Elisa, matarom-te quando os teus pés tomavam o caminho, possuindo o território que ti tam bém conhecias nos teus longos passeios. Elisa, matarom-te porque alguém quixo caçar e vencer o teu jeito áxil de estar no mundo. Elisa, matarom-te, e no momento da túa morte, umha rede mesta de medo e impotência abatiu a liberdade das mulheres que em Cabanas, A Capela e Fene compartilhavam os teus caminhos, corredoiras e rueiros. Elisa, matarom-te e as duvidas e a incerteza méterom-se nos zapatos de todas nós. Por ti, por todas, sacaremos a força para volver a sentir os nossos passos ligeiros, livres das gadoupas do medo, livres dos grilhetes do machismo assassino.
Para Elisa Abruñedo, assassinada no concelho de Cabanas.
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