizaçom Red de Mujeres Contra la Violência Machista, com este novo caso som já 43 mulheres as que perderom a vida no que vai de ano, a maus dos seus agressores. Na Galiza som três, a última vítima, Maria Luz Tapia, morria assassinada na Corunha a passada semana. A violência machista, cobra assim umha nova vida sem que as medidas legislativas e judiciais que se aplicam nestes casos, parezam ser capazes de paralisar esta sangria constante de vidas truncadas de mulheres que nesta ocassom, ademais, deixam menores marcados para sempre pola tragedia".

Tudo isto é o que cumpria escuitar hoje, mais na rádio nom sou.

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