Visitam o paseio frente a minha casa, mais estam em todas partes, som os comedores de Macdonals.
Sementam por onde passam pequenos pacotinhos de onde sacarom o tomate ou a maionesa, e grandes sacos de papel com restos de gorduras e às vezes também de pequenos anacos sem consumir. Os comedores de Macdonals chegam com os seus carros, algúns de músicas altisoantes, e começam a sementar desde as janelas, primeiro cada saquinho, logo os vasos, as bolsas grandes e as latas do omnipresente refresco de cola.
Tento compreende-los e justifica-los, de seguro podo encontrar algúmha razom para o que fam. De seguro nom sabem nada sobre a devastaçom da Amazonia. Desconhezem, de seguro, as consequencias dos agrotóxicos e os monocultivos de agricultura intensiva. Nom teram informaçom, sobre as consequencias na agricultura local ou mesmo na actividade dos pequenos establecimentos de restauraçom da zona, dumha multinacional de comida rápida, que importa absolutamente todos os alimentos que pom à venda. Nom sabem, nom tenhem informaçom ou a que lhes chega nom a entendem... Também imagino , num exercicio de enfermiza empatia, que quando estiverom na escola, os comedores de Macdonals nom tiverom a ninguém que lhes explicara a necessidade de cuidar o médio ambiente e portanto a urgência dumha boa gestom do lixo. Ou simplesmente o seu pai ou a sua nai nunca lhes berrarom "Nom tires o lixo ao cham porco!!! Por isso, com paciência, recolho sempre que podo, os restos espalhados frente à minha casa, para manter o meu espaço mais próximo, limpo do seu logo coorporativo e portanto do seu domínio.
O que me abate é ver à gente de esquerdas acudir a esses estabelecimentos.
Hai pais e nais, que ainda sendo críticos com Macdonals e conhecendo o comprido historial da multinacional e o seu simbolismo, acudem ali com as suas crianças, quando lho pidem, ou quando as convidam à celebraçom do aniversário de outras crianças. Baixo a ameaça de converter à sua filha ou ao seu filho num bichinho raro ou excluido das celebraçons sociais, entram no mundo Macdonals enchendo as compridas listas de consumi cúmplice, entre outras coisas, com a devastaçom da Amazonía. Mais tudo é por umha boa causa. Sería moi triste romper essa image feliz dumha infância reunida por volta dumha tarta, ainda que esta seja de productos trangénicos cultivados em terras expropiadas a povos indigenas.
Deixamos assim, que as nossas crianças, as crianças da esquerda, sejam educadas polo palhasso de Macdonals ou os valores de Disney Channel, do mesmo jeito que nom lhes dizemos nada quando dum jeito natural falam-nos em castelám, porque a nossa consciência nom soportaria impor-lhes nada mais que os horários escolares ou a tomada de medicamentos. Polo demáis, deixamos que vaiam medrando em liberdade, a liberdade de consumir em Macdonals e converter-se, se assim o decidem, nos futuros comedores de Macdonals, sem que nos poidam deitar à cara que lhes impujemos as nossas ideias, os nosso valores.
Os valores que tenhem os comedores de Macdonals, nom som impostos, venhem voando polo ar, formam parte da paisagem.
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Sementam por onde passam pequenos pacotinhos de onde sacarom o tomate ou a maionesa, e grandes sacos de papel com restos de gorduras e às vezes também de pequenos anacos sem consumir. Os comedores de Macdonals chegam com os seus carros, algúns de músicas altisoantes, e começam a sementar desde as janelas, primeiro cada saquinho, logo os vasos, as bolsas grandes e as latas do omnipresente refresco de cola.
Tento compreende-los e justifica-los, de seguro podo encontrar algúmha razom para o que fam. De seguro nom sabem nada sobre a devastaçom da Amazonia. Desconhezem, de seguro, as consequencias dos agrotóxicos e os monocultivos de agricultura intensiva. Nom teram informaçom, sobre as consequencias na agricultura local ou mesmo na actividade dos pequenos establecimentos de restauraçom da zona, dumha multinacional de comida rápida, que importa absolutamente todos os alimentos que pom à venda. Nom sabem, nom tenhem informaçom ou a que lhes chega nom a entendem... Também imagino , num exercicio de enfermiza empatia, que quando estiverom na escola, os comedores de Macdonals nom tiverom a ninguém que lhes explicara a necessidade de cuidar o médio ambiente e portanto a urgência dumha boa gestom do lixo. Ou simplesmente o seu pai ou a sua nai nunca lhes berrarom "Nom tires o lixo ao cham porco!!! Por isso, com paciência, recolho sempre que podo, os restos espalhados frente à minha casa, para manter o meu espaço mais próximo, limpo do seu logo coorporativo e portanto do seu domínio.
O que me abate é ver à gente de esquerdas acudir a esses estabelecimentos.
Hai pais e nais, que ainda sendo críticos com Macdonals e conhecendo o comprido historial da multinacional e o seu simbolismo, acudem ali com as suas crianças, quando lho pidem, ou quando as convidam à celebraçom do aniversário de outras crianças. Baixo a ameaça de converter à sua filha ou ao seu filho num bichinho raro ou excluido das celebraçons sociais, entram no mundo Macdonals enchendo as compridas listas de consumi cúmplice, entre outras coisas, com a devastaçom da Amazonía. Mais tudo é por umha boa causa. Sería moi triste romper essa image feliz dumha infância reunida por volta dumha tarta, ainda que esta seja de productos trangénicos cultivados em terras expropiadas a povos indigenas.
Deixamos assim, que as nossas crianças, as crianças da esquerda, sejam educadas polo palhasso de Macdonals ou os valores de Disney Channel, do mesmo jeito que nom lhes dizemos nada quando dum jeito natural falam-nos em castelám, porque a nossa consciência nom soportaria impor-lhes nada mais que os horários escolares ou a tomada de medicamentos. Polo demáis, deixamos que vaiam medrando em liberdade, a liberdade de consumir em Macdonals e converter-se, se assim o decidem, nos futuros comedores de Macdonals, sem que nos poidam deitar à cara que lhes impujemos as nossas ideias, os nosso valores.
Os valores que tenhem os comedores de Macdonals, nom som impostos, venhem voando polo ar, formam parte da paisagem.
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