Hoje nas ruas de Compostela pudemos comprovar que o Feminismo Galego é um movimento social arraigado, criativo e com fortes alianças com outros movimentos e organizaçons políticas. Mas se algo brilhou com pleno protagonismo e resultou confirmado na realidade palpável para quem olhar a manifestaçom, foi o relevo geracional que o Feminismo Galego vinha gestando nestes últimos anos, e hoje viu-se consolidado.
Este feito resulta transcendente ante umha ofensiva patriarcal que está a realizar um bombardeio constante contra os direitos e liberdades acadados pola luita feminista desde a década dos setenta. Um relevo geracional, que está alimentado desde muitas fontes, mas que tem na vontade integradora, de reconhecimento das diferenças, da posta em valor da pluralidade, que o próprio movimento pratica, a sua máxima possibilitadora.
O Feminismo Galego soubo flexibilizar nesta convocatória as formas organizativas que vinham liderando o movimento. A Marcha Mundial das Mulheres tomou a decissom política de replegar-se como guarda-chuvas que acobilhava à maioria do movimento, para aparecer em pé de igualdade com outros colectivos e organizaçons mixtas que demandavam essa nova rede. Decissom que resultou acertada. Eis a maior fortaleza da MMM, tanto a nível galego como a nível internacional: construir-se em cada momento como a expressom mais útil para a defensa dos nossos direitos e liberdades.
Na Galiza conseguiu-se umhas semanas ao redor da data do 8 de março, onde a cidadania soubo da vontade de reagir do movimento feminista, realizando concentraçons, manifestaçons, actos de propaganda, comunicaçom e reflexom, destinados à denuncia das políticas capitalistas aplicada no mar revolto da estafa chamada crise, e a vontade do movimento, para enfrontar a onda patriarcal mais abafante das últimas décadas, que pretende à nossa volta ao século XIX.
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