Desde que comezou o ano, venho conversando com Adela e Maria José. Adela fala pouco, deixa máis bem que seja a sua filha María José, professora de religiom católica, a que mantenha o argumentário, dado que eu sempre ando teimando que a súa é umha religiom de submissom.
María Luisa, “la Lupe”, somou-se a estas conversas sobre que fazemos as mulheres na vida e nas tumbas. Ela, foi a que me descubriu que entre gitanos e gitanas nom hai mais assassinatos machistas porque as mulheres fuxem, a cambio de renunciar aos filh@s e ficar desterradas para sempre.
Agora estamos aguardando por Maria Elena nesta tertulia de insubmisas. Porque é assim, matarom-nas por insubmisas, por nom calar, por nom ficar quietas onde se lhes dizia, por contar o que passava, por replicar... porque virom nos seus olhos a olhada da liberdade. Agora, que o calendário se nos enche de cadáveres em rebeldia cumpre lembrar-lhes que nom estam soas, que somos moitas, e que seremos quem de tumbar a fera do machismo assassino. Agora, cumpre que saltem do calendário e nos acompanhem a toda parte, companheiras rebeldes, companheiras insubmissas caídas na luita contra a barbárie.
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