terça-feira, setembro 10, 2013

Companheiras adeus!


Pecharom a minha rua. Os sinais e as barreiras cortam a Avenida do Mar em Caranza. O passeio segue acolhendo os passos de moita gente que busca neste caminho a paisagem, a tranquilidade, a brisa e também as sombras dos prádios que abeiram longos tramos deste caminho ao pé da Ria. Umha ria castigada durante tantos anos pola inconsciência das administraçons e a falta de compromisso da cidadania para preservar e defender o território que habita.

Manhá começa a desfeita. Um bom número dessas companheiras de passeio vam ser sacrificadas para a construçom dum tanque de tormentas. Umha obra obsoleta, que em pouco tempo quedará fora da legislaçom europeia. Europa vai proibir este tipo de saneamento que mistura augas pluviais com augas residuais.

Estas companheiras nada podem aguardar das instituiçons que apuram estas obras num caminho cara nengures para encher este bairro de infraestruturas fantasmas, inecessárias, perigosas ou obsoletas (depósito de propano, linhas aéreas de alta tensom, auditório municipal, “tanques de tormentas”, ...). Tampouco podem aguardar nada dumha associaçom vizinhal, a AAVV de Caranza, que devera representar os interesses do bairro, incluindo vizinhos e vizinhas e defensa do território, totalmente alinhada coas decisons das instituçons que promovem este modelo irracional e destrutivo para o território. E nós, o resto de habitantes deste bairro, também daremos as costas, nem estamos nem se nos aguarda.

Só quedaram as perguntas das crianças. Ante os seus olhos as árvores derribadas. E nós que nom poderemos dizer que foi para beneficio da Ria, que foi para benefício da comunidade..., só poderemos explicar e escusar-nos “fam-no para ganhar dinheiro, e nom pudemos fazer nada”.

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