Observava eu estes dias no facebook, com supresa e admiraçom, um encendido debate entre dous amigos sobre as mulheres, a violência machista, as políticas de igualdade... e todo o que vos podades imaginar que pode xurdir, quando dous homes começam a discutir sobre Feminismo. Assistia digo, com admiraçom, porque um desses homes que tenho associado como amigo na minha conta, defendeu-nos ás mulheres bastante bem, fronte a um neo-machista cargado de argumentos de Intereconomia, Asociaçons de Juízes e Conferencia Episcopal.
Muitos homens começam a dar passos importantes no seu compromisso co Feminismo. Falam, opinam, escrevem... e como nós, as feministas, também se trabucam. Digo isto ao abeiro do debate que se está a dar nalgúns espazos de comunicaçom, sobre afirmaçons públicas onde se utiliza a violência machista como símil ou metáfora. Beiras fixo-o ao referir-se à situaçom criada pola ruptura, divorcio, no BNG; e Bieito Lobeira fixo-o referindo-se ao maltratador da nossa Língua, o Conselheiro de Educaçom.
Mas as feministas estariamo-nos equivocando ao pôr cancelas na boca dos nossos aliados, e também nos estariamos equivocando se fazemos da violência machista, um tabu, um tema do que só desde as experimentadas vozes das totens feministas, se conheceram as combinaçons válidas, exactas e acaidas para nomear as inomináveis palavras.
Nom som as metáforas nem os símiles os que nos fam dano. Som as políticas aprovadas, executadas sobre nós, sobre os nossos direitos, por essa maquinária esmagadora, braço executor do patriarcado capitalista que é o Partido Popular. Políticas por certo, moi bem resumidas no lema de CCOO para a greve do 29M, “querem acavar com tudo”.
Nom é o parlamentário Bieito Lobeiras o que deroga a Lei do Aborto, nom é Beiras Torrado o que desmantela a rede de serviços para a Igualdade... e se utilizam os símiles dos mecanismos do maltrato para incorpora-los no seu discurso político, estarám ajudando a dar a conhecer como é que sucede na realidade. Resulta que ademais, umha conceptualizaçom nascida da análise feminista, passa a aplicar-se para comprender outras realidades que nom afectam só a mulheres. Podemos deixar de ler isto como um suceso do próprio Feminismo?
A convivência na esquerda ante a apariçom dum novo proxecto político na Galiza pode resultar, e de feito está a resultar difícil, mas nom botemos muitas energias no que o passo do tempo vai converter em anedota. Porque estám aí, avançam, demolindo, queimando, arrincando-nos até a raiz do que tinhamos sementado... colhamos cada quem a nossa posiçom, mas enfrontemo-nos com uniom às súas políticas, porque Atila volve a Galiza.
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