tag:blogger.com,1999:blog-258118892024-03-14T03:20:39.251+01:00Caranza free opiniom<b>Ligeira mochila, intensa viagem...</b>LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.comBlogger153125tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-47230093066705803362022-03-18T11:24:00.007+01:002022-03-22T19:13:52.300+01:00O FEMINISMO TEM QUE APAGAR A LUZ VERMELHA (Texto e Vídeos)<p> Em primeiro lugar agradecimento enorme às companheiras de Vigo, por
termos dado este espaço para escuitar e ser escuitadas. Em tempos de
censura e política da cancelaçom, em redes sociais, médios
convencionais, dentro da esquerda, e também dentro dos próprios
movimentos sociais, é de agradecer que se abra umha janela para que se
escuite o que estamos a debater e a contestar as feministas, umha vez
apagada a lanterna que nos visibiliza cada 8 de março.<br /><br />A
atrocidade da guerra, oculta e semelha pôr em segundo plano qualquer
outra questom. Assim devera ser, em todo caso, em resposta a todas as
guerras que se estám a desenvolver no planeta. Agora, só semelha que
exista umha guerra, a retransmitida, a que tem o foco mediático, a que
interessa à geopolítica do bloco que nos influi por pertença. As
feministas na Galiza berramos, quando a guerra do Afeganistam, “<span style="color: #2b00fe;"><i>nem guerra que nos mate nem paz que nos oprima</i></span>”, e berramos o mesmo quando a guerra de Iraque. Agora volvemos a dizer “<span style="color: #2b00fe;"><i>nem guerra que nos mate nem paz que nos oprima</i></span>” porque <b>a
guerra é o máximo exponente da cultura patriarcal, a cultura da
violência como forma de relacionar-se entre os seres humanos, a cultura
da destruçom frente a cultura da vida que é a cultura na que nos
socializamos às mulheres, reprodutoras e mantedoras da vida</b>. A cultura da paz, neste momento mais que nunca como a cultura de sobrevivência da humanidade.<br /><br />Na
guerra de Ucraína o patriarcado volve a fotografar-se tal como é.
Mulheres com crianças, pessoas de idade e enfermas, fugindo da guerra;
homens obrigados a ficar contra da sua vontade a tomar as armas, a
fazerem-se violentos e assassinos; <b>nas fronteiras máfias aguardando a
nova mercadoria, mulheres e nenas vulneráveis para substituçom nos
macroburdeis de Europa, Asia ou América</b>; <b>bebes comprados nas granjas de mulheres baixo contrato de explotaçom reprodutiva</b>, sem direitos, entre outros o direito de filiaçom. <b>O feminismo é o antídoto fronte às guerras, porque o feminismo luita polo fim do sistema patriarcal</b>, esse sistema que se monstra tal qual o estamos vendo nas imagens de televisom estes dias.<br /><br />Quando
me convidarom a dar esta charla, falarom-me de desenvolver o tema da
mercantilizaçom do corpo das mulheres. As análises mais conhecidas que
se vinham fazendo desde o feminismo nas últimas décadas do século
passado, monstravam a cousificaçom do corpo das mulheres sobre todo na
publicidade e nos mandatos da moda. Denunciavamos como nos utilizavam
como reclamo para vender um carro de alta gamma, um licor…, ou como para
a moda eramos simples perchas onde colgar a imagem que desejavam ver os
homens, nom importando o que isso de sofremento poidera ter para nós:
roupas incómodas, corpinhos de tortura, tacons impossíveis… todo
limitante e mesmo contraindicado para a nossa saúde. Mentres nos
dedicávamos, com todas as nossas energias, a denunciar a violência
machista, aparcavamos o debate da prostituiçom, era um tema que nos
dividia. As abolicionistas, agora o sabemos, carecíamos do argumentário,
das análises e investigaçons, que nos dessem a força necessária para
enfrenta-lo.<br /><br />Agora a palavra mercantilizaçom soa moi cativa em
relaçom ao salto qualitativo que deu o patriarcado da mam do
neoliberalismo. A realidade nos convida a utilizar palavras mais
ajeitadas para defini-la. <b>Podemos afirmar que o neo-liberalismo
aplica um modelo extrativista a respeito dos corpos das mulheres e da
sua capacidade reprodutiva</b>. Como o extrativismo mineiro, agrário,
gandeiro ou forestal, a extraçom da matéria prima vai-se fazer sem a
penas respeito médio ambiental, no nosso caso, sem respeito à
integridade e à consideraçom das mulheres como pessoas humanas com
direitos. <b>Como no extrativismo a materia prima vai-se extrair nos
territórios onde exista menos regulaçom, menos garantias legais que
protejam o território, mais pobreça, estados corruptos ou endividados, e
umha cultura de conceptualizaçom patriarcal das mulheres fortemente
enraizada</b>. Como no extrativismo, a matéria prima vai-se exportar aos
países mais desenvolvidos onde produzirá pingües benefícios para as
industrias extrativas.<br /><br />A industria criminal do sexo, a prostituiçom e a pornografia, junto com a incipiente industria dos ventres de alugueiro, <b>som modelos extrativistas que funcionam pola simbiose patriarcal-capitalista, que reduzem às mulheres a mercadorias</b>, infraseres sem direitos, para isso utilizam métodos violentos e de anulaçom.<br /><br />O aumento exponencial da <b>industria criminal do sexo</b> vem acompanhado dum movimento extrativo de mulheres dos países mais pobres, em direçom aos países mais ricos. <b>O
consumo de corpos de mulheres associado ao ócio e aos negócios, impom a
necessidade de renovar constantemente a mercadoria para manter a
demanda, e satisfazer a um cliente</b> que exige porque paga. <i>Rocío Mora</i>, da <a href="https://apramp.org/" target="_blank">Asociación para a Prevención, Reinserción e Atención à Mulher Prostituida</a> "<span style="color: #2b00fe;"><i>Apramp</i></span>"
di que no passado ano 2020, se registrou umha reduçom de mulheres de
Brasil, e um incremento de colombianas, dominicanas, paraguaias e
venezolanas. Em menor percentagem, também, cubanas, peruanas e
uruguaias.<br /><br /><b>Esta industria, na sua maior parte ilegal, tem o
reto de converter-se em legal, para superar umha das suas maiores
dificuldades, o branqueio de capitais que provenhem da explotaçom dos
corpos de mulheres e crianças</b>. O modelo regulacionista agora também
chamado modelo de direitos, aponta nessa direcçom. Nom podemos deixar de
nomear às instituiçons que promovem este extrativismo. O Banco Mundial,
e o Fondo Monetário Internacional, com os seus planos de ajuste
estrutural, proponhem empréstimos aos Estados com dívidas externas, para
desenvolver empresas de turismo e entretimento, entenda-se turismo
sexual e entretimento masculino.<br /><br />O 40% dos homens do estado
espanhol som puteros. Som homens que compartem a ideia de que podem
aceder ao corpo das mulheres sem que elas os desejem, ainda que estejam
baixo os efeitos do álcool e as drogas; sejam ou nom vitimas de trata;
que estejam nessa situaçom por pobreza e desamparo; se forom captadas em
situaçom de vulnerabilidade... Situaçons como da que se aproveitam
nestes momentos as redes proxenetas na fronteira polaca.<br /><br /><b>Os
puteros som homens que assumem a deshumanizaçom das mulheres,
naturaliçam a violência e assumem o que é, abuso, violência e domínio</b>,
como um direito de consumidor. O direito a que, sem desejo, só com
consentimento nom provado, mas pagado com um bilhete, penetra-las pola
vagina, polo ano, pola boca; o direito a que lhes chupem o pene, o ano; o
direito a acceder ao corpo dumha mulher em grupo, em manada, o chamado "<span style="color: #2b00fe;"><i>bautismo</i></span>";
o dereito a orinar, defecar, cuspir sobre o corpo das mulheres; o
direito a axfisia-las, apaliza-las, corta-las… Eles tenhem direito como
consumidores a eleger, elas a ser elegidas para sobreviver.<br /><br />O
pago por um bebe nascido dum ventre de aluguer acada na Ucránia 40.000
€. Nesse país nascem entre 2.000 e 2.500 bebes ao ano, em 33 clínicas
privadas, que polo tanto facturam 100 milhons de euros anuais. Esta
industria em expansom florece também na ultracatólica Polonia, em
Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, India, Nepal, México, Tailandia,
Rusia, Grecia, Portugal, Sudáfrica Georgia, Vietnam,
Kazajistán,Tailandia e India. Esta-se introduzindo em Portugal, Bélgica,
Dinamarca e Irlanda, onde estám levantando restrinçons. No estado
espanhol está proibida pero as corporaçons que atuam noutros países
podem publicitar-se, podes trazer um bebe nascido por contrato e
registra-lo como próprio. Uns 1000 bebes ao ano registram-se no estado
espanhol por este método.<br /><br />Esta industria extrativa funciona do
mesmo jeito que a industria do sexo, mas nom está a precisar de redes de
tráfico nem de branqueio à escala do que a prostituiçom. O produto
final tem aguardando unha parelha de semblante feliz que vê os seus
desejos cumpridos, <b>ainda que esses desejos o fossem a costa de direitos de mulheres empobrecidas</b>,
que internadas em espaços onde já nom som consideradas pessoas, senom,
como na gandeiria intensiva, matéria prima onde assegurar um produto de
qualidade, onde vigiar e ter controlo sobre a trazabilidade do produto, e
baixo um contrato onde renunciam a direitos, incluindo o de filiaçom, o
do controlo do próprio corpo, ou o da liberdade de movimentos, até o
momento do parto.<br /><br /><b>Nom é difícil intuir a relaçom que existe
entre sistemas como o prostitucional, industrias como a do aluguer de
ventres, com a violência sexual que medra nas nossas sociedades</b>. Nom
é difícil intuir que a violência sexual nom vai desaparecer, mesmo
seguirá a aumentar se a pornografia erotiza entre os moços e homens a
violência contra as mulheres, chamando-lhe sexo, sexualidade. Podemos
ter umha venda diante dos olhos, mas seguiremos a ser testemunhas de que
pese às medidas institucionais que conquistamos ou que vaiamos
ampliando em relaçom à violência machista, <b>se nom tocamos o sistema
prostitucional, a pornografia e a industria que se apropria da nossa
capacidade reprodutiva a costa dos nossos direitos, a violência contra
as mulheres nom cessará, mesmo se acrescentará</b>. Nom podemos aceitar
os argumentos que se baseiam nas opçons individuais, na liberdade de
eleger frente a fenómenos sociais que estam mechados por industrias do
crime organizado, fundamentadas na desigualdade, na pobreza e na
violência, Aí o consentimento, a livre eleiçom ficam fagocitados.<br /><br />Nom
quero que este argumentário fique reducionista. As causas de que a
violência machista pese a todos os esforços e iniciativas nom esteja a
desaparecer das nossas sociedades, também hai que busca-las, entre
outras, na <b>reacçom dos homens contra a perda de privilégios fronte à
autodeterminaçom das mulheres ao conquistar e praticar os seus direitos</b>.
Mas insisto, hai que busca-la sobretudo, naquelas instituiçons que as
reproduzem, as alimentam e som o adestramento na violência ou na
submissom, das geraçons mais novas.<br /><br />Aí vam jogar para nós um
papel importante, mais umha vez, as nossas mestras, as pensadoras, as
investigadoras, as estudosas da nossa realidade. Estas companheiras
feministas vam situar faros de conhecimento que vam iluminar aquelas
instituiçons e realidades que estam a impedir os avances das mulheres,
reproduzindo violência, explotaçom e opressom. <br /><br />Elas vam definir claramente <b>a prostituiçom e a pornografia como duas instituiçons patriarcais onde se reproduze a violência machista</b>,
diretamente nos corpos das mulheres e nenas prostituídas, e violência
simbólica para o resto de mulheres e nenas. Vam definir claramente o
sistema prostitucional, onde <b>a industria da explotaçom sexual desde a
década dos noventa acadou dimensons nunca vistas, convertendo-se junto
ao tráfico de armas e drogas, na atividade mais lucrativa da economia
criminal</b>. Um sistema onde os prostituidores, puteros, exercem
violência sexual, física e psicológica contra as mulheres e nenas, e som
invisíveis e impunes. Um sistema onde os proxenetas aplicam métodos
criminosos para manter e ampliar as suas redes de negócio.<br /><br />Vam
sacar à luz os vínculos entre esta industria da explotaçom sexual, que
se nutre fundamentalmente da trata de mulheres e nenas, e <b>o
capitalismo criminal, onde a prostituiçom e a pornografia vam ajudar aos
processos de acumulaçom capitalista, como o foi no seu momento a
escravitude</b>, e mesmo se convertem em estratégias de países pobres
para fazer frente ao problema da dívida, e onde grandes multinacionais
que cotizam em bolsa tenhem ramas de negócio que obtenhem grandes
benefícios através desta atividade criminal.<br /><br />No feminismo temos
suficientes estudos empíricos sobre a realidade do sistema
prostitucional como para dizer que nom conhecemos, tanto as suas normas e
o que o alimenta, como as consequências que derivam da sua existência
para as mulheres e nenas. Na Galiza, na Universidade de A Corunha, temos
um referente internacional, a profesora <a href="https://gl.wikipedia.org/wiki/Rosa_Cobo_Bed%C3%ADa" target="_blank"><i>Rosa Cobo</i></a>, ela à sua vez nos achega a estudos de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Sheila_Jeffreys" target="_blank"><i>Sheila Jeffreys</i></a>, <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Melissa_Farley" target="_blank"><i>Melissa Farley</i></a>, <a href="https://www.google.com/search?q=%22Mar%C3%ADa+Jos%C3%A9+Barahona%22&newwindow=1&client=ubuntu&channel=fs&sxsrf=APq-WBsieAyTtxouemhFrujwBYN8hE-jng%3A1647703393266&ei=YfU1YsnbD6SCi-gPt-O6iAo&ved=0ahUKEwiJkM27vdL2AhUkwQIHHbexDqEQ4dUDCA0&oq=%22Mar%C3%ADa+Jos%C3%A9+Barahona%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAwyBAgAEB4yBAgAEB4yBggAEAgQHjoLCAAQsAMQBxAeEBM6BwgAELADEBM6CQgAELADEB4QEzoMCC4QyAMQsAMQExgBSgUIPBIBMUoECEEYAUoECEYYAFCpFFipFGCJI2gBcAB4AIABbogBbpIBAzAuMZgBAKABAqABAcgBC8ABAdoBBAgBGAg&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>María José Barahona</i></a>, <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Natasha_Walter" target="_blank"><i>Natasha Walter</i></a>, <a href="https://www.google.com/search?q=%22Richard+Poulin%22+Soci%C3%B3logo&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Y6y&channel=fs&sxsrf=APq-WBuhBR3lAGCJkz3QkBYEXWpAThAmig%3A1647701977513&ei=2e81Yr3gHsTmsAeypIKYBA&ved=0ahUKEwj9sMKYuNL2AhVEM-wKHTKSAEMQ4dUDCA0&uact=5&oq=%22Richard+Poulin%22+Soci%C3%B3logo&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAMyBQgAEKIEOgoIIxCuAhCwAxAnOgQIIxAnSgUIPBIBNUoECEEYAUoECEYYAFDLNFi5vQFg58IBaAVwAHgAgAGWAYgBthaSAQQzLjIymAEAoAEByAEBwAEB&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Richard Poulin</i></a>, ou a referentes europeus como <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Kajsa_Ekis_Ekman" target="_blank"><i>Kajsa Ekis Ekman</i></a>. Também existem estudos institucionais, como o realizado por <a href="https://www.google.com/search?q=%22Esther+Torrado+Mart%C3%ADn-Palomino%22&newwindow=1&client=ubuntu&hs=U4e&channel=fs&sxsrf=APq-WBtEZAG0OhCdWw_U3dvEvIvTdXz1cg%3A1647704410988&ei=Wvk1Yv_xO8-tkwWpyayIDQ&ved=0ahUKEwj_hvKgwdL2AhXP1qQKHakkC9EQ4dUDCA0&oq=%22Esther+Torrado+Mart%C3%ADn-Palomino%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAwyBAgAEB46CAgAEIAEELADOgcIABCwAxAeOgkIABCwAxAIEB5KBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUIoRWIoRYPobaAFwAHgAgAF2iAF2kgEDMC4xmAEAoAECoAEByAEEwAEB&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Esther Torrado</i></a>,
da Universidade da Laguna para o Parlamento Canário, que demostra que o
100% das mulheres prostituídas forom vitimas de violência machista.<br /><br />Aqui em Vigo sempre estiverom <i>Maria Xosé Queizán</i>, a <i>Ana Miguez</i> da <a href="https://gl.wikipedia.org/wiki/Grupo_de_Estudios_sobre_a_Condici%C3%B3n_da_Muller_Alecr%C3%ADn" target="_blank">Asociacion Alecrin</a> e a <i>Luisa Ocampo</i> de <a href="https://feminismo.org/" target="_blank">Mulheres Nacionalistas Galegas</a>. Umha lembrança especial merecem as já falecidas <a href="https://gl.wikipedia.org/wiki/Bego%C3%B1a_Caama%C3%B1o" target="_blank"><i>Begonha Caamanho</i></a> e <a href="http://culturagalega.gal/album/detalle.php?id=456" target="_blank">Rosa Bassave</a>,
e muitas outras ativistas que levam anos denunciando o sistema
prostitucional. Novas ativistas e organizaçons estam tomando o relevo
nesta cidade, como a associaçom <a href="https://faraxa.com/dondeestamos.php" target="_blank">Faraxa</a>, ou a <a href="http://redegalega.blogspot.com/" target="_blank">Rede Galega contra a Trata sexual</a>, com a incansável <a href="https://www.google.com/search?q=%22Silvia+P%C3%A9rez+Freire%22&newwindow=1&client=ubuntu&hs=DTI&channel=fs&biw=1920&bih=946&sxsrf=APq-WBve6UaeCjHhae-6wJnsUDiAPw1kvg%3A1647696972940&ei=TNw1Ypr3ONr3kgXQxbbAAQ&ved=0ahUKEwiazZPGpdL2AhXau6QKHdCiDRg4ChDh1QMIDQ&oq=%22Silvia+P%C3%A9rez+Freire%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBAhBGABKBAhGGABQAFgAYABoAHAAeACAAQCIAQCSAQCYAQA&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Silvia Pérez Freire</i></a>.
Agora o ativismo abolicionista que está a criar redes cada vez mais
extensas, reclama o ponto central que lhe corresponde na agenda
feminista do século XXI.<br /><br />Quero sinalar especialmente, o estudo da professora catedrática da Universidade de Salamanca <a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Carmen Delgado</i></a>,
porque para mim aporta aspetos que eu desconhecia e nunca os tinha
visto incorporados ao relato feminista da prostituiçom e a pornografia. <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank">Carmen Delgado</a></i>
comparte a importáncia dos fatores económicos como fatores que
propiciam a entrada de mulheres e nenas no sistema prostitucional,
também os vetores de racialidade e classe, e até aí nada novo. Ela
incorpora os fatores psicosociais, que vam reforçar definitivamente a
tese de que a pornografia e a prostituiçom som atividades onde se
violenta às mulheres e às nenas para sacar beneficio.<br /><br /><a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Carmen</i></a> afirma que a violência sexual é previa à captaçom para o sistema prostitucional. <b>Entre
o 85% e o 90% das mulheres e nenas prostituídas sofreram agressons
sexuais, violaçom, pederastia... antes de se incorporar ao sistema
prostitucional</b>. Os dados e conclusons do seu estudo botam por terra
os argumentos da livre eleiçom e do consentimento no sistema
prostitucional. Ademais aporta o dato de que o 89% estam buscando
ativamente umha saída dessa situaçom. Mas o certo é que ademais da falta
de expectativas, é tam grave o dano psicológico que se sofre, que
muitas fracassam nesse intento, pola dificuldade para restabelecer
vínculos fora do sistema prostitucional.<br /><br />As feministas, ante esta
evidencia empírica nom deveríamos aceitar a argumentaçom do
regulamentarismo que ignora estas circunstancias. Ao regulamentarismo
nom lhe interessam, pero está provado o dano psicológico grave que
sofrem já antes, as mulheres que som captadas pola industria da
explotaçom sexual. Segundo os estudos de <a href="https://www.google.com/search?q=%22Richard+Poulin%22+Soci%C3%B3logo&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Y6y&channel=fs&sxsrf=APq-WBuhBR3lAGCJkz3QkBYEXWpAThAmig%3A1647701977513&ei=2e81Yr3gHsTmsAeypIKYBA&ved=0ahUKEwj9sMKYuNL2AhVEM-wKHTKSAEMQ4dUDCA0&uact=5&oq=%22Richard+Poulin%22+Soci%C3%B3logo&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAMyBQgAEKIEOgoIIxCuAhCwAxAnOgQIIxAnSgUIPBIBNUoECEEYAUoECEYYAFDLNFi5vQFg58IBaAVwAHgAgAGWAYgBthaSAQQzLjIymAEAoAEByAEBwAEB&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Richard Poulin</i></a>,
a idade media de captaçom para o sistema prostitucional som os 14 anos,
a livre eleiçom fica em falacia. E como denuncia a própria <a href="https://www.google.com/search?q=%22Silvia+P%C3%A9rez+Freire%22&newwindow=1&client=ubuntu&hs=DTI&channel=fs&biw=1920&bih=946&sxsrf=APq-WBve6UaeCjHhae-6wJnsUDiAPw1kvg%3A1647696972940&ei=TNw1Ypr3ONr3kgXQxbbAAQ&ved=0ahUKEwiazZPGpdL2AhXau6QKHdCiDRg4ChDh1QMIDQ&oq=%22Silvia+P%C3%A9rez+Freire%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBAhBGABKBAhGGABQAFgAYABoAHAAeACAAQCIAQCSAQCYAQA&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>Silvia P. Freire</i></a>, <b>falar só da trata invisibiliça a realidade de violência sexual extrema que representa a prostituiçom</b>.<br /><br />Pero o estudo de <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank">Carmen Delgado</a></i>, onde se nomeam outros estudos referenciais de <a href="https://gl.wikipedia.org/wiki/Rosa_Cobo_Bed%C3%ADa" target="_blank"><i>Rosa Cobo</i></a>, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Sheila_Jeffreys" target="_blank"><i>Sheila Jeffreys</i></a>, <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Melissa_Farley" target="_blank"><i>Melissa Farley</i></a>, <a href="https://www.google.com/search?q=%22Mar%C3%ADa+Jos%C3%A9+Barahona%22&newwindow=1&client=ubuntu&channel=fs&sxsrf=APq-WBsieAyTtxouemhFrujwBYN8hE-jng%3A1647703393266&ei=YfU1YsnbD6SCi-gPt-O6iAo&ved=0ahUKEwiJkM27vdL2AhUkwQIHHbexDqEQ4dUDCA0&oq=%22Mar%C3%ADa+Jos%C3%A9+Barahona%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAwyBAgAEB4yBAgAEB4yBggAEAgQHjoLCAAQsAMQBxAeEBM6BwgAELADEBM6CQgAELADEB4QEzoMCC4QyAMQsAMQExgBSgUIPBIBMUoECEEYAUoECEYYAFCpFFipFGCJI2gBcAB4AIABbogBbpIBAzAuMZgBAKABAqABAcgBC8ABAdoBBAgBGAg&sclient=gws-wiz" target="_blank"><i>María José Barahona</i></a>,…
afunda também na situaçom de violência que vivem as mulheres e nenas
dentro do sistema prostitucional. Um 92% sofrem acosso sexual, um 92%
violência explicita, do 62 ao 72% violaçom, e um 25% intento de
suicídio.<br /><br />O <a href="https://elpais.com/espana/2020-06-11/la-vida-atropellada-de-july-y-monica.html" target="_blank">caso de <i>July</i></a>, dominicana de 42 anos, que intentaba salvar a <i>Mónica</i>, rumana de 30 anos, que ao grito de “<span style="color: #2b00fe;"><i>quero ser feliz</i></span>” intentou e conseguiu tirar-se ao trem arrastrando com ela a <i>July</i>, em Cantabria, nom conseguiu o que consegui o de <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Ana_Orantes" target="_blank"><i>Ana Orantes</i></a>, nom foi televisado. No prostíbulo no que eram explotadas sexualmente “<span style="color: #2b00fe;"><i>Parada de postas</i></span>”, os seus proxenetas e prostituidores ficarom anónimos. Agora é <a href="https://www.atlantico.net/articulo/galicia/mujer-hallada-muerta-llevaba-meses-baja-depresion/20220314235742899819.html" target="_blank"><span style="color: #2b00fe;"><i>Mila</i></span></a>
a que vai petando porta a porta no Carvalhinho pedindo ajuda, a dizer
que tem medo pola sua vida até aparecer assassinada no medio do lixo da
vila. Os seus proxenetas foram condenados por tráfico de mulheres, o
prostíbulo segue aberto.<br /><br />Umha violência que supom, por exemplo
entre outros danos psicológicos, que o 68% sofra transtorno de stress
postraumático. Para que esta cifra seja ainda mais significativa <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank">Carmen Delgado</a></i> sinala que no caso de ex-combatentes de guerra a cifra é só do 20%. <b>A
este trastorno se somam umha ristra mais que dam ideia do campo de
concentraçom, tortura e exploraçom que é o sistema prostitucional, onde o
varom prostituinte usa o corpo das mulheres e nenas para dominar,
exercer o poder através do sexo</b>. <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&newwindow=1&client=ubuntu&hs=Mdy&channel=fs&sxsrf=APq-WBuxlIYpfNiJob3z8fMFv-2RkoPmXg%3A1647700167248&ei=x-g1YvXfDreN9u8PxfKhMA&ved=0ahUKEwi136i5sdL2AhW3hv0HHUV5CAYQ4dUDCA0&oq=%22Carmen+Delgado+%C3%81lvarez%22+Universidad+de+salamanca&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAxKBQg8EgExSgQIQRgBSgQIRhgAUJMJWNAjYOAzaAFwAHgAgAF6iAGIB5IBAzEuN5gBAKABAbgBAsABAQ&sclient=gws-wiz" target="_blank">Carmen</a></i>
conclui que se pode identificar perfeitamente como Síndrome de
Estocolmo, a situaçom psicológica provocada polo sistema prostitucional
nas mulheres e nenas, onde <b>para sobreviver desenvolvem trastorno de disociaçom</b>,
um trastorno que deixa lesións psicolóxicas graves, que estám bem
documentadas nas mulheres que sofrem violência machista nas relaçons de
parelha, e que agora também o está nas mulheres e nenas vitimas do
sistema prostitucional.<br /><br />Pero <b>ademais dos estudos e
investigaçons, que se incorporam ao relato feminista sobre a
prostituiçom e a pornografia, o feminismo conta com a força das vozes
das mulheres feministas sobreviventes ao sistema prostitucional</b>.
Companheiras feministas que com o seu relato pessoal de chegada e saída
do inferno prostitucional, completam a legitimaçom do discurso
abolicionista que vai tomar forma e fundo nestes últimos anos. Nunca
poderemos agradecer suficientemente a mulheres como <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Amelia+Tiganus%22&newwindow=1&client=ubuntu&channel=fs&biw=1920&bih=946&tbs=qdr%3Aw&sxsrf=APq-WBt5jE9iHvJMtbVdpx5GrlX8Jegflw%3A1647718057905&ei=qS42YvXwNqOXlwT41pc4&ved=0ahUKEwi16Z-M9NL2AhWjy4UKHXjrBQcQ4dUDCA0&oq=%22Amelia+Tiganus%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAwyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEOgcIIxCwAxAnOgcIABBHELADSgUIPBIBMUoECEEYAEoECEYYAFC4Cli_FWCxJ2gBcAF4AIABbIgBqgKSAQMxLjKYAQCgAQGgAQLIAQfAAQE&sclient=gws-wiz" target="_blank">Amelia Tiganus</a></i> ou <i><a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Sonia_S%C3%A1nchez" target="_blank">Sonia Sánchez</a></i>
pola sua valentia, por abraçar com tanta lucidez a consciência
feminista e representar-nos a todas nesse discurso liberador de “<span style="color: #2b00fe;"><i>ningumha mulher, ningumha nena nasce para puta</i></span>”.<br /><br />Pois
depois de todo este estudo sobre violência ao redor do sistema
prostitucional, as dimensons da industria da explotaçom sexual no estado
espanhol teriam que colocarmo-nos às feministas em estado de alarma
permanente: de cada 100 homens, 40 som prostituidores; Espanha ocupa o
número 3 em quando a demanda de prostituiçom a nível mundial, despois de
Tailandia e Puerto Rico, e ocupa o número 1 a nível europeio. Máis de
30.000 milhons de euros anuais, entre 300.000 e 500.000 mulheres e
nenas. Espanha é o burdel de Europa.<br />Denunciam desde o Observatorio contra a Violencia que desde que começou a guerra de Ucrania, a búsqueda de termos como "<span style="color: #2b00fe;"><i>porno ucraniano</i></span>", "<span style="color: #2b00fe;"><i>adolescente ucraniana</i></span>","<span style="color: #2b00fe;"><i>chica ucraniana</i></span>" dispararom-se em google e numha das webs pornográficas mais visitadas do mundo, Pornhub.<br /><br />Estudos recentes, como a investigaçom titulada "<a href="https://scholar.google.es/scholar?q=%22Nueva+pornograf%C3%ADa+y+cambios+en+las+relaciones+interpersonales%22&hl=es&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart" target="_blank"><i>Nova pornografía e cambios nas relacions interpersonais</i></a>"
publicada en 2019, amossam o impacto que tem a pornografia na
construçom dos desejos sexuais. Se temos em conta que, como explica a
experta <a href="https://www.google.com/search?channel=fs&client=ubuntu&q=%22M%C3%B3nica+Alario%22" target="_blank"><i>Mónica Alario</i></a>,
as mensagens que transmite a pornografia aos varons que, por tanto,
construem o desejo sexual masculino, som a erotizaçom da dor física das
mulheres, da sua falta de desejo, sofrimento e humilhaçom, assí como dos
abusos sexuais a menores e do consumo de prostituiçom, entom <b>podemos concluir que a pornografia construi os desejos sexuais dos homens baseados na violência e o sofrimento das mulheres</b>.<br /><br />Considerando que a pornografia erotiza a violência sexual cara as mulheres, observar como num entorno de guerra (<span style="color: #ff00fe;">com consequências humanas e económicas devastadoras</span>)
aumenta o consumo de pornografía com búsquedas específicas em relaçom
às mulheres que estam sofrendo os seus efeitos, é quando menos
aterrador. Si a doutora alemá <i><a href="https://www.google.com/search?q=%22Ingeborg+Kraus%22&newwindow=1&client=ubuntu&hs=s33&channel=fs&sxsrf=APq-WBsLYTsr5pDf5XvERA_F9LfPF_Gj6A%3A1647721031591&ei=Rzo2YsPSI4yTsAefiKI4&ved=0ahUKEwiDkpuW_9L2AhWMCewKHR-ECAcQ4dUDCA0&oq=%22Ingeborg+Kraus%22&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAwyBggAEAcQHjIFCAAQgAQyBAgAEB4yBAgAEB4yBAgAEB4yBggAEAUQHjIGCAAQBRAeMgYIABAFEB4yBggAEAUQHjIGCAAQBRAeOggIABCABBCwAzoHCAAQsAMQHkoFCDwSATFKBAhBGAFKBAhGGABQhw1Yhw1glBpoAXAAeACAAWiIAWiSAQMwLjGYAQCgAQKgAQHIAQXAAQE&sclient=gws-wiz" target="_blank">Ingeborg Kraus</a></i>, especialista em trauma, denunciava no seu artigo que “<span style="color: #2b00fe;"><i>O modelo alemám está criando um inferno na Terra</i></span>”, seria o momento de ampliar o título “<span style="color: #2b00fe;"><i>A industria criminal do sexo é o inferno na Terra para as mulheres e as nenas</i></span>”<br /><br />Sabemos
que alí onde se aplicaram políticas regulamentaristas da prostituiçom, a
demanda nom recuou, a industria expandiu-se e a trata nom rematou,
Holanda e Alemanha som exemplos disto. Sucede o contrário naqueles
países onde se estam a aplicar políticas abolicionistas: Suecia,
Islandia, Noruega, Canadá, Irlanda do Norte, Francia, República de
Irlanda e Israel. <b>É polo tanto inaprazável que as feministas
consigamos umha lei pola aboliçom da prostituiçom e a pornografía. A
Plataforma pola Abolición da Prostitución</b>, que preside <a href="http://movimientofeminista.org/2021/09/21/webinario-charo-carracedo-abolicion-sistema-prostitucional/" target="_blank"><i>Charo Carracedo</i> tem elaborada umha proposta de lei</a>
e está intentando que o governo, e os partidos políticos no Congreso
dos Deputados a tenham em consideraçom, sem muito sucesso polo de agora.<br /><br />Na
Galiza ainda nom conseguimos que ningum partido político assuma como
própria a necessidade dumha Lei Galega Abolicionista. Todas sabemos que
se nom se pressiona na rua, é difícil conseguir avances de calado nas
instituiçons. Se a leitura e interpretaçom da realidade por parte de
todos estes estudos feministas mostram à pornografia e à prostituiçom
como um verdadeiro gerador de violência contra as mulheres, deveremos
desde o movimento feminista exigir políticas públicas que o desmantelem,
e conseguir o status de vitima de violência machista para todas as
mulheres e nenas prostituídas.<br /><br />Hai <b>medidas concretas que se podem aplicar com carácter imediato</b>,
como impedir que a pornografia siga emitindo-se em aberto, que chegue
via internet com tanta facilidade a menores desde os 8 anos, que seja a
primeira escola em relaçons sexuais, polo tanto em inoculadora de
misoginia e violência machista e criadora da erótica da violência contra
as mulheres e nenas para conseguir prazer. Desde o feminismo devemos
artelhar campanhas de conscienciaçom onde denunciemos a pornografia como
fonte de violência e misoginia “<span style="color: #2b00fe;"><i>o teu prazer nom pode construir-se a conta da violência contra as mulheres</i></span>”.<br /><br /><b>Hai que conseguir que no código penal se penalize aos proxenetas e pornógrafos, e também a colaboraçom</b>
alugando pisos, locais, serviços de limpeza, abastecimento de bebidas,
transporte… e todo o que signifique apoio a esta atividade económica
criminal. O código penal deve considerar delito a demanda de
prostituiçom, porque sem demanda nom hai negócio. O putero, o
prostituinte que agora também sabemos que comparte características do
perfil psicológico do violador (<span style="color: #ff00fe;">masculinidade
hostil, sensibilidade e fustraçom ante o rechaço das mulheres, consumo
de pornografía, sexo impersoal, narcisismo, permissividade com as
agressons sexuais, relaçons de parelha dominantes, falta de empatia
sexual.</span>..) deve saber que aceder ao corpo das mulheres por preço estará penado por lei, e polo tanto vai ser perseguido.<br /><br />As mulheres e nenas em situaçom de prostituiçom devem poder acolher-se a <b>planos integrais de recuperaçom integral</b>, com atençom psicosocial e apoio económico para sair dessa situaçom de violência.<br /><br /><b>O feminismo tem que apagar a luz vermelha nos prostíbulos</b>.
Também nas esquinas dos polígonos industriais, nos pisos dos
proxenetas, nas canles como OnlyFans, ou negócios como Sugar Dady. Tem
que apagar a luz vermelha que todo o oculta, o sensualiza, e abrir as
janelas para deixar entrar a luz que ilumine o dia a dia das mulheres e
nenas prostituídas.<br /><br />Ao feminismo se lhe ameaça dizindo-lhe que se
nom pom por diante a luita contra o racismo, a denuncia do capitalismo,
a luita pola vivenda, os direitos das pessoas trans, o ecologismo, o
pacifismo… e todas as luitas e colectivos discriminados ou oprimidos que
existem, todas elas loitas justas, vai-se converter num feminismo
burgués, inútil, tipo “<span style="color: #2b00fe;"><i>Hilari Clintom</i></span>” ou como dim nos círculos de apoio à Ministra de Igualdade, um feminismo de “<span style="color: #2b00fe;"><i>Kamala Harris</i></span>” (<span style="color: #ff00fe;">por certo, a primeira mulher que ocupou por uns dias a presidencia de EEUU</span>).<br /><br /><b>Ao feminismo nom se lhe permite ser o movimento que defende por riba de todo, os direitos da metade da humanidade</b>,
das mulheres. Ao feminismo se lhe di que tem a obriga de cargar com a
mochila da merenda e a roupa suja de outras luitas. Pola contra, desde o
feminismo temos o dever de antes de assumir como próprias estas luitas,
com as suas reivindicaçons, ver de que jeito estas afetam às mulheres e
polo tanto as que devem cambiar para nom bater com os nossos direitos,
para que nom afortalezam o sistema que nos oprime, o patriarcado.<br /><br /><b>Precisamos logo um forte posicionamento do movimento feminista a favor do abolicionismo</b>,
olhando para Francia, Islandia ou Suecia onde leis abolicionistas estam
freando às mafias e destruindo o sistema prostitucional.<br /><br />Precisamos
logo um forte posicionamento do movimento feminista em contra da
industria dos ventres de aluguer, para que nom se avance na
permissividade dessa prática, se persiga a propaganda das clínicas e se
proíba às parelhas contratantes, o registro de bebes nascidos baixo
contrato.<br /><br />No <a href="https://play.rtve.es/v/6434282/" target="_blank">programa 8 de Las Claves</a>,
da televisom espanhola, perguntavam num minidebate se sería possível
rematar com a prostituiçom. As regulamentaristas alí presentes diziam
que nom, que sempre existiria. As abolicionistas contestamos “<span style="color: #2b00fe;"><i>pudemos
abolir a escravitude, poderemos abolir a prostituiçom, e fecharemos as
granjas de mulheres gestantes, a nova escravitude das mulheres e as
nenas, a escravitude do século XXI</i></span>”<br /><br />Vigo, 17 de Março 2022<br /><br /><b>VÍDEOS:</b><br /><br />✔ <a href="https://youtu.be/7g7QwPjzEqY" target="_blank">Vídeo da Charla </a>- O feminismo tem que apagar a luz vermelha, ... Por Lupe Ces - (Charla) 1 de 2. <span class="style-scope yt-formatted-string" dir="auto">- "A mercantilización da mulher". (33 minutos)<br /></span></p><p>✔ <a href="https://youtu.be/S71GyreZ2e8" target="_blank">Vídeo do Debate</a> - O feminismo tem que apagar a luz vermelha, ... Por Lupe Ces - (Debate) 2 de 2. - <span class="style-scope yt-formatted-string" dir="auto">"A mercantilización da mulher". (55 minutos)<br /><br />---<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />
</span></p><p><style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 115%; background: transparent }</style></p><p></p>LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-70773434025180913952021-09-12T11:51:00.003+02:002021-09-12T11:51:35.027+02:00Liquar o sexo (II): menores<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F7LMRS2aZ_E/YT3Mx8x6OkI/AAAAAAAAL1c/-lNCfM9IhiEtfVVGYcQinOD-1apDnXBqwCLcBGAsYHQ/s1920/liquar.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1920" src="https://1.bp.blogspot.com/-F7LMRS2aZ_E/YT3Mx8x6OkI/AAAAAAAAL1c/-lNCfM9IhiEtfVVGYcQinOD-1apDnXBqwCLcBGAsYHQ/s540/liquar.png" /></a></div><br /><b>LIQUAR O SEXO (II) : MENORES.</b><br /><br />Rematou o tempo de alegaçons à "Lei Trans" em pleno agosto sem que se desse o necessário debate social sobre umha lei que entendemos, polo menos as feministas, que supom passos atrás em matéria de igualdade e um fortalecimento dos estereótipos de género, fortemente induzidos sobre todo na infáncia e adolescência.<br /><br />Profissionais da saúde que levam acumulando experiência por anos de serviço, estudo e dedicaçom a atender às pessoas transexuais, debatiam sobre qual é o melhor enfoque para tratar a chamada até agora "disforia de género", e que passará no ano 2022 a chamar-se "discordáncia de género" dentro do novo CIE-11 (OMS) para diagnóstico e monitoreo de problemas de saúde. A Lei Montero, sem recavar a sua opiniom e assessoramento, aposta decididamente pola intervençom afirmativa, que nom tem em conta antecedentes, causas ou razons que precedem ou acompanham a apariçom da disforia de género, limitando o papel das profissionais da saúde a acompanhamento na hormonaçom e cirurgias.<br /><br />A Lei impom este enfoque ademais, desprezando as evidencias científicas que asseguram que o 80% das disforias de género que aparecem na infáncia e na adolescência desaparecem com a idade adulta, impedindo a profissionais dar a atençom adequada a cada caso, pois com a aprovaçom da lei só se lhes vai permitir assegurar a transiçom (hormonas e cirurgia) nom questiona-la. Razom polo que cada vez mais vozes asseguram que esta lei nom vai de resolver os problemas das pessoas trans, senom que os vai negar, favorecendo que entre a infáncia e adolescência se reafirme o sofrimento e a confusom.<br /><br />Na Galiza, desde a associaçom Arela (Famílias de Infáncias Trans) com o apoio de instituçons como a Deputaçom da Corunha, achega-se aos centros escolares materiais divulgativos que nom questionam os estereótipos de género, senom que os amplificam. No caderno dirigido à educaçom primaria realizam a seguinte pergunta: "Crês que é justo para as mulheres e pessoas trans que se lhe obrigue de qualquer maneira que modifiquem o seu corpo para encaixar nos estereótipos de género?" Pois a Lei que tanto aplaudem vai fechar todas as portas, salvo a da luita constante contra o próprio corpo. Mas em todo caso "encaixar" nos estereótipos de género nom semelha ser soluçom, e sim problema para as mulheres e nenas que os sofrem como opressom.<br /><br />Estes materiais didáticos, mostram entre outras, como exemplo de vidas trans a Avery Jackson, que com 9 anos apareceu na portada do National Geografic. Umha criança nascida neno que junto à sua família assegurava ser nena, cores rosa e vestidos de princesa incluídos, porque em palavras da própria família "queria vestir de nena". Pouca liberdade, depois dessa exposiçom pública, se lhe deixa à criança para incluir-se nesse 80% que supera a disforia com a entrada na idade adulta.<br /><br />Em EEUU, o transgenerismo logrou que haja na actualidade umha lista de 30.000 nenas aguardando por umha extirpaçom dos peitos (mastectomía), vidas postas ante um espinhento caminho interminável (menopausa na mocidade, atrofia vaginal, entre outros efeitos irreversíveis ou secundários por tomar testosterona; histerectomia (extirpaçom do útero) e ooforectomia (extirpaçom dos ovários). O debate é internacional, e hai avanços e retrocessos. O feminismo começa a poucos a reagir a nível mundial contra a ofensiva Queer. Austrália, com leis trans em vigor, vem de meter baixo vigiláncia judicial umha clínica da identidade de género onde se receitavam bloqueadores da puberdade, hormonaçom e cirurgias em menores. Escócia, Suécia, Inglaterra... vam-se somando à lista de países que aprovarom leis de identidade de género e que estám dando passos atrás ao ver os efeitos das mesmas, sobre todo nas adolescentes. Aqui umha opiniom pública sobre-passada com a intensidade dos problemas aumentados no médio dumha pandemia, olha de esguelho este tema e assume acriticamente a mensagem de que se trata dum avanço em direitos, a maioria dos partidos de esquerda incluídos.<br /><br />O transgenerismo, claramente liderado por homens que transicionarom, agora mimetizado em transfeminismo, é um fenómeno mundial que afeita maioritariamente às nenas e mulheres, que vem nel, um caminho aberto para fugir dos mandatos de género que resultam em opressom para elas. Som o 70% , mas som o 70% silenciado. Só este feito, esta super-representaçom das moças na disforia de género devera ser suficiente para concluir que se trata dum produto das sociedades patriarcais. O 70% que a lei vai deixar nas mans do enfoque afirmativo, sem opçons a ser tratadas por especialistas que estudem o seu caso, que para umha maioria vai resultar dum lesbianismo nom admitido, como nom podia ser doutro jeito nas sociedades profundamente homófobas que ainda habitamos. Mas hai outras (autismo, abuso sexual, comorbilidade derivada de doenças mentais nom tratadas...). As nenas e adolescentes som botadas no cesto das hormonaçons e cirurgias irreversíveis, para alcançar o inalcanzável, o cambio de sexo.<br /><br />Quando a coeducaçom ainda está em cueiros no nosso sistema educativo, o transgenerismo queer vai irromper com todo o peso da lei coa ideia de que só o sexo sentido e nom o biológico é o registável; a ideia de que ser mulher é um sentimento; a ideia de que os géneros, como construçom baseada em estereótipos é sobre o que as crianças devem construir a sua identidade e legitimar a manipulaçom e amputaçom dos corpos para adequa-los ao desejo, próprio ou induzido. A lei vem acompanhada dum importante bloco punitivo para quem questione estes dogmas de fé, no mundo da educaçom, da saúde ou na família.<br /><br />A direita, que mostrou oposiçom à lei do divorcio e a do aborto; que se mobilizou contra a Lei de Igualdade, que fala de denúncias falsas e nega a violência machista, fomenta como o transgenerismo, os géneros. A diferenciaçom por sexos nos uniformes escolares, a segregaçom por sexos nos seus colégios de elite mais integristas, o papel das mulheres e nenas na religiom... tenhem a mesma base acientífica e patriarcal que a afirmaçom de que se um neno joga com bonecas ou a Frozen ou Barbie na PS4, ou a Girl's Fashion Shoot na Nintendo, é umha nena; e se umha nena gosta do futebol ou nega-se a pôr umha saia é um neno. Ao apartar o apoio psicoterapéutico à adolescência com disforia, abre-se a porta da captaçom da mocidade polas organizaçons religiosas que "por médio da fe" ajudaram a assumir o próprio corpo e de passo, as doutrinas associadas à salvaçom, incluindo os mandatos de género moi claros em todas as religions.<br /><br />A situaçom em Afganistam, as inacabáveis vítimas lançadas à fossa comum do feminicídio ou as redes de prostituiçom de nenas na Galiza venhem de dar umha labazada de realidade e colocar a agenda feminista na urgência de todas nós. E o trangenerismo choca frontalmente com ela. O género nom pode seguir a construir a nossa identidade, levamos vários séculos pelejando contra estes estereótipos, seguiremos luitando contra eles, nom contra os nossos corpos, nem para oculta-los nem para mutila-los. O género hai que aboli-lo.<br /><br />25 de agosto de 2021<br />---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-35209382959126887242021-07-15T23:48:00.003+02:002021-09-12T11:52:37.561+02:00Cuba é umha democracia popular, nós temos umha performans de democracia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-D-owd1wsdlU/YPCs6hcbDHI/AAAAAAAALzU/vQE6IRpR_LMVKYmzp183ZoNbuUi4j13dgCLcBGAsYHQ/s2048/girassol_cidade_de_Havana_em_Cuba_em_Fevereiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" src="https://1.bp.blogspot.com/-D-owd1wsdlU/YPCs6hcbDHI/AAAAAAAALzU/vQE6IRpR_LMVKYmzp183ZoNbuUi4j13dgCLcBGAsYHQ/s560/girassol_cidade_de_Havana_em_Cuba_em_Fevereiro.jpg" /></a></div><br />Que Cuba é umha ditadura? pois eu dígo-lhe que nom. As democracias devem classificar-se pola participaçom que os povos tenhem nas decisons políticas e económicas. O povo cubano elege a representantes políticos e controla com estruturas de participaçom a quem o representa. O povo cubano vem de ter um processo de reforma constitucional no 2018, invejável polos debates e participaçom conseguidos, tanto na elaboraçom como na votaçom que aprovou a reforma.. O povo cubano celebra referenduns para decidir cousas relevantes, como será o próximo para aprovaçom do Código de Família, onde se recolherá o matrimonio homosexual. A economía em Cuba está profundamente mediatizada polo bloqueio, ainda assim, a transparência e as decissons sobre a planificaçom económica som participadas e tomadas nom nos despachos das grandes multinacionais, senom nas estruturas políticas que o povo cubano se dotou, começando polo propio governo. <br /><br />Nós vivemos numha democracia que nom pode eleger quem ocupa a Jefatura do estado; votamos cada catro anos num jogo eleitoral onde hai partidos que jogam com as cartas marcadas porque representam grandes interesses económicos; direitos fundamentais como o da vivenda, o trabalho, a auga ou a energía estám controlados por grandes grupos económicos que impedem aplicar políticas públicas que freen a súa vulneraçom. Cada ano, a cada día, temos que estar organizándo-nos ou peleando para nom perder direitos na sáude ou no ensino polas ameaças da privatizaçom, que já é umha realidade na atençom á dependência. Mas nom desejo que ninguém venha de fora a nos dizer como temos que cambiar as cousas, que forma política adoptar, que alianças estabelecer... Ah! sim que venhem a no-lo dizer, a no-lo imponher... OTAN de entrada nom, artigo 135 da Constituiçom... <br /><br />Conclussom: Cuba é umha democracia popular, nós temos umha performans de democracia. Aqui víve-se melhor? Pois sim, seguramente umha parte importante da povoaçom tem um nivel de vida superior à media cubana, mas nom podemos esquecer que o nosso nivel de benestar é em muita parte consequência do malestar provocado polas potencias ocidentais noutros paises, bem em forma de guerras, espolio, golpes de estado para imponher governos favorábeis... A declaraçom dos DDHH sería pois o límite a aplicar a todos os países e estados, aí a funçom desejável que corresponderia á ONU, onde por certo, em 2019, 187 países solicitaram o fim do bloqueio, com 5 votos em contra: EEUU, Brasil, Colombia, Ucrania e Israel, como conhecemos ejemplo de diaria vulneraçom dos DDHH. <br /><br />Os medios de comunicaçom monstram acriticamente as mobilizaçons de exilados cubanos em Miami com os seus lemas anticomunistas e nem um só pedindo o fim do bloqueio. Maldigo o bloqueio, maldigo a que impediu a Cuba mercar respiradores nesta pandemia!<br>---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-56110754909276028592021-07-10T16:02:00.010+02:002021-09-12T11:24:11.930+02:00Licuar o sexo (I)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kx5mOL7zWDI/YOmnJBamuCI/AAAAAAAALxY/AJd100oDCuIisVbRfTS0VqAfX6sZ0HKyQCLcBGAsYHQ/s2048/IMG_20201116_102201.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" src="https://1.bp.blogspot.com/-kx5mOL7zWDI/YOmnJBamuCI/AAAAAAAALxY/AJd100oDCuIisVbRfTS0VqAfX6sZ0HKyQCLcBGAsYHQ/s560/IMG_20201116_102201.jpg" /></a></div><br />Ante umha lei que propom cámbios tam fundamentais como é o borrador da chamada Lei Queer ou Lei Trans, na súa elaboraçom deveram ter participado umha ampla representaçom social, escoitado e debatido o suficiente antes de iniciar o trámite parlamentar, que vai estar moi mediatizado polo frágil equilíbrio de forças que sustentam o governo de Sánchez. <br /><br />Porque este borrador que pretende chegar a ser Lei, nom atinge como se fai crer, só às pessoas transexuais, ou às pessoas transgénero, é umha lei que pretende que o sexo biológico perda todo valor jurídico, estatístico, que deixe de ser factor de variáveis de investigaçom ou tratamentos científicos e médicos, e base sobre a que se construiram todas as leis que blindam direitos e protecçom às mulheres.... para converte-lo num desejo, algo como experiência individual vivida, e que só a vontade pode determinar. <br /><br />A proposta tem umha repercusom suficientemente importante para que a separemos quando menos do discurso fácil, mas desejável como objetivo, de "que cada quem seja o que queira" ou do discurso trampulheiro que assegura que a lei Queer vem blindar DDHH de este ou daquel coletivo. Da pouca vontade para o debate dam fé o numeroso articulado de infracçons e sançons, e organismos especificamente criados para fazê-la cumprir. <br /><br /> Cambiar o sexo biológico nom é um direito humano, além de ser impossível, mas cambia-lo no registro civil sim é possível, desde o ano 2007, para todas as pessoas que documentam disfória de género mantida ao longo de dous anos. Poder fazê-lo deste jeito blindava o direito das pessoas transexuais a acompanhar umha vivencia de disfória ou incongruência de género, com as maiores garantias e apoio, mentres se protegía a categoria “sexo biológico”, nom o "sentido", pola utilidade social que isto supóm, como o é a idade por ejemplo. <br /><br />Se este cambio tem um interesse, em quanto à sua repercussom no conjunto social, na vida das mulheres as consequências som imensas e todas negativas. O sexo biológico é a base da opressom que em todo o planeta sofrem mulheres e nenas, porque o sexo mulher, trae de série umha hierarquia, umha serie de roles, estereótipos, valores, convencionalismos, crenças..., que vam marcar o que se aguarda delas e o lugar que a sociedade lles reserva, um lugar subordinado no melhor dos casos, um lugar onde habitam a violência, a explotaçom sexual e reprodutiva para a maioria. A essa mochila que se carga ao nascer mulher, é à que o feminismo chama "género" e ao que esta lei quer outorgar estatus de identidade. <br /><br />O feminismo leva dous séculos intentando desfazer-se dessa mochila. Dizendo algo tam singelo como que um mundo habitável para as mulheres será aquel no que o sexo biológico nom traia aparelhado desigualdade. Por isso esta lei inspirada na ideia de que ser mulher é um sentimento, contradíz a analise feminista e nos reduz a simples vontades expressadas sobre estereótipos. <br /><br />O que di o feminismo que se opóm valentemente a este borrador, porque já se nos deu envolta num discurso vitimista e carregado com poucos argumentos e muita emotividade, devera ser escoitado e tido moi em conta, nom porque ao dia seguinte da sua aplicaçom haja milheiros de varóns fazendo cola para cambiar o sexo registral (ainda que nos Jogos de Japón já algumhas mulheres desportistas caiam do pódio, por nomear algúm dos efeitos mais imediatos deste tipo de leis vigentes nalguns estados), senom porque abre a porta a umha sucessom de consequências em cadeia, que outros países estam constatando, e nos debuxam um modelo social onde, a opressom das mulheres fica obscurecida que nom eliminada, e o corpo, passa a ser mais que nunca território do mercado.
<br>---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-66543399898223947902021-04-21T16:03:00.005+02:002021-09-12T11:27:38.500+02:00Na balança, menores ou velhice? <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BaCS5tQJeeY/YOmqqSduGsI/AAAAAAAALxg/fFyCW1YGQVEkTW4W-nDCnmbkVFE3buzSgCLcBGAsYHQ/s2048/IMG_20210406_105057.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" src="https://1.bp.blogspot.com/-BaCS5tQJeeY/YOmqqSduGsI/AAAAAAAALxg/fFyCW1YGQVEkTW4W-nDCnmbkVFE3buzSgCLcBGAsYHQ/s560/IMG_20210406_105057.jpg" /></a></div><br />A estas alturas ninguém nos pode ocultar que detrás da migraçom existem máfias e governos que a utilizam para premer, chantagear ou quitar estabilidade a zonas geo-estratégicas, tombar governos ou negociar com vantagem. O caso da fronteira mexicana é paradigmático. Ninguém, salvo que queira caminhar de olhos vendados, pode deixar de ver no êxodo migrante, unha historia de conquista e saqueio dos países de origem, por parte dos países recetores. Assumindo isto com toda a carga de profundidade que implica, da necessidade mesma de cambiar o sistema mundo, no aqui e agora cumpre pôr unha olhada urgente sobre as vítimas, e sobre essa moeda de cambio e chantagem que som os menores migrantes. <br /> <br />Nestes case dous anos de pandemia, como sucedeu ao longo da historia em momentos de crise, e esta é unha crise mundial, assistimos a um confronto sobre o modelo de sociedade. O debate público/privado, os direitos coletivos e individuais, a liberdade, e mesmo o valor da vida humana, envolvem este debate. Unha confrontaçom de ideias que nom está facilitada pola informaçom-lixo, ou as mentiras que se divulgam num fogo cruzado, onde saem exabruptos como a campanha onde se contrapom o gasto que supom o acolhimento dum menor migrante e o gasto dumha mulher de idade. Unha imagem tramposa que pretende que elejamos entre a vida e o bem-estar dum familiar e a vida dum menor. Sem dar-nos a oportunidade de sermos unha sociedade, com suficientes recursos para valorar a vida de todas e todos, para sermos unha sociedade de acolhimento e coidados. <br /> <br />Esta semana assistimos com horror na cidade de A Coruña à detençom dum grupo de pessoas acusadas da compra-venda dumha nena de 12 anos. As novas sobre violência contra menores, ou as cifras do aumento dum 30% de casos de menores tutelados pola Xunta durante a pandemia, estam indicando o rueiro por onde unha parte da sociedade, quere que transite o futuro de menores vindos ao mundo nunha situaçom de vulnerabilidade. Volvemos a partir, unha e outra vez, num grande Titanic onde nom hai suficientes barcos salva-vidas, na vez de construir barcos onde a velhice segura e a infância com direitos esteja garantida.<br><br>Artigo publicado em <a href="http://agamme.org/na-balanca-menores-ou-velhice-por-lupe-ces/" target="_blank">AGAMME </a><br />---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-24763704200315124482021-03-09T10:56:00.008+01:002021-07-10T17:00:35.936+02:00364 dias<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-9L0s6iMRWMw/YEdF7ZPyeSI/AAAAAAAALow/sXk9TOICUu0ENOgcLvKeUIbPMzrLaKeSQCLcBGAsYHQ/s1408/mans.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1056" data-original-width="1408" src="https://1.bp.blogspot.com/-9L0s6iMRWMw/YEdF7ZPyeSI/AAAAAAAALow/sXk9TOICUu0ENOgcLvKeUIbPMzrLaKeSQCLcBGAsYHQ/s480/mans.jpg" /></a></div><br /><p></p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">NENO (12 anos): E
nom hai mulheres que matam a homens?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">FEMINISTA
(assombrada): Claro, hai mulheres que podem matar um homem num
acidente de tráfico, ou pode mata-lo num assalto, ou envenena-lo
para ficar com herdança... Mas nom é disso do que falamos
</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">NENO (12 anos): Mas
quantas mulheres matam homens?</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">FEMINISTA
(assombrada) Dígo-che que a violência machista é quando um homem
assassina ou simplesmente agride a umha mulher porque pensa que lhe
pertence ou porque quer somete-la.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">NENO (12
anos): Busca, busca em internet e di-me o número...</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">FEMINISTA
(assombrada) Digo-che este número para que entendas... Mira, mais de
54.000 homens estam no cárcere, e só 4.000 mulheres. Aos homens se
lhes educa para serem violentos, e às mulheres para o cuidado e ser
submissas.</p>
<p style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">NENO (12 anos):
(Depois de olhar uns segundos a gráfica por sexos da populaçom
reclusa) Vou-che ensinar um vídeo dum cantante que está moi bem a
ver se gostas...</p>
<p><style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 115%; background: transparent }</style></p>LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-88183885433742953222020-12-20T13:39:00.000+01:002021-07-12T13:43:01.723+02:00O governo do gas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ouZuf8OEK-4/YOwpf-g4FqI/AAAAAAAALyQ/jEejAVhpFeUtSRZaLWNuzr9HnCsaLBOZgCLcBGAsYHQ/s944/Captura%2Bde%2Becr%25C3%25A3%2Bno%2B2021-07-12%2B13-30-00.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="944" src="https://1.bp.blogspot.com/-ouZuf8OEK-4/YOwpf-g4FqI/AAAAAAAALyQ/jEejAVhpFeUtSRZaLWNuzr9HnCsaLBOZgCLcBGAsYHQ/s560/Captura%2Bde%2Becr%25C3%25A3%2Bno%2B2021-07-12%2B13-30-00.png" /></a></div><br /> Quase ao mesmo tempo que o gaseiro Maran Gas Efessos, procedente de Malabo (Guinea Ecuatorial), atracava no peirao de Reganosa no concelho de Mugardos, Emilio Bruquetas, o seu diretor, comparecia ante a “Comisión non permanente especial de estudo sobre a reactivación económica, social e cultural de Galicia pola crise da covid-19”. Umha regasificadora que está funcionando sem licencias, depois de 5 sentenças do Tribunal Supremo [1] na sua contra. <br /><br />Quase ao mesmo tempo que o seu diretor realizava umha prédica ambientalista nessa comissom [2], a favor das energias renováveis, das energias verdes, nas que incluem, intencionadamente, ao metano, o gaseiro iniciava umhas manobras de entrada na Ria de Ferrol ponhendo em perigo a vida de milhares de pessoas que vivemos na sua contorna, pondo proa cara umha regasificadora, que lhe aportou o passado exercício uns benefícios de 16 milhons de euros ao Grupo Tojeiro [3]. <br /><br />Quase ao mesmo tempo que Reganosa, para o processo de regasificaçom, esteriliza com hipoclorito sódico mais de 32,8 milhos (2019) de toneladas de água da ria e a expulsa refrigerada, diminuindo a sua temperatura sobre uns 4,6 ºC, no Parlamento Europeio e nos despachos da Comissom Europeia, os grupos gasistas estavam livrando umha dura batalha para conseguir nom ficar fora dos fundos de desenvolvimento regional (FEDER) ou dos do Mecanismo de Recuperaçom e Resiliência (RFF). [4] Porque o metano, principal componente do GNL, combustível fóssil, é responsável do 25% do aquecimento do planeta, e mais letal para o clima que o próprio CO₂ . [5] <br /><br />A confusom, a desinformaçom, e a falta de peso político de organizaçons que tenhem como prioridade na agenda a loita contra o cámbio climático, fai que a oportunidade de reformulaçom do modelo energético, que nos deu coma um agasalho compensatório a crise do Covid-19, vaia ser aproveitada polos lobys gasistas para beneficiar-se da torta de milhons de euros que se vam repartir para a recuperaçom económica na UE. <br /><br />O Comité de expertos que vem acompanhando a Nuñez Feijoo desde o inicio da pandémia, do que forma parte o director de Reganosa, foi elaborando projetos nessa linha, e está moi pendente das decisons que se tomem em Europa. Projetos da velha guarda das multinacionais que operam na Galiza, Citroën, Inditex e Reganosa, ou o que é o mesmo, automoçom, modelo têxtil deslocalizado e gas. [6] No caso de Reganosa, onde a Xunta, junto ao Grupo Tojeiro, controla o 85% da regasificadora e através das empresas de serviços e investimentos conforman unha multinacional, que mantém negócios em Malta, Alemania, Italia, Kuwait, Brasil, Chile, Canadá, Ghana e Mozambique, tendo na actualidade só umhas 125 pessoas en plantilha, começa a conhecer-se algúns traços desses proxectos que volvem apontar ao interior da Ría de Ferrol. [7]<br /><br />Investimentos milhonários que nada tenhem a ver com a potenciaçom dos nossos recursos naturais, a defensa dos nossos sectores produtivos tradicionais e do nosso médio ambiente, linhas básicas que devera seguir qualquer política de “reconstruçom” post-covid na Galiza. Mesmo contabilizando a potencia em criaçom de emprego, dos distintos modelos energéticos, a aposta polo gas é a menos rendível. [8] <br /><br />A Uniom Europeia estabelece seis objetivos ambientais e aclara que umha atividade pode considerar-se ambientalmente sostível, se contribui a qualquer de esses objetivos sem danar significativamente a nengum dos outros:<br /><br /> 1. Atenuar o cámbio climático (evitar / reduzir as emissons de gases de efeito invernadoiro ou aumentar a eliminaçom de gases de efeito invernadoiro). <br /><br />2. Adaptaçom ao cámbio climático (reduzir ou previr o impacto adverso no clima atual ou futuro agardado, ou os riscos de dito impacto adverso). <br /><br />3. Uso sostível e proteçom da água e os recursos marinhos. <br /><br />4. Transiçom a umha economia circular (centrando-se na reutilizaçom e reciclagem de recursos) <br /><br />5. Prevençom e controlo da contaminaçom. <br /><br />6. Proteçom e restauraçom da biodiversidade e dos ecosistemas. <br /><br />O principio de “nom prejudicar” assegura que umha atividade económica que causa mais dano ao médio ambiente que benefícios, nom se pode classificar como sostível. As atividades ambientalmente sostíveis também devem respeitar os direitos humanos e laborais. A Comisom Europeia está desenvolvendo critérios técnicos para cada objetivo, que deberam estar listos a finais de 2020, para a mitigaçom e adaptaçom ao cambio climático, e finais de 2021 para o resto de objetivos. <br /><br />Qualquer projeto que inclua o metano, ou a tecnologia biocida que Reganosa utiliza para a regasificaçom, tam destrutiva da biodiversidade e dos postos de trabalho na nossa ria, ou o seu funcionamento que pom em perigo a vida das pessoas, nom cumpre com os requisitos de sustentabilidade marcados pola UE, e polo tanto nom seriam merecedores dos fundos destinados à recuperaçom post-covid. Mas quem está acostumado a viver por acima da lei, gozando de impunidade, pode pensar que desta também se livrará, seja com projeto de carga de combustível para buques (HUB) [9], seja para a produçom de hidrogeno [10] utilizando eletricidade a partir do gas [11] ou pensando na fabricaçom de “metano sintético” [12]. <br /><br />O Ministerio de Transición Ecológica concede agora a Declaración de Impacto Ambiental a Reganosa (DIA) -paso previo para darlle autorización e legalizala- . De momento aos colectivos alegantes, 19 associaçons e 244 vizinhas e vizinhos da contorna da Ría, que alegamos, non nos comunicaron nada, nin respostonderam às alegaçons feitas en setembro do 2019. <br /><br />Coma a George Floyd, intentam que deixemos de respirar, umha e outra vez colocam a sua bota na nossa cabeça, mas o projeto Reganosa segue supurando corrupçom, ilegalidade, e perigo para o médio ambiente e para milhares de vidas. <br /><br /><br />Notas.-<br /><br />[1] Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol. | 12/08/2020 - Ártabra 21 | <a href="https://docs.google.com/document/d/1pT7f-84KSy4kaO3vh11OAoWve1ULkGFgi0gkR_e8O6k/edit">Acceder ao Doc</a>. <br /><br />[2] O diretor de Reganosa demanda apoio público a empresas na transiçom ecológica. 09/11/2020 - Diario de Ferrol | <a href="https://www.diariodeferrol.com/articulo/ferrol/director-reganosa-demanda-apoyo-publico-empresas-transicion-ecologica/20201108211338291132.html">Ir á Web</a> .<br /><br />[3] Gadisa avanza con tranquilidade, bons alimentos e récord de benefícios antes da covid-19. 20/08/2020 - El Correo Gallego. | <a href="https://www.elcorreogallego.es/galicia/gadisa-avanza-con-tranquilidad-buenos-alimentos-y-record-de-beneficios-antes-de-la-covid-19-FB4300513">Ir á Web</a> .<br /><br />[4] A aposta energética polo hidrogeno reabre a guerra de gasodutos na UE. 14/10/2020 - La Información. | <a href="https://www.lainformacion.com/empresas/apuesta-hidrogeno-reabre-lguerra-gasoductos-ue/2817669/">Ir á Web</a> .<br /><br />[5] e [8] Por que o diñeiro europeo da recuperación non pode financiar o gas. De Samuel Martín-Sosa, Javier Andaluz Prieto e Nuria Blázquez. 29/10/2020 - Ártabra 21 | <a href="https://artabra21.blogspot.com/2020/10/por-que-o-dineiro-europeo-da.html">Ir á Web</a> .<br /><br />[6] A automoçom galega busca mobilizar 1.300 milhos dos fundos europeus. 10/11/2020 - Diario de Ferrol | <a href="https://www.diariodeferrol.com/extarticulo/galicia/automocion-gallega-busca-movilizar-1300-millones-fondos-europeos/20201110022002448967.html">Ir á Web</a> .<br /><br />[7] Nova planta de Reganosa pode producir hidrógeno verde em A Coruña apoiada por Estado e Xunta. 07/10/2020 - GaliciaEspress | <a href="https://www.galiciapress.es/texto-diario/mostrar/2113295/hidrogeno-verde">Ir á Web</a> <br /><br />[9] Feijoo, sobre o HUB de GNL de Reganosa: “é unha oportunidade que nom podemos desaproveitar". 23/10/2017 - Web de Reganosa. | <a href="http://www.reganosa.com/gl/feijoo-sobre-o-hub-de-gnl-que-reganosa-proxecta-en-galicia-%E2%80%9C%C3%A9-unha-oportunidade-que-non-podemos">Ir á Web</a> .<br /><br />[10] A Associaçom Empresarial Eólica alerta contra o hidrogeno azul e o grise. 05/10/2020 - Energía Renovables | <a href="https://www.energias-renovables.com/eolica/la-asociacion-empresarial-eolica-alerta-contra-el-20201004">Ir á Web</a> .<br /><br />[11] Ciclos Combinados: rentabilizar o soporte á transición ecológica (Página 38 da revista GasActual Nº 156) - Xullo/Setembro 2020. | <a href="https://www.sedigas.es/uploads/gasactual/archivos/57/doc/es/GasActual_156.pdf">Acceder/Baixar</a> .<br /><br />[12] O gas natural, acelerador da transición energética (Página 42 da revista GasActual Nº 156) - Xullo/Setembro 2020. | <a href="https://www.sedigas.es/uploads/gasactual/archivos/57/doc/es/GasActual_156.pdf">Acceder/Baixar</a> .<p></p>LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-40632027210401457352020-03-01T16:20:00.010+01:002021-09-12T11:26:12.370+02:00Cambiar o traço<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_-L0LvQd7Jg/YOmukJswtwI/AAAAAAAALxs/4bdak4Kim5wW6Gt7n5vWtnN9PMrf8zmNwCLcBGAsYHQ/s2048/IMG_20210710_122659.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" src="https://1.bp.blogspot.com/-_-L0LvQd7Jg/YOmukJswtwI/AAAAAAAALxs/4bdak4Kim5wW6Gt7n5vWtnN9PMrf8zmNwCLcBGAsYHQ/s560/IMG_20210710_122659.jpg" /></a></div><br />Poderíamos traçar umha linha da pobreza, em ascendente, desde o centro da cidade até os bairros mais periféricos. Poderíamos traçar umha linha da tristeza perpendicular às soidades que habitam a cidade, para recolher todos os planos, cada um dos ángulos. Pensar a cidade desde a pobreza, desde a tristeza, desde a soidade, desde a incerteza…, para construir espaços de coidados, dignidade, seguridade, acompanhamento, solidariedade… <br /><br />Os caminhos das mulheres. Mulheres cargando compras, carrinhos com crianças. Mulheres fazendo os caminhos à escola, ao trabalho de madrugada. Mulheres sem caminho, nas casas coidando, ou soas. Mulheres transitando esquinas apagadas, túneles escurecidos de curvas inquietantes. A cidade excluínte, ameaçante. <br /><br />A linha da pobreza cara as casas de humidades eternas, janelas pequenas por onde se filtra o vento e os reumas, o sal das paredes a sugar água e fungos derramados em todas as estáncias. Impossível que a beleza do pano na mesa, oculte os teitos descascados. Ascensores oscilantes e falsos que às vezes faltam à cita. Andares elevados onde ficam prisioneiras as vidas limitadas.. <br /><br />Farolas apagadas ou rotas, bancos arrincados e papeleiras esgazadas que incidem no desalento. Contentores impossíveis, com tapas impossíveis, com barras impossíveis que deixam o lixo ao capricho das gaivotas ou das ratas. O vento acumulando, afetado de diógenes, resíduos plásticos nas coordenadas dumha escada esbaradiza. <br /><br />Chuvia paralisante. Nom há onde ir, difícil encontrar-se. As crianças rebotando nas esquinas das casas, passarinhos atrapados. Sair só ao mandado, para sobreviver, deixando o viver aparcado. Amanhar com o mínimo, até que dê escampado. A ver se a febre passa e a roupa dá secado. <br /><br />A vida em soidade. A radio sem bateria e o televisor moi alto, moi alto, que nom se escuita claro. Na mesa só um prato, e as tardes vam caindo junto às noites, como as folhas num outono dilatado. Sair às escadas, precipício de aventuras arriscadas, pensando na descida e pensando na chegada, calculando gramo a gramo, o que se pode cargar até casa. Tam longe o imenso espaço de hipermercado em secçons organizado, tam extenso o caminho a recorrer para ter o necessário! <br /><br />A morte em soidade. A traiçom dumha caída, a dor, a fame, a sede. As horas eternas aguardando, mentres as imagens da vida vam passando, alegrando e amargando. A loucura de ver-se no final tam esquecida. Aguardar ao cheiro filtrado baixo a porta, para que venham recolher os restos dumha vida. A cidade em celas dividida. <br /><br />Quem construi de costas ao que somos? A cidade nos possui e nos ordena. Quem nom nos pensa? Quem pom barreiras no caminho? Quem nom traça caminhos seguros para andares diferentes? Quem separa a vida da eficácia e a destreza? Quem impom, bêbedo de benefícios, que a cidade nos seja alhea? <br /><br />Suster a vida, como tarefa colectiva. Compartida. Para traçar novos planos e reabilitar a cidade para a vida. Eis a olhada feminista cambiando o traço na gestom do espaço.<br /><br /> Artigo publicado em <a href="https://criticaurbana.com/cambiar-o-traco">Crítica Urbana</a>.<br><br>Revista de Estudios Urbanos y Territoriales Vol.3 núm. 11 Mujeres y ciudad.<br><br>A Coruña: Crítica Urbana, marzo 2020.<br><br>---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-47933701937507711942019-10-24T01:17:00.003+02:002021-07-10T17:01:58.131+02:00Reflexons feministas dumha mente ocupada (relatório nas jornadas Noutrén: Feminismo Poscolonial)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-V3akoIgsBM0/XbDexFYseTI/AAAAAAAALCo/MXbQUXepgFQvWRWX49cQf6Z1hhxSXef7QCLcBGAsYHQ/s1600/XORNADAS%2BFEMINISTAS.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="991" data-original-width="1306" src="https://1.bp.blogspot.com/-V3akoIgsBM0/XbDexFYseTI/AAAAAAAALCo/MXbQUXepgFQvWRWX49cQf6Z1hhxSXef7QCLcBGAsYHQ/s480/XORNADAS%2BFEMINISTAS.jpg" /></a></div>
<br />
<b>Venho dum tempo gris…</b><br />
<br />
A minha infáncia transcorreu no franquismo. Tenho lembranças de case tudo em branco e preto. A minha mocidade desenvolveu-se entre lutas de “davides” e conquistas de gigante, foi um tempo épico, onde tudo era medido e sentido em máximos e mínimos. E na minha madurez estou sendo testemunha do medre numha onda imensa, do apoio que a luita feminista vai conquistando dia a dia, cristalizando em direitos e reivindicaçons. Nada do que vou expor aqui me pertence, é o produto de esforços coletivos, mas quero nomear aqui a duas mulheres, para evitar nomea-las continuamente ao longo desta exposiçom, porque sempre forom umha inspiraçom para mim. Carmem Adám, polo o impulso que deu ao movemento desde a Secretaria Geral de Igualdade, durante o governo bipartito, de quem recomendo o seu último livro Feminicidio, e Rosa Cobo Bedia, profesora na Universidade de A Corunha, cumha amplísima obra ao serviço da nossa causa. <br />
<br />
Precisaria nomear também, a um ingente número de ativistas, mulheres que me ensinarom, que me acompanharom e empoderarom, as que já nom estám, como Begonha Caamanho e Rosa Basabe, e as que estám, as que estades e seguides aí. Tenho a impresom de que ningúm movimento como o feminista, logrou tam altos niveis de irmandade, tendo em conta do nivel de negaçom de nós próprias do que partíamos. <br />
<br />
As reflexons que oferecem estas páginas hai que lelas desde a realidade galega, ainda que se faga algumha referencia a outros níveis.<br />
<br />
<b>O movimento foi medrando ...</b><br />
<br />
Nos anos oitenta, eu começava a organizar-me junto a outras companheiras para criar umha organizaçom de mulheres de ámbito nacionalista, Mulheres Nacionalistas Galegas. A esquerda espanhola tinha desde a morte de Franco organizaçons pequenas pero muito ativas. Descobrimos que o feminismo nos permitia questiona-lo todo, fazer umha nova leitura do mundo, desde as relaçons sexuais, os jogos da infáncia, a reproduçom humana ou a historia antes nom contada... Estávamos a descobrir o feminismo como cosmovissom. Nada é-lhe alheio. Podemos resumir estas décadas de finais do século passado, como a toma de impulso para a construçom do movimento tal e como é hoje em dia, na Galiza do século XXI. Hai que sulinhar nesse tempo, a importância da comarca de Vigo como foco irradiador de feminismo para todo o país, como nom se pode deixar de nomear às companheiras de AGM, a existência de Andaina, ou o papel unificador do movimento jogado por MNG. Assim as manifestaçons massivas do 8M que protagonizam agora muitas mulheres novas, tiveram os seus precedentes nas manifestaçons e folgas de principio deste século XXI: a mobilização mundial do 2000, coa marcha sobre Bruxelas de vários centos de mulheres galegas; a primeira folga de mulheres, com repercusom nas comarcas de Ferrol e Vigo, e a Marcha Internacional em Vigo no 2004, com mais de 20.000 mulheres, mobilizadas nas ruas.<br />
<br />
Paralelamente a este ativismo mobilizador, hai umha entrada importante de feministas nas formaçons políticas, e em consequência, começam a aplicar-se cámbios legislativos significativos. <br />
<br />
Do mesmo xeito, as feministas na Universidade criam estruturas e abrem campos de investigaçom que reforçam o argumentário do movimento. Figuras como Maria Xosé Queizán, Carmen Blanco, Maria Xosé Porteiro, Luz Darriba, Pilar García Negro,… e muitas maís, desde distintos ámbitos impulsavam co seu fazer o argumentario feminista. As políticas públicas de Igualdade, as quotas de representaçom política, a recuperaçom e visibilizaçom da nossa história, o avanço na liberdade sexual, os direitos reprodutivos, os cámbios na publicidade, no aceso à universidade e à investigaçom, o novo enfoque sobre os coidados... som passos conquistados que semelha nom ter volta atrás. Mas entom, como é que o patriarcado, goza de boa saúde?<br />
<br />
<b>Patriarcado e capital de igual a igual</b><br />
<br />
Expressons culturais, modelos de relacionamento, sistemas económicos, estruturas religiosas, políticas, guardam praticamente intactos os seus pilares e só realizaram mudanças simplesmente estéticas, formais, ou som mínimas na sua transcendência. As cifras do feminicídio, das violências machistas, o auge da prostituiçom e a pornografia nas últimas décadas, a feminizaçom da pobreza, a beligerância do poder judicial contra as mulheres, a precariedade vinculada aos sectores produtivos feminizados..., som alguns indicadores de que o patriarcado muda algumhas formas, mas goza de boa saúde. <br />
<br />
Nesta nova etapa neoliberal, está fortemente unido ao capitalismo, e se apoia, a nivel mundial em novas expressons políticas que reivindicam “espaços de liberdade para os homens fronte a ditadura feminista que impom às mulheres um modelo de vida que nom desejam”. É a reaçom às nossas conquistas. Governos como o de Bolsonaro, Mauricio Macri, ou na Europa, o governo polaco, monstram o fácil que é recuar em quanto aos direitos das mulheres. E moi perto das nossas fronteiras, países em conflito armado, submetem baixo normas patriarcais extremas, justificadas ou nom pola religiom, às mulheres e às crianças. A deriva autoritária e mesmo neo-fascista que vem monstrar o exercicio dum direito básico em Catalunya, como é a autodeterminaçom, é umha mostra máis da involuçom à que assistimos, ao servizo do capitalismo e o patriarcado.<br />
<br />
Mas no nosso pais, como em muitas partes do planeta, um grupo cada vez mais significativo de mulheres abre campos de liberdade nas suas vidas, exercem autonomia, empoderam-se e entram em espaços laborais, culturais, científicos… antes proibidos. Um número cada vez mais importante de mulheres intentam construir novos modelos de relaçons afetivo-sexuais, em igualdade. Porém, as cifras de mulheres assassinadas, a violència contra elas e às suas crianzas, a feminizaçom da pobreza e o número de mulheres e nenas prostituidas nom fixo máis que medrar. As masculinidades construidas baixo o prisma patriarcal, nom admitem outro jeito de desenvolver-se que a dominaçom, perseguem esse objetivo, e ou bem o conseguem ou reaccionam violentamente. Dá vertige o medre esponencial no nosso país de prostituidores, onde a vontade e o desexo das mulheres e nenas está anulado por um prezo.<br />
<br />
<b>Reaçom patriarcal</b><br />
<br />
O feminicídio e o auge da prostituçom, som os máximos exponentes desta reaçom do poder patriarcal ante essa perda de hegemonia. Umha reaçom extremadamente violenta contra os nossos corpos, contra a nossa liberdade, contra os nossos direitos. <br />
<br />
O capitalismo tem, através da economia criminal, umha oportunidade de negocio imensa que nom está a desaproveitar. Assim como avanza na apropiaçom e explotaçom dos recursos naturais, numha ansia depredadora sem límites, tem descuberto o corpo das mulheres e crianças como a materia prima renovável, que tem um circuito bem claro, como o tivo no seu momento a ruta da seda ou das especies: do sur ao norte, e do leste ao oeste. O capitalismo converte todo em mercadoria, e os nossos corpos aí estám, em situaçom de vulnerabilidade polo efeito da pobreza, da marginaçom, da violência sexual…, ou mesmo a impunidade das máfias. <br />
<br />
<b>Ante a presom do movimento, cambiar algo para que nada mude</b><br />
<br />
As elites tingem o cabelo de lila. Vimo-lo este 8 de março. Mas em paralelo, criam expressons políticas profundamente misógenas e mantenhem intactas estruturas económicas, políticas e religiosas contrárias ao principio de igualdade. Umhas elites que tanto sacam partido da mam de obra precária, de manter a pobreza e a exclussom, como da economia criminal, onde cada día converte-se a um número ingente de mulheres e crianças na matéria prima de florescentes negócios a escala mundial: a prostituiçom e a pornografia. Ou novos modelos de negócio onde o corpo das mulheres fica reduzido a medio de produçom, como os ventres de aluguer. Uns negócios que levam no seu núcleo, o aliem da dominaçom patriarcal.<br />
<br />
<b>As nossas conquistas ainda som só umha fina capa de gelo</b><br />
<br />
Passeamos sobre umha fina capa de gelo que estala quando menos o esperamos. Emociona-me ver a avós, com seu cabelo encanecido, ou esplendidos bigodes, a cuidar de crianças em carrinhos. Eu nom o tinha visto nem na infancia nem na minha mocidade. Emociona-me ver a homens de todas as idades ir fazer a compra ou levar as crianças ao parque. Emociona-me, porque para mim som símbolos de vitoria, de avanços. <br />
<br />
A muitos devolvemos-lhe a oportunidade de compartilhar os cuidados, de fazer parte da criança afetiva e criar vínculos mais além do sangue e apelidos. Demos-lhe às novas geraçons a oportunidade de começar a construir um futuro mais livre do que nós, sem armários, nem limites ao amor. Mas nom conseguimos a penas mudar a vida e as oportunidades dumhas quantas e a nossa própria. O patriarcado em aliança co capital, cria realidades paralelas. Amplas zonas do planeta onde estám negados os direitos básicos. Bolsas de exclussom neste primeiro mundo, onde qualquera de nós, das nossas famílias, pode acabar. Falo de mulheres e crianças assassinadas, que sofrem violência machista, razismo, pobreza, explotaçom laboral e marginaçom que as fai vulnerabeis à dominaçom patriarcal. Temos esses índices de violência disparados entre adolescentes e moços. Expressons fortemente masculinizadas, entremeadas co dinheiro e o poder, som fenómenos de mobilizaçom de masas e organizaçom social cumha hegemonia inquestionável, como tudo o que rodeia ao futebol, incluído o negócio das apostas. Saem à luz novas expresións culturais que reproduzem essa cultura da violência para a dominaçom, na música, no cinema, na moda, nas redes sociais... A nova cultura do ócio vinculada à explotaçom com 1.600 prostíbulos no estado espanhol, um número sem definir de pisos, e muitas ruas e polígonos industriais que suponhem um 0,35% do PIB. Temos bolsas de pobreza e exclussom onde o sistema capitalista em aliança perfeita co sistema patriarcal, usa os corpos das mulheres para reproduzir a mao de obra, manter os cuidados, tirar plusvalias da produçom em condiçons laborais precárias, ou ampliar nicho de negocio na economia criminal: prostituiçom, pornografia, ventres de aluguer… Campos de concentraçom, granjas de mulheres gestantes, onde os puteros e os criadores de úteros, reproduzem a base fundacional do patriarcado, o aceso ao uso e o controlo do corpo das mulheres. <br />
<b><br />
O patriarcado cai com o capitalismo ou nom cai, e vice-versa</b><br />
<br />
O patriarcado nom vai desaparecer dunha punhada certeira ao coraçom. Nom vai desaparecer só por um movimento político e social que ative contra del. O monstro seguirá vivo mentres nom consigamos quitar-lhe o alimento, as bases nas que se sustenta. E intuímos que o patriarcado nesta nova etapa histórica, só cairá se junto a ele cai o capitalismo, senom, sempre terá um companheiro que lhe facilitará novos jeitos de manter-se vivo. Neste século as transformaçons, os cámbios, produzem-se muito mais rápido. O feminismo logrou questionar muitos modelos sociais. O patriarcado transforma-se, colhe novas formas e rostros e sobretudo defendem-se e tem muitos recursos para fazê-lo. Nós temos os nossos corpos e a razom, o patriarcado tem estruturas de poder, recursos económicos e mediáticos para manter-se hegemónico nas nossas sociedades. Mas, como o foram outros sistemas de opresom, nom é invencível nem eterno. <br />
<br />
<b>A reaçom patriarcal. como afrontar o tsunami</b><br />
<br />
Semelha que estamos baixo alerta de tsunami. O patriarcado rearma-se e está a lançar umha nova ofensiva como contestaçom ao avanço do movimento feminista a nível mundial. E aqui, nesta velha naçom chamada Galiza, temos o imenso orgulho de contar com um movimento feminista forte, ingerido socialmente, cum corpo de pensadoras importante, com feministas ativando nos medios, na produçom cultural, no movimento associativo, nos grupos políticos… Um feminismo que logra mobilizar umha parte importante do tecido social e está freando em muita medida, essa reaçom. Um movimento que ajudou a formar mulheres com liderança política e social, Lidia Senra, Ana Pontón, Isabel Vilalba, Goretti Sanmartim… e muitas outras que desde as instituçons combatem o machismo e pulam por políticas públicas que lhe arrinquem espazos de hegemonia. <br />
<br />
Estamos contra-atacando, mas cumpre manter a unidade e marcar bem os objetivos. Apontemos algúns dos componentes dessa reaçom:<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">1º Ataques ao feminismo como cosmovisom</span><br />
<br />
• Assegura-se que o patriarcado nom existe.<br />
• Que o Feminismo é umha ideologia só de mulheres burguesas, heteros e brancas<br />
• Que o feminismo quere imponher o modelo europeu às mulheres doutras culturas e crenzas<br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">2º Ataques ao feminismo como ideologia de liberaçom</span><br />
<br />
• O termo Feminazis vem a explicar dum xeito moi simbólico, que as feministas nom representamos a liberdade senom a opressom.<br />
<br />
• A aplicaçom nos tribunais e na divulgaçom seudocientíca do Sindrome de Aleneaçom Paternal S.A.P., subjace a imagem da mulher manipuladora, mentireira e maquavelica, que todas levamos dentro. <br />
<br />
• A aplicaçom da Custódia compartida imposta, e todas as organizaçons de pais mobilizados para defender-se fronte o roubo das crianças, botando umha cortina de fume ante as denuncias por abuso sexual ou violencia machista.<br />
<br />
• A intençom de aprobar a Lei de mediaçom onde se pretendia obviar a realidade da violencia machista e dos abusos <br />
<br />
<span style="color: #674ea7;">3º Ataques às conquistas feministas</span><br />
<br />
• A definiçom da Lei de Igualdade desde muitos ámbitos das redes sociais, como imposiçom de supremacia “hembrista”.<br />
<br />
• Os ataques à Lei Integral contra a Violência machista, onde se estendeu coma verdade que a maioria eram denuncias falsas, que as mulheres som mais assassinas que os homens, perversas, e em todo caso, que todo é violência…)<br />
<br />
• Os ataques ao direito ao aborto, com o acosso às clínicas onde está agochado, sem ocupar o espaço que lhe corresponde no sistema público de saúde. E mesmo as vozes, bem intencionadas, que para defende-lo o definem como desgraça, nom como direito.<br />
<br />
<b>Que batalhas nos aguardam? </b><br />
<br />
Para rematar só apontar um guióm das tarefas pendentes e que eu considero prioritárias para avançar tanto na fortaleza do movimento como na definiçom e consecuçom dos nossos objetivos, som tarefas nas que muitas companheiras já estades, deixando tempo das vossas vidas, energias, com conquistas e fracasos:<br />
<br />
1. <span style="color: #674ea7;">Focar mais energias na luita contra a prostituiçom e a pornografia</span>. Conceptualizar a pederastia como expressom patriarcal.<br />
<br />
2. <span style="color: #674ea7;">Questionar o poder judicial e a sua nova caça de bruxas</span> tal e como a denúncia Silvia Federicci. <br />
<br />
3. <span style="color: #674ea7;">Avançar na denúncia das instituiçons religiosas como instituçons patriarcais</span>, que estendem a misoginia; e na criaçom de alternativas nom patriarcais para viver a espiritualidade.<br />
<br />
4. <span style="color: #674ea7;">Questionar o modelo de representaçom política</span>. O modelo de quotas, de listas cremalheira, nom é mais que um paso na democratizaçom das nossas sociedades, que excluem ao 50%. Mas isto agora nom é suficiente. No panorama político espanhol emergem vozes de mulheres, representantes políticas e com responsabilidades em distintas instituiçons, que representam opçons reacionárias, negacionistas e involucionistas. O movimento precisa de mais feministas nas organizaçons políticas, no sindicalismo e nas instituiçons. <br />
<br />
5. <span style="color: #674ea7;">Apoiar a criaçom e visibilizaçom de novas masculinidades</span>. Em palavras de Lluis Rabell, “Partilhar desde os homens a etiqueta de feminista nom consiste nem mais nem nada menos que em assumir a sua responsabilidade ante o conjunto da sociedade e ante os outros homens, questionando os privilégios em torno aos cales construiu-se a sua identidade”<br />
<br />
<b>Com que ferramentas?</b><br />
<br />
Sempre, em toda parte, e para conseguir luitar eficazmente por umha causa justa, precisa-se conjugar vários elementos: a criaçom de pensamento crítico, a mobilizaçom, a acçom política, e a elaboraçom e ensaio de alternativas. O movimento feminista galego conta com todos os elementos para afrontar com éxito esta maré reacionária, se sabemos conduzir o leme com inteligência colectiva e criatividade. Temos que construir: <br />
<br />
1. <span style="color: #351c75;">Alianças para as novas batalhas</span>. Aprofundar na unidade de açom com o feminismo partidário, apoiar às companheiras feministas que atuam nos sindicatos, unir laços cos movimentos onde participam novas geraçons (cambio climático / novos modelos de produçom / benestar animal...),<br />
<br />
2. <span style="color: #351c75;">Divulgar o argumentário</span> (patriarcado-capitalismo), ativando nas redes sociais enciclopedias e dicionários electrónicos feministas, guias e cursos de formaçom online...<br />
<br />
3. <span style="color: #351c75;">Criar escolas de empoderamento feminista</span> além dos círculos universitários. “Empoderamento feminista é unha estratexia para o avance social das mulleres e a incidencia política cara a Igualdade” IV Conferencia Internacional, 1995 Beijing. Estas iniciativas deveram ter umha relaçom clara coa melhora da vida das participantes.<br />
<br />
4. <span style="color: #351c75;">Reivindicar o espaço nos médios</span>. Os de máxima divulgaçom nom permitem a entrada do discurso feminista mas que como algo esporádico ou vinculado à data do 8 de março. Por outra banda, o suceso dos últimos 8 de março é impensável sem a participaçom das companheiras jornalistas, que figeram romper o bloqueo informativo em muitos frentes.<br />
<br />
Quero rematar lendo-vos um poema que escribi este passado 8 de março coas ruas do país cheias de força transformadora, umha força que mais cedo que tarde logrará os seus objectivos de emancipaçom.<br />
<br />
sai das mans<br />
sai dos peitos<br />
sai dos sorrisos<br />
e dos lamentos<br />
<br />
sai do horror<br />
e do desprezo <br />
de berces mornos<br />
e baldes cheios<br />
<br />
sai de regos<br />
e unhas partidas<br />
de pés apertados<br />
quando caminham<br />
<br />
sai de línguas<br />
atormentadas<br />
e flores novas<br />
sempre segadas<br />
<br />
sai de leitos<br />
onde a censura<br />
mata desejos <br />
ata e tortura<br />
<br />
sai de pratos<br />
a médio encher<br />
e de cueiros <br />
sem recolher<br />
<br />
é o feminismo<br />
tomando a marcha<br />
sonhos ao vento<br />
o mundo avança<br /><br />---<br />LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-42825338562690550072019-09-16T23:41:00.001+02:002021-07-10T17:02:37.776+02:00De liberdade de opiniom e de opressom<div style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-QkY10QcPZVA/XYAFWmzK0kI/AAAAAAAAK-c/TmYVWQuuSKAF5ihWcBfaebMTUTWXhlrvgCLcBGAsYHQ/s1600/20180116-prostitucion.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="630" src="https://1.bp.blogspot.com/-QkY10QcPZVA/XYAFWmzK0kI/AAAAAAAAK-c/TmYVWQuuSKAF5ihWcBfaebMTUTWXhlrvgCLcBGAsYHQ/s480/20180116-prostitucion.jpg" /></a></div>
<br />
No aeroporto da Corunha, vinha de celebrar com apertas, lágrimas e sorrisos um muito aguardado reencontro familiar na sala de chegadas. Ao dirigir-nos aos aparcamentos, fixei indiscretamente, como fago a miúdo, a minha olhada numha rapaza que poderia estar entre os 16 e os 18 anos, com rasgos etíopes, esbelta, andar elegante, mas com um toque de resignaçom, e tristeza profunda no semblante. Entrava no interior das instalaçons do aeroporto sem bolso, sem equipagem… Atrás dela, formando um perfeito triángulo moviam-se dous homens entrados em idade, cadeias de ouro ao peito, camisolas e chaquetas como sacados dum filme de Torrente. Tampouco manejavam equipagem. Iam silenciosos mas decididos. Foi por uns segundos, que cruzaram a minha vida, o meu corpo, as miles de nenas e mulheres que vam rotando de bordel em bordel, porque a mercancia hai que move-la, o cliente exige novidades. E ao melhor nom era o caso, e eu deixei que as estatísticas e os estereotipos filtraram nesses segundos a realidade confrontada em testemunhas, estudos e investigaçons, que asseguram que as mulheres e nenas prostituídas vam rotando de prostíbulo em prostíbulo para satisfazer a demanda. E eu, pobre de mim, lancei-me a pensar e concluir, só polo pequeno detalhe de que umha rapaza dessa idade nom leva-se a um aeroporto nem umha mochila, nem um pequeno bolso, como assim levabam todas as da sua idade que estavam nesse aeroporto, e em todos os aeroportos do mundo.<br />
<br />
As imagens do aeroporto volveram a mim estes dias, ante o intento de celebrar na Universidade da Corunha umhas jornadas cuja iniciativa se lhe atribui a umha estudante de sociologia que se reivindica puta, é dizer, que póm, com mais ou menos liberdade, à venda os buracos do seu corpo para que acedam a el, a cambio de dinheiro, os homens. E pensei na imensa maioria de mulheres prostituídas que foram construídas como putas, desde que eram menores de idade, a costa de destruir o seu desejo, de cousifica-las, dobrega-las a base de miséria económica, consumo de drogas para sobreviver, jornadas esgotadoras e fazer-lhes perder a liberdade com dividas, movendo-as dumha parte a outra para que nom afiancem relaçons e mesmo retendo-lhes a documentaçom.<br />
<br />
E puxem na balança a suposta liberdade dessa estudante de sociologia para vender os buracos do seu corpo, e o valor da liberdade roubada na realidade de miles de mulheres e nenas prostituídas. E puxem na balança, o valor da liberdade de expressom para conceder a entrada no espaço universitário, à opiniom de que vender o uso dos buracos do teu corpo, para satisfacer os desejos de homens, é um trabalho, fronte ao valor da humilhaçom, cousificaçom e explotaçom que as mulheres prostituídas e o conjunto de mulheres, recebemos polo relato que indica que as mulheres podemos assumir como trabalho, satisfazer o desejo sexual de todos os homens que o podam e o queiram pagar.<br />
<br />
E assisti com estupor à reaçom nas redes, e dum sector universitário… e concluo: que arraigado está o neoliberalismo! que potente a uniom do capitalismo e o patriarcado! <br />
<br />
---</div>
LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-67772226245705668662019-03-08T10:59:00.002+01:002021-07-10T17:04:19.398+02:00#8M2019sae das mans<br />sae dos peitos<br />e dos sorrisos<br />e dos lamentos<br /><br />sae do horror<br />e do desprezo <br />de berces mornos<br />e baldes cheios<br /><br />sai de regos<br />e unhas partidas<br />de pés apertados<br />quando caminham<br /><br />sai de línguas<br />atormentadas<br />e flores novas<br />sempre segadas<br /><br />sai de leitos<br />onde a censura<br />mata desejos <br />ata e tortura<br /><br />sai de pratos<br />a médio encher<br />e de cueiros <br />sem recolher<br /><br />é o feminismo<br />tomando a marcha<br />sonhos ao vento<br />o mundo avançaLupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-30788460439413936672018-12-03T01:33:00.003+01:002021-09-12T11:53:51.763+02:00Lamento por Andalucia
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-LHpWi0bnpjM/XAR5Jf7CkqI/AAAAAAAAKvI/BtwoLsXBp1095clERfSo0R6wtlOg2tBugCLcBGAs/s1600/fgl.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="628" data-original-width="1200" src="https://2.bp.blogspot.com/-LHpWi0bnpjM/XAR5Jf7CkqI/AAAAAAAAKvI/BtwoLsXBp1095clERfSo0R6wtlOg2tBugCLcBGAs/s480/fgl.png" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
saem os federicos ao
campo em Andalucia</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
nom sabem que
começou a noite</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e nada se sabe do
dia</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
saem os federicos a
pôr o peito e a vida</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e o monstro sedento
espreita</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
a sugar a valentia</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
na fragua afogam as
nenas</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
prata e ferro, lua
cheia</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
vam os federicos
todos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
aos campos da noite
eterna</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
mas seguem os versos
no ar</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e no coraçom da
terra</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que hai que abrir as
aguas</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
para acolher a
patera</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que nom que nom</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que ao poeta nom se
enterra</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e o fantasma segue
vivo</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
na veiga e mais na
serra</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
canta Federico
canta!</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que nom afogue a tua
terra</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
com o ódio que
sembra o monstro</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
e que afunde as
pateras</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
canta Federico
canta!</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
enche-nos a alma e
as veias</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
com poemas de carne
e fel</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
eternos como as
estrelas</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
que vam outros
federicos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
a tentar de
recolhe-las</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
antes de que o
monstro poda</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
matar com noite ao
poeta</div>
<br>---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-4454536201245055852018-03-10T21:28:00.002+01:002021-07-10T17:05:55.347+02:00Dez de Março em Ferrol<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Dez
de Março em Ferrol</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">o
vento sopra do sul,</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">um
vestido camiseiro</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">sapatos
de veludo azul.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Baixa
a persiana menina</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">que
fique todo em silencio!</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Mulheres
gritam na rua</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">a
soidade do obreiro.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Uns
olhos de menina</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">entre
as teias ao axexo</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">gravam
nas tenras retinas</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">as
imagens do assédio.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Baixa
a persiana menina</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">que
fique todo em silencio!</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Dez
de Março em Ferrol</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">o
vento sopra do sul,</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">um
vestido camiseiro</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">sapatos
de veludo azul.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Ao
dobrar aquela esquina</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">os
pés descalços a alcançam</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">com
os buzos do estaleiro</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">que
hoje já nom trabalham.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Baixa
a persiana menina</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">que
fique todo em silencio!</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">As
ruas som coma um rio</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "dejavu sans" , sans-serif;"><span style="font-size: medium;">que
enchem os heróis dum tempo.</span></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-30484114383936042122018-03-09T00:09:00.002+01:002021-07-10T17:08:05.113+02:008M em Ferrol, nada volverá a ser igual.<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/DszFUBs84mU/0.jpg" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DszFUBs84mU?feature=player_embedded" width="560"></iframe> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }</style>
</div>
<div align="left" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As
queimadas do nordés</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
ártabras
de Prior</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
subindo
a Monteventoso</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e
baixando ate Valom.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
subiamos Chamorro</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
a
soterrar no solpor</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
aqueles
corpinhos mortos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
depois
de pari-los nós.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
no mil catrocentos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
nom
saímos a fuxir</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e
luitamos contra a peste</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
sem ter
a quem acudir.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
o lume vencemos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
no
século dezasseis</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
que
levou trescentas casas</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
que
houve que erguer outra vez.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As de
cesta na cabeça</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para o
dique,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para a
lenha,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para o
leite,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para a
roupa,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para o
peixe e o carbom.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
abalamos as pedras</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
a soar
coma canhons</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para
espantar ao inglês</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
polos
montes de Briom.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
limpamos o sangue</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
de
Antonia Alarcom</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e a
velamos varias noites</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
onde a
tirania a deixou.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
inspiramos justiça</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
na alma
de Concepçom</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e
demos-lhe pegada forte</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para
abrir as prisons.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
choramos a Amada</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
bicando
o seu paredom</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e
aninhámavos cos olhos</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
ao
filho que nos deixou.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As da
Pisbe,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
a
Madereira,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
soa a
serea em Pinhom,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
as de
Hispania,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
as do
sal,
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
a
comida em caldereta</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
soa o
pito da Bazán,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
saímos com Mela</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
aló no
setenta e dous</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
para
romper as algemas</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
cos
punhos coma ferróns.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
As que
vemos o futuro</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
cheio
de nubarróns,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
e
seguimos sendo ártabras</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
dende o
abrente ao solpor.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
……..</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
Somos
as de Trasancos,</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
somos
as de Ferrol.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Para todas as que hoje ateigachedes de alegría e luita as ruas de Ferrol.LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-75029922675094806732018-03-04T21:27:00.002+01:002021-07-10T17:06:36.947+02:00Quem falará de vós?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-kFOtzG_HHr8/WpxVNHR3w0I/AAAAAAAAKXc/6s7jHVnOJEw5orR2ulV0zrocUbbfHDDWQCLcBGAs/s1600/poesia_publicada_twitter_01.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="586" data-original-width="390" src="https://4.bp.blogspot.com/-kFOtzG_HHr8/WpxVNHR3w0I/AAAAAAAAKXc/6s7jHVnOJEw5orR2ulV0zrocUbbfHDDWQCLcBGAs/s1600/poesia_publicada_twitter_01.png" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
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<br />
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<br />
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<br />
Hoje transcurriu umha manifestaçom com miles de feministas polas rúas de Vigo. O nosso povo segue a dar monstras de estar à vangarda de cámbios socias<br />
profundos. Nom pude assistir. Para todas vós este meu poema em reconhecemento e agradecemento.LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-46790853924811557002017-12-23T17:39:00.001+01:002021-07-10T17:07:16.862+02:00Acçom e Racçom<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-lLf_YxmF45k/Wj6GW6YXCdI/AAAAAAAAKS4/eR-EfwfsDp8eNLaUCQdO3gXvAGvooKmEQCLcBGAs/s1600/aczom-reaczom-newton.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1122" data-original-width="1600" src="https://4.bp.blogspot.com/-lLf_YxmF45k/Wj6GW6YXCdI/AAAAAAAAKS4/eR-EfwfsDp8eNLaUCQdO3gXvAGvooKmEQCLcBGAs/s480/aczom-reaczom-newton.png" /></a></div>
<br />
Quando o feminismo consegue um oco dentro do ruído mediático para falar de violência machista, aproveita para acender o foco sobre o que falta por conseguir, fronte ao que tem conquistado (maior consciência social, leis, instituiçons especializadas, cursos de formaçom, investigaçons, estudos, ensaios, expressons artísticas e culturais que abordam o tema…) , porque seguem amoreando-se diante nossa, os cadáveres das mulheres e crianças assassinadas, as violaçons, as agressons, o abuso e acosso sexual, as atitudes e instituçons machistas, a linguagem excluinte, o relato que nos ignora… É como se o Patriarcado conseguisse levantar muros estanco, onde por umha parte temos o reconhecimento das conquistas feministas, e por outra a realidade patriarcal atuando nas instituiçons, nas ruas, nas casas, nos leitos…<br />
<br />
As que exploramos a teoria de que a violência machista, tal e como se vem expressando nas últimas décadas, é umha reacçom ante o exercício dos direitos fundamentais das mulheres, historicamente negados, mormente o direito à liberdade para decidir, vemos ante nós ainda, um longo caminho onde as caídas neste combate a prol da liberdade vam seguir escrevendo páginas de heroísmo, resistência e afouteza. Paradigmático é o caso da India, ou a viragem estratégica dos assassinos e maltratadores machistas utilizando como objeto de tortura e chantagem as próprias crianças.<br />
<br />
Cumpre pois dotar-se dos médios mais ajeitados para avançar neste combate desigual. Cumpre conseguir os maiores apoios e alianças. A solidariedade masculina, demonstrada como muito eficaz como elemento de conscienciaçom entre os homens, e também como desativante de atitudes machistas, tem que dar muito mais de si. Cumpre publicitar o conflito e visibiliza-lo em todos os contextos. Cumpre sinalar as estratégias e armas dos agressores, por suposto como formaçom preventiva (se controla o teu móbil, e o teu jeito de vestir…), mas também para inclui-las como defesa e prova ante os processos judicias (fechava com chave a sala de juntas do sindicato para falarmos…)<br />
<br />
A aplicaçom da lei em casos mediáticos como o da Manada, confirma que a defensa dos direitos das mulheres, a conquista da Igualdade, é também objetivo da Reacçom. Estamos ante um momento involucionista, e umha deriva autoritária das instituiçons do estado. Umha reacçom que pretende desarmar a defensa da sociedade civil. Fronte a essa reacçom, as mobilizaçons e posicionamentos públicos som imprescindíveis. Um estado que segue a ter na Monarquia, na Igreja Católica e no Exercito, uns dos seus pilares fundamentais, quer dizer, três instituiçons patriarcais que nom se vam deixar questionar sem resistência, e que vam atrincheirar-se no poder judicial e legislativo para evitar qualquer mudança.<br />
<br />
Mas fronte a isto temos a resistência de muitas mulheres, que cada dia ponhem seus corpos para que a liberdade de todas avance; a resistência de cada vez mais homens que se atrevem a falar, a cambiar e a afrontar com valentia o machismo e desterra-lo das suas vidas. Temos às novas geraçons incorporando-se decididamente às ideias e ao movimento feminista. Marchamos!<br />
<br />
---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-70820900891511483562017-09-16T20:43:00.002+02:002021-07-10T17:08:49.872+02:00Quem tem um plam?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-QuCCls6XF34/Wb7pwcWTauI/AAAAAAAAKL4/hLibPnjcP8UKpsWxVqTS5f0brFZtdUreQCLcBGAs/s1600/20170915-acto-a-esquerda-reflexion.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" src="https://4.bp.blogspot.com/-QuCCls6XF34/Wb7pwcWTauI/AAAAAAAAKL4/hLibPnjcP8UKpsWxVqTS5f0brFZtdUreQCLcBGAs/s480/20170915-acto-a-esquerda-reflexion.jpg" /></a></div>
<br />
<b>Galiza e a sua realidade no espaço geopolítico</b><br />
<br />
Reflexionar sobre o futuro da esquerda, os resultados desa reflexom, vam estar sempre marcados polas coordenadas geopolíticas do lugar onde se fai essa reflexom. Asim, hoje, aqui na Galiza podemos fazer este debate, e resulta necessário e interessante, mas resultaria de todo estranho fazé-lo em Siria, onde o Império está golpeando co útil maço do yihadismo, para levar adiante os seus planos de destruçom dos estados de medio-oriente. Está aplicando um modelo de guerras, nom para ganhá-las, senom para manté-las vivas como armas de destruçom definitiva, que deixa aos povos indefensos. Iste é o caso de Afganistam, Irak, Libia, Yemem... Esta é também a estrategia que se quere aplicar em Venezuela, e verémo-lo co tempo, ampliado a mais países.<br />
<br />
Mas nós vivemos nestes tempos, nessa zona de conforte, onde as guerras, co sofrimento de milhos de pessoas, nom formam parte da nossa realidade, por mais que a solidariedade, a empatia que sentimos polos povos do mundo, permita por uns segundos, por uns dias mesmo, que se nos encolha o coraçom diante de cada nova que nos chega desses territórios. Ou mesmo, que Europa experimente por segundos, a realidade das pessoas que vivem submetidas a situaçons de guerra, em forma de atentados, case sempre realizados em tempo de eleiçons ou em médio dum conflito político relevante, como é o caso de Barcelona.<br />
<br />
Umha zona de conforte situada na área geopolítica denominada Ocidente, nom eximida de contradiçons e problemas, mesmo onde esses problemas aumentam. Porque estamos a assistir a um aumento das desigualdades; um incremento da pobreza; um recorte de liberdades; o enraizamento do patriarcado; umha perda de soberania dos estados a favor das multinacionais, e um processo de centralizaçom e uniformizaçom que afoga os anceios de soberania dos povos a quem lhes é negada.<br />
<br />
Unha zona de conforto, mas que descobre cada dia como se degrada o seu território e como se pom em perigo a vida das especies e a saúde das pessoas, num delirante caminho cara a destruçom da vida.<br />
<br />
Aqui pois, toca-nos reflexionar sobre o futuro da esquerda. E quero dar dous dados a respeito do nosso país que penso que podem servir para centrar-nos sobre o tipo de sociedade á que pertencemos. Som dados bem conhecidos. Por umha banda, na Galiza existe um processo de avelhentamento da povoaçom moi acusado, com um saldo vegetativo negativo que se prolonga no tempo, morremos mais dos que nascemos, ainda que temos umha esperança de vida moi alta, de mais de 85 anos no caso das mulheres. <br />
<br />
Associemos a esses dados que as pessoas coa idade (por pura biologia), tendemos a ser menos ativas e participativas. Acrescentemos a isso que Galiza é um país de proprietários e, em menor medida, de proprietárias. Um 36% desses proprietários na Galiza, som-no de mais de 10 bens imoveis; que hai case 250.000 vivendas que funcionam como segunda vivenda, e case dous milhos de veículos. Somemos a isso que hai máis de 300.000 vivendas baleiras; que o 61% da populaçom tem conexom a Internet e a cobertura educativa, sanitária e farmacêutica, polo de agora, cobre praticamente a toda a povoaçom.<br />
<br />
Poderíamos estender-nos nas implicaçons que estes dados tenhem á hora de elaborar e levar adiante um projeto de transformaçom social, mas, de fazé-lo eu, nom seria moi rigorosa porque careço dum estudo sério e tam só podo aportar intuiçons sobre o que isso supom. Intuiçons e conclusons tiradas dos anos de experiencia, e do trato e observaçom de muitas pessoas ao longo dos anos de ativismo e de vida. Só, e para resumir, atrévo-me a dizer:<br />
<blockquote class="tr_bq">
- O conservadurismo na Galiza, que debe ser contrastado por um projeto da esquerda, tem umha importante base material, e nom só está vinculado à rede caciquil, à ignoráncia ou aos restos do franquismo.<br />
<br />
- A perda de povoaçom, a maiores das situaçons criadas pola crise, é também produto do auto-ódio e papanatismo cara ao de fora. Um auto-odio e papanatismo, que padecemos e imos herdando geraçom tras geraçom. Póde-se entender assim que muita mocidade, mesmo podendo contar co apoio familiar para emprender mais de um projeto, prefira mal viver no estrangeiro.<br />
<br />
- O país perde o seu sangue novo. Polo que conheço, só algumhas atividades económicas coma a vitivinícola, e nalgumha medida, o sector de gando de carne, conseguiram relevo geracional, mentres os sectores económicos como agricultura, pesca, sector naval, continuam desmantelando-se sem pausa. Salientar que é verdade que hai iniciativas económicas novas,como o sector relacionado coa produçom ecológica, ainda pouco significativo, que tem gente nova ao frente de múltiplos projetos que batalham todos os dias contra a grande industria alimentária.</blockquote>
<b><br />Temos as bases para umha transiçom ao socialismo como modelo económico de raparto da riqueza</b><br />
<br />
As características da Galiza permitiriam umha transiçom bastante doada a umha economía socialista. Somos um país cumhas bases econômicas onde poderiamos permitir-nos esse transito sem maiores dificuldades. Temos infraestruturas que garantizariam a educaçom, a sanidade e a vivenda. Temos povoaçom preparada, e terra, agua e mar para garantir a soberania alimentaria. Temos vivendas para garantir o direito residencial. Só haveria que recuperar desde o público sectores estratégicos como a energia, as telecomunicaçons, a banca e o transporte. Acompanhemos todo isto dumha política internacional onde busquemos alianças para garantir o aceso á tecnología e bens de equipo e temos a Galiza socialista que sonhamos. Nom está tam longe como pensamos a possibilidade dum reparto mais justo da riqueza e dum outro jeito de organizar a economia.<br />
<br />
<br />
<b>Novas formas de vida e interesses das geraçons post-transiçom</b><br />
<br />
Hai outros dados que devemos manejar para orientar as nossas reflexons. Eu nom os vim nunca recolhidos, seguramente existam, seguramente alguém os tem estudados, ou mesmo, poda que permaneçam interessadamente ocultos, porque sabemos agora que os sociólogos converteram-se nos grandes gurus dos partidos sistémicos.<br />
<br />
Som dados referidos á forma de vida e interesses das geraçons post-transiçom. Umha informaçom moi valiosa, porque quem saiba conectar cos interesses das pessoas e entenda os resortes que movem o seu jeito de vida, captará o seu interesse e moverá as suas vontades. <br />
<br />
Na minha experiencia, a saúde e a estética do corpo, a imagem pessoal, as emoçons, as relaçons sociais e o ócio, centrado sobre todo nas viagens, som, os interesses prioritários destas geraçons post-transiçom. Geraçons que tenhem um moi alto nível de autoexigencia, que vivem a formaçom, nom importa em que profissom, cumha disciplina estoica, que reflicte umha capacidade importante para realizar esforços, que antes nom se nos requeriam, máxime se todos estes esforços, nom se traduzem, na maioria dos casos em estabilidade laboral. Umha estabilidade à que já lhes figeram renunciar.<br />
<br />
As mulheres destas geraçons sofrem umha especie de desdobramento da personalidade associado a altos níveis de stress. Tenhem que ser nais perfeitas, entrenadoras e inversoras nas carreiras cara ao estrelato das suas crianças, activas sexualmente, coidadoras, com intensas relaçons sociais, eficientes no seu trabalho e, à sua vez, monstrar-se também como seres livres e sem ataduras que brilham por si mesmas. Bem está que a maioria nom consegue estes objectivos. Acrescentemos entom, ao stress, a frustraçom.<br />
<br />
Outra caraterista destas geraçons que me interessa ressaltar é a sensibilidade. Umha sensibilidade ainda nom transformada em consciência política e açom, a respeito da preservaçom do meio ambiente e dos direitos dos animais. Um dos rasgos mais diferenciadores em relaçom às geraçons anteriores, que fomos educadas na frase bíblica “ crecede e multiplicade-vos e dominade a Terra”, ainda que isso supunha estender a morte pola própria Terra. <br />
<br />
Esa sensibilidade cara outras especies, e pola preservaçom ambiental,mesmo podería parece associada ao instinto colectivo da supervivência. Como se a nível coletivo , ou do subconsciente colectivo, estas geraçons ativassem umha alerta do perigo que como especie temos que afrontar. Porque esta vai ser umha das batalhas definitivas que estas geraçons tenhem por diante, cos desafios do cambio climático e a contaminaçom das águas e da terra.<br />
<br />
Enquanto as geraçons anteriores, registraram antes e agora, umha alta participaçom na militáncia partidária e o associacionismo, motivada case maioritariamente por intentar plasmar umhas ideias, melhorar e transformar a vida da comunidade, ou mesmo pola conviçom de ter que liderar e protagonizar esses cámbios, o sentimento colectivo nestas novas geraçons, passa pola peneira do principio de reciprocidade “eu dou se ti me das”, “eu dou na medida que recebo”, e a implicaçom em movimentos e associaçons é, em consequência, moi reduzida. Valora-se muito o tempo pessoal. As reunions, o trabalho político... semelha tempo perdido. Assim, ficam na política aquelas pessoas que a vem como um campo profissional, onde quem se tem que esforçar é quem vive dela. A política para quem a trabalha. A esquerda político-institucional passou a ser, para os olhos da maioria social, umha alternativa profissional que, no caso da esquerda, vai fazer às instituiçons “o que se poda”.<br />
<br />
Nom vou cair na soberbia, nem na ignoráncia, de valorar do mesmo jeito a todas as pessoas que se comprometem para fazer política de esquerdas desde as instituiçons, nem negar o compromisso transformador de muitas delas, mas a visom geral que se tem é ista. Eu compartilho responsabilidades. Isto é o que conseguimos co caminho andado até agora. O caminho institucional converteu-se numha agencia de colocaçom , e o PP é o paradigma do que falo. Foi o partido que conseguiu, depois das crises do Prestige e da Guerra do Irak, umha renovaçom geracional sem precedentes, porque claramente oferecia um posto de trabalho e umha oportunidade para medrar económica e socialmente. A maiores, gera umha ocupaçom indireta significativa, mesmo se temos em conta que moitas pessoas, muita rapazada também, o seu primeiro contato coa política som os 150€ que o PP lhes paga por ser interventores nas mesas eleitorais. Temos que reconhecer que a todo isto ajuda desde logo o participar no chamado “jogo político”, coas cartas marcadas. Os jeitos da mafia som moi efetivos.<br />
<br />
Mentres, a esquerda partidária tinha e tem grandes dificuldades para conseguir participaçom, porque as expectativas sempre som moi limitadas, “saem poucos da lista e nom se cria trabalho indireto”. Começa mesmo a ser moi habitual que rematado um processo eleitoral, os e as candidatáveis nom elegidas, aleguem falta de tempo para continuar coa atividade na organizaçom ou nos movimentos sociais onde se lhes convida a participar.<br />
<br />
Cumpre também encontrar as razons polas que concelhos onde se tem aplicado políticas de esquerda ao longo dos últimos anos, onde se melhoraram as infraestruturas, o desenvolvimento económico e cultural, onde se dam melhores serviços, onde as instituiçons estam governadas por pessoas honradas e singelas, o Partido Popular segue a ser o mais votado nas convocatórias que nom som eleiçons municipais. É o caso de Allariz, Sam Sadurninho, e seguramente outros que nom alcanço a conhecer tam bem. Hai que perguntar-se por quê, as nossas políticas nom alcançam a transformar o pensamento colectivo. Porque a esquerda, nom é mais infraestruturas, melhores serviços, boa gestom... A esquerda é o pensamento e a vontade colectiva de preservar o bem comum, de transformar a realidade para acadar maiores cotas de bem-estar para as pessoas e as suas comunidades, de construir modelos de governança local e mundial baseados nos valores da liberdade, a igualdade e o respeito à diversidade. As políticas que temos que implementar, devem estar logo orientadas para fazer hegemónico esse pensamento e unir o maior número de vontades para conseguir esses objectivo.<br />
<br />
<b><br />O impulso para os cámbios sempre vem da maioria organizada</b><br />
<br />
Os Movimentos Sociais na Galiza nom passam polo seu melhor momento. As razons penso, quedaram enumeradas no apartado anterior (envelhecimento da povoaçom, interesses e formas de vida diferentes das novas geraçons…), porque ser, som mais necessários que nunca. <br />
<br />
O movimento sindical perdeu cotas moi altas de confiança e sofre as consequências dunha profissionalizaçom das suas direçons que o levam, na maioria dos casos, a ser meras gestorias de despedimentos e expedientes de regulaçom ou liquidaçom de empresas. <br />
<br />
Seguem tendo reconhecimento social o Feminismo e o Ecologismo. O primeiro porque os seus logros som patentes, e mesmo para as novas geraçons, é patente também a necessidade de luitar por defender esses logros e aumenta-los. Ademais, conseguiu um tímido, ainda que constante relevo geracional, com cámbios no discurso e nas formas de ativismo. O segundo, o Ecologismo, porque se ajusta á sensibilidade incipiente das novas geraçons com todo o que tem a ver coa defensa dos animais e o planeta, e porque consegue associar o ativismo com a pratica dum ócio alternativo.<br />
<br />
A historia ensina-nos que as necessidades e sobre todo as demandas da sociedade organizada, cristalizam em movimentos sociais e políticos que a sua vez produzem os cámbios reais, bem a través de cámbios institucionais, ou bem destruindo as instituçons caducas e dando passo a novas instituçons e formas de governo.<br />
<br />
Na Galiza cumpre investir muita energia na organizaçom social, incorporando os cámbios nesses processos organizativos, que permitam a participaçom das novas geraçons, cos seus jeitos e interesses. Isto é totalmente necessário e condiçom sine qua non para que a participaçom nas instituçons reflita e permita transformaçons do sistema político-económico. <br />
<br />
Dessa energia e desses processos sairam os novos liderados. <br />
<br />
<br />
<b>Os caminhos andados, de éxito ao fracasso, do fracasso ao éxito</b><br />
<br />
Moi rapidamente sinalar, a groso modo, quais forom os caminhos andados nos últimos tempos. Queria sinalar dous momentos onde estivemos moi perto de conseguir que algo cambia-se:<br />
<br />
- Em primeiro lugar na crise do Prestige. Moita gente na rua mobilizando-se durante meses, combinando ativismo, critica política, superando ao estado na responsabilidade de recuperar as zonas afetadas… Todo um capital humano e político que cristalizou num segundo movimento “Hai que botá-los” e que propiciou um governo bipartito. Mas este governo, governou, salvo exceçons, de costas aos movimentos que o pariram e se permitiu cumplicidades co poder econômico e mediático que o destruirom.<br />
<br />
- Em segundo lugar, o impulso político retomado coa irrupçom de Age, que bebia diretamente dos processos internacionais da nova esquerda altermundista e do 15M. Um novo discurso que propunha um processo constituinte, horizontalidade, transparência, participaçom,…., e que foi criando frustraçom na medida em que nom existia coerência entre o discurso e a acçom; que nom conseguiu superar o maior obstáculo da esquerda, a necessidade da unidade. Na Galiza sempre falta algumha pata quando se quer construir umha mesa. Um projeto, que na sua última expressom, frustrou, baixo o meu ponto de vista, as aspiraçons que puséramos nela moitas pessoas, porque estava chamada a ser a nova representaçom nacional nas instituçons espanholas. O caminho presenta-se incerto.<br />
<br />
<br />
<b>Construçom, destruçom. Responsabilidades na liquidaçom do capital humano e político que nos pertence</b><br />
<br />
Cumpre sinalar, a responsabilidade que existe no processo de liquidaçom da herdança depositada nas organizaçons políticas e sociais por milheiros de pessoas que dedicaram, tempo e esforço para erguer expressons organizadas da esquerda na Galiza. Um processo levado adiante por pessoas e interesses que desde a acomodaçom e o exercício das ridículas cotas de poder, mas poder a fim de contas, que existem dentro das organizaçons, criaram divissom, frustaçom e cansaço. <br />
<br />
Nom quero esquecer, a parte que lhe corresponde nesse processo de liquidaçom, aos esforços levados adiante por parte dos serviços de inteligencia do estado. Instituiçons moi ativas, ao serviço dos interesses da preservaçom do sistema, que intentam controlar e minar os movimentos e associaçons alternativos. Esta atividade e estas instituiçons, deveram ter algúm interesse para a esquerda, pola conta que nos tem, e investigar e analisar as suas estrategias, ou quando menos ser conscientes de que existem.<br />
<br />
A herdança é valiosa, nom podemos destragá-la. <br />
<br />
<br />
<b>Um plano para Galiza, um plano para o cambio económico e social</b><br />
<br />
Dim que hai que fazer moitas cousas porque algumha sairá bem. Também dim que os éxitos venhem dum longo caminho de ensaio e error. Eu digo que na Galiza hai umha visom minifundiária das estrategias. Que desde a esquerda neste país, soesse confundir a naçom coa organizaçom, e como tal, as estrategias fracaram, porque nom se pensa a longo praço. Cumpre pensar como definir esse obxectivo comum de efeito multiplicador que permita a recuperaçom da soberania nacional. Porque é vital multiplicar o efeito de miles de acçons que muitas organizaçons e coleitivos estam a realizar, e mostrar um poder constituinte em formaçom. <br />
<br />
Em muitas ocasions, as iniciativas políticas na Galiza semelham secundar as iniciativas ou processos que se estam a dar noutras naçons do estado. Se em Catalunya questionam o Concerto Económico, nós também. Se em Euskalerria elaboram o discurso de mais competências, nós também. Mesmo os processos de luita armada que se deram neste país, tiveram umha grande dose de mimetismo. E nestes últimos anos, intuímos um hipotético processo constituinte no estado, e aló fomos, a aproveitar as sinerxias a ver como nos ia…,e foi-nos mal. Erramos na analise. A realidade monstra um novo cenário onde a possibilidade de ruptura democrática, de processo constituinte, esta a dar-se em Catalunya, cumha resposta muito autoritária e repressiva por parte do estado, e umha possiçom nada rupturista, por parte de quem íam ser os nossos companheiros de viagem constituinte.<br />
<br />
Se quadra, por ser umha naçom diferente, há ser algo diferente o nosso processo político. Mas sabemos que quando temos um problema temos que ir na busca da soluçom, quando estamos ante um perigo ou ameaça, imos buscar como defender-nos. Assim, levámo-lo fazendo ao longo de muitos séculos nesta velha naçom Europea, marcada no seu adn por múltiples fracassos. Polo tanto ergueremo-nos para construir o que precisamos, as novas geraçons também o faram, ao seu jeito. <br />
<br />
Se fomos o primeiro reino suevo; fixemos a primeira revoluçom europeia contra o poder feudal; construímos a primeira resposta de masas contra umha agressom medioambiental como no caso do Prestige, ninguém pode negar-nos a possibilidade de que sexamos num futuro próximo, a primeira república socialista do noroeste europeo. A República Socialista da Galiza, garante da vida e da defesa do território. <br />
<br />
<b>Como conclusom e para finalizar</b>:<br />
<br />
Para reflexionar sobre o futuro da esquerda, nom podemos esquecer a situaçom da Galiza na zona de conforto que o Império limitou, fronte a destruçom por guerras permanentes, de extensos territórios da periferia do Império.<br />
<br />
Na Galiza hai umhas geraçons chamadas a conformar o projeto da esquerda do século XXI que tenhem formas de vida e interesses diferentes e precisam espaços de ensaio e error para levar adiante esse projeto.<br />
<br />
Umhas geraçons que tenhem que dar a batalha na defensa do território, e fazer hegemónico um novo modelo humano nom depredador, que preserve a vida no planeta<b>.</b><br />
<br />
<br />
<span style="color: #666666;">Nota.-</span><br />
<span style="color: #666666;">Intervençom na jornada de reflexom e coloquio celebrado o 15 de setembro de 2017, na Facultade de Filosofía de Compostela, sobre os desafíos aos que se enfronta a esquerda a nivel mundial. O acto foi organizado pola eurodeputada galega <a href="https://www.google.es/search?client=ubuntu&hs=drO&channel=fs&dcr=0&q=%22L%C3%ADdia+Senra%22&oq=%22L%C3%ADdia+Senra%22&gs_l=psy-ab.12...12692.15082.0.17601.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1..64.psy-ab..0.0.0....0.VlPOH312rjE" target="_blank">Lídia Senra</a>, integrada no Grupo Confederal da Esquerda Unitaria Europea/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), onde ademais da participación da propia diputada, presentou o compañeiro David Rodríguez<span style="color: black;"> <span style="color: black;">(<a href="http://ofunambulistacoxo.blogspot.com.es/" target="_blank">O Funambulista Coxo</a>)</span></span>; e interviron também o sociólogo portorriqueño, membro fundador de Europa Decolonial, <a href="https://www.google.es/search?client=ubuntu&hs=ZC4&channel=fs&dcr=0&q=%22Ram%C3%B3n+Grosfoguel%22&oq=%22Ram%C3%B3n+Grosfoguel%22&gs_l=psy-ab.12...39105.39105.0.40960.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1..64.psy-ab..0.0.0....0.F6SYnTGW5Dk" target="_blank">Ramón Grosfoguel</a>; a Comandante Guerrilleira nicaragüense, presidenta tamén da Fundación Popol Na, <a href="https://www.google.es/search?client=ubuntu&hs=GD4&channel=fs&dcr=0&q=%22M%C3%B3nica+Baltodano%22&oq=%22M%C3%B3nica+Baltodano%22&gs_l=psy-ab.12...46791.46791.0.48792.0.0.0.0.0.0.0.0..0.0....0...1..64.psy-ab..0.0.0....0.7ZALHGyDTBs" target="_blank">Mónica Baltodano</a>; ou a activista do Movemento Autónomo de Mulleres de Nicaragua e integrante do Foro de Mulleres para a integración centroamericana e do Caribe, <a href="https://www.google.es/search?q=%22Haydee+Castillo+Flores%22&client=ubuntu&hs=Cej&channel=fs&dcr=0&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwjikd-ok63WAhUDWxQKHfa7AhEQ_AUICSgA&biw=1920&bih=915&dpr=1" target="_blank">Haydee Castillo</a>. <a href="http://ageuropa.gal/un-coloquio-analizara-en-santiago-os-desafios-aos-que-se-enfronta-a-esquerda-a-nivel-mundial/" target="_blank">+info</a>.</span>
<br />
---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-43842148236508149802017-03-05T23:38:00.004+01:002021-07-10T17:09:39.311+02:00Em guerra...
<style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; line-height: 120%; }</style>
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-SMyE9lF89fQ/WLyTJM-4eEI/AAAAAAAAKEQ/1TxVGrAqMNAQTRzE6CwtUx2EfSwQdvaeQCLcB/s1600/IMG_20160830_212905.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-SMyE9lF89fQ/WLyTJM-4eEI/AAAAAAAAKEQ/1TxVGrAqMNAQTRzE6CwtUx2EfSwQdvaeQCLcB/s480/IMG_20160830_212905.jpg" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
As mans que estam a
jogar no taboleiro da guerra, venhem de mover ficha na Suécia. O
serviço militar obrigatório volve instaurar-se, dis que por sentir
a ameaça rusa. Tramp anúncia um incremento no gasto militar e China
fai o mesmo. A extrema direita avança em Europa, essa que nom lhe
fai noxo a bombardear povos, levantar muros, recluir migrantes… O
jogo da guerra, que percebemos periférico, aumenta a sua intensidade
e cada dia cheiramos mais perto a pólvora.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Mas hai outra guerra
coa que convivemos e nom percebemos como tal, onde aparecem todos os
elementos que a definem, armas, corpos e vidas destroçados, campos
de refúgio, exílio, terror…, assim no-lo ensinou a inesquecível
Begonha Caamanho num artigo aparecido no semanário A Nosa Terra na
década dos 90. Esta guerra, é a reacçom violenta do Patriarcado
contra as mulheres que o estam a destruir.
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
A propaganda de
guerra, passeou estes dias um autobús por Madrid para lembrar que a
liberdade nom é possível; a nova arma química, a burundanga,
demostrou estas semanas no campo de batalha, a sua eficácia para as
violaçons, e a explosom provocada por um comando suicida unipessoal
acabou coa vida de María José Mateo García em Redondela. Os partes
de guerra a diário falam de vítimas mortais e lesons infringidas
polo patriarcado e o seu braço armado, a violência machista.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
Ninguém sabe com
certeza onde está o final do conflito, mas é seguro que miles de
combatentes somam-se dia a dia ao exército insurgente que loita
contra o Patriarcado. Por cada umha abatida no combate pola
liberdade, miles se alçam empoderando-se, reivindicando os seus
corpos e às suas mentes. Por cada combatente caída, miles de
territórios se conquistam para a liberdade. Imos vê-lo este 8 de
Março. Veredes-las polas ruas e cidades do mundo, marchando
imparáveis, pelejando cada espaço, cada casa, cada cama, na
conquista da liberdade.</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-41685080348294959712017-02-01T00:36:00.001+01:002021-07-10T17:10:20.883+02:00Patriarcal inverno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-jPqCOpI_C4g/WJEeX8ClovI/AAAAAAAAKC8/atmPVu_vHB4SIVSKjWGekbnw7KEU8YcCQCLcB/s1600/IMG_20161126_170233.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-jPqCOpI_C4g/WJEeX8ClovI/AAAAAAAAKC8/atmPVu_vHB4SIVSKjWGekbnw7KEU8YcCQCLcB/s480/IMG_20161126_170233.jpg" /></a></div>
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<br />Passou inadvertida. Mentres todos os chíos falavam da tua morte, das circunstancias trágicas que remataram contigo, aquilo passou coma se nada. Nom perceberam o anuncio da morte, de mais mortes. Ao redor da tua, umha e mil razons para afirmar que se podia previr. Ao melhor a ti nom te matou o machismo. Ao melhor a ti matou-te o abandono das famílias com problemas de saúde mental. Ao melhor a ti matou-te a soidade na luita contra a loucura... Mas na hora da tua morte, mais mortes se anunciavam. O FMI, exigia mais recortes em Sanidade e em Educaçom. Eram novas sentenças de morte, e nada semelha cambiar no patriarcal inverno.<br />
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Virginia Ferradas foi assassinada polo seu home o 29 de xaneiro de 2017 em Carbalhinho.<br /><br />---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-81518177938058032252016-07-10T17:58:00.002+02:002021-07-10T17:11:45.117+02:00Interessam os votos do PP?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-CmusNriPO-4/V4JvwqmZvoI/AAAAAAAAJ0Y/Egv-0-Q_8gUfBS9j4qO9Wr1SXFfMKBI8ACLcB/s1600/Captura%2Bde%2Becr%25C3%25A3%2Bde%2B2016-07-10%2B17-22-10.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-CmusNriPO-4/V4JvwqmZvoI/AAAAAAAAJ0Y/Egv-0-Q_8gUfBS9j4qO9Wr1SXFfMKBI8ACLcB/s480/Captura%2Bde%2Becr%25C3%25A3%2Bde%2B2016-07-10%2B17-22-10.png" /></a></div>
Lendo o artigo de Manuel Veiga Taboada, "Por que votei PP", publicado em Sermos Galiza, animo-me a reflexionar em voz alta sobre o que leva acontecido nas últimas semanas. Eu também conheço a votantes do PP, na família, no bairro, no trabalho… A argumentaçom do voto é moi ampla. Sinalar tam só umha que me resultou curiosa. Dizia um home entrado em anos que os do PP eram gente de “cartos” e polo tanto eram os únicos que poderiam trazer dinheiro a Espanha, desconhecendo esse home que o movimento de capitais era um acertado atributo ás élites económicas e políticas vinculadas ao PP, mas a direcçom desse movimento ía cara os paraísos fiscais, como intuíamos hai muito tempo, e como conhecemos e confirmamos nos últimos anos. Mas isso importa? Está aí o trabalho das forças de esquerda que pretendam desalojar a este partido de grupos corrompidos e corruptores? <br />
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No caso das eleiçons espanholas, o PP conseguiu 7.906.185 votos. Um 33% dos votos emitidos, más só um 21,6% dos 36.518.100 de pessoas com direito a voto. As pessoas que votam ao PP, ainda que chovam chuzos de ponta, vam seguir votando a curto e médio prazo ao PP, mas som minoria. Frente a esses quase 8 milhos de votos do PP, o resto de forças sumam 15.191.608, um 41,6% das pessoas com direito a voto. Ainda assim, seguimos admitindo a imagem de hegemónico e invicto do PP, e crendo-nos que às comunidades às que pertencemos, som conservadoras e reaccionárias, que nom pensam no bem comúm, que hai corrupçom e pouco ou nada que fazer.<br />
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Algum que outro gráfico devera aparecer também nos médios para que a gente puderamos visualizar esta realidade comparando dados da últimas eleiçons gerais do 26J.<br />
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Qual deve ser a prioridade logo das forças transformadoras? Olhando esse gráfico, está claro que vai ser fazer-se criveis, organizar e mobilizar a porcentagem que lhes corresponde do 42% e ganhar a confiança desse 37% que nom vota, vota em branco ou nulo.<br />
<br />
Estamos às portas das eleiçons ao Parlamento galego. O PP vai dando muitas pistas do que quere a gente, sobre todo esse 37%. Só escoitando a pre-campanha do Partido Popular poderíamos fazer umha das guias de campanha eleitoral mais eficaces a aplicar nesta ocasom: a desuniom, a mala gestom e paralise das instituiçons que nom estam governadas por eles, e o éxito das políticas de austeridade. Eis os argumentos a desmontar. O problema é que hai que desmonta-los com feitos, porque esse 37% nom se mobiliza só com discursos.<br />
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-li8zLxd90wk/V4JwYmUIBVI/AAAAAAAAJ0c/u3vmkn2z5V8j8gWZTS4XkvjpiwvdePxFgCLcB/s1600/feijoo-habla_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-li8zLxd90wk/V4JwYmUIBVI/AAAAAAAAJ0c/u3vmkn2z5V8j8gWZTS4XkvjpiwvdePxFgCLcB/s320/feijoo-habla_2.jpg" width="320" /></a></div>
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E logo está a politica de gestos. O PP diz que vai andar todas as vilas do país cum banquinho para que se sente Nuñez Feijoo a escuitar à gente. A TVG, esse grande aparato de propaganda ao serviço do conservadorismo, do integrismo religiosos e do PP, já emitiu essas imagens de Feijoo escuitando á gente sentado num humilde banquinho. Grandes simuladores estes propagandistas do PP! As forças transformadoras perderam a oportunidade dum grande e simbólico gesto, onde a maioria veríamos com claridade a vontade de ser diferentes, de fazer as cousas doutro jeito, proclamando que nom se iam cobrar os 8.000 euros, liquidaçom claramente escandalosa aos olhos da maioria.<br />
<br />
O governo em funçons vem de publicar no BOE as novas autorizaçons para Reganosa, com trámite de urgência, passando mais umha vez por riba da legalidade que pretendeu fazer cumprir o próprio Tribunal Supremo, em três sentenças favoráveis ao Comité Cidadá de Emerxencia da Ria de Ferrol. A actuaçom criminosa desta minoria é insuportável. Por isso precisam envolve-la em mantos de névoa de maiorias que nom som tal. Ventos de unidade e coherência podem levantar essa névoa. <br />
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Ferrol, 10 de Julho de 2016LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-50104456878922031652016-04-12T22:25:00.001+02:002021-07-10T17:12:34.588+02:00Coraçom livre<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-shR6TD0T930/Vw1ZWC2CaEI/AAAAAAAAI_s/aBldnWncJ5UDVAHIU_UWgomqupa02aWvgCLcB/s1600/paporroibo-1.260.208.c.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-shR6TD0T930/Vw1ZWC2CaEI/AAAAAAAAI_s/aBldnWncJ5UDVAHIU_UWgomqupa02aWvgCLcB/s1600/paporroibo-1.260.208.c.jpg" /></a></div>
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Umha, duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez vezes que botaste a voar; onze, doze, treze, catorze, quinze, dezasseis, dezassete, dezoito, dezanove, vinte vezes que caíste, equivocaste o caminho e começaste de novo; vinte e umha, vinte e duas, vinte e três, vinte e quatro anos vividos intensamente, case engolidos; vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove, trinta vezes nas que pensaste dar um giro à tua vida; trinta e umha, trinta e duas, trinta e três, trinta e quatro, trinta e cinco, trinta e seis, trinta e sete, trinta e oito, trinta e nove vezes que te arrependeste daquela viagem; quarenta, quarenta e umha, quarenta e duas, quarenta e três, quarenta e quatro, quarenta e cinco vezes ressoando aquela pergunta na tua cabeça “moça, a ti maltratam-te?”, quarenta e seis, quarenta e sete, quarenta e oito, quarenta e nove, cinquenta segundos que tardaram em guardar a carpeta daquela denúncia; cinquenta e umha..., cinquenta e duas..., cinquenta e três..., cinquenta e quatro..., cinquenta e cinco..., cinquenta e seis punhadas pararam o teu coraçom livre. <br />
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<span style="color: #666666;">Tatiana Vázquez foi assassinada em Castro de Rei o sábado 9 de Abril de 2016<br /><br />---</span>LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-8644458601531181012016-02-14T21:30:00.003+01:002021-07-10T17:13:16.876+02:00A caça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-SA16-S-1vqM/VsDjmsqQ4qI/AAAAAAAAI4s/hK1pr07iOtI/s1600/saraibada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-SA16-S-1vqM/VsDjmsqQ4qI/AAAAAAAAI4s/hK1pr07iOtI/s450/saraibada.jpg" /></a></div>
Sam Valentim e as trampas do amor, do amor-morte. Trampas mortais. Porque ti só lhe concederas falar, falar mais umha vez. Falar, “que nom fai mal a ninguém”, e ali tinhas aos teus filhos, por se passava algo... As trampas do amor, as trampas do amor-tramposo. Depois do duro que foi cair na conta de que te equivocaras, mais outra vez, as trampas do amor-veleno. E ti só querias estar bem, sentir-te bem, amor-seguro, amor-confiança, amor-apoio, amor-cumplicidade, amor-livre...<br />
<br />
Agora se laiam? Laiam-se os ouvidos que ouvirom? As mentes que pensarom? Laiam-se as linguas que nom che advertirom? Os braços que nom te protegerom? Os corpos que nom o impedirom? As mentes que sabiam que ia passar e nom o impedirom? Laiam-se ou vam lamber as feridas dos teus filhos? Laiam-se ou miram de esguelho o teu corpo rebentado, mentres em Becerreá ainda soam os golpes de tambor da caça? <br />
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<span style="color: #999999;">Ana Gómez foi assassinada em Becerreá o 11 de Fevereiro de 2016</span><br />
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---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-56560541951027404492016-01-30T12:31:00.003+01:002021-07-10T17:13:51.364+02:00Na encruzilhada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-3umnnn6urnI/Vqye02wf8dI/AAAAAAAAI30/BlKNGm-Vkg0/s1600/IMG_20151121_091318.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-3umnnn6urnI/Vqye02wf8dI/AAAAAAAAI30/BlKNGm-Vkg0/s320/IMG_20151121_091318.jpg" /></a></div>
Ninguém nega já que o feminismo logra estar presente na agenda política, e vai ficar por muito tempo. Na passada campanha a maioria das formaçons políticas esforçaram-se por apresentar uns programas onde a violência machista, a concialiaçom da vida familiar e laboral, os serviços de cuidados e a dependência, tiveram um lugar destacado, ainda sabendo que muitas dessas promessas ficariam em muitos casos, no caixom dos distintos ministérios, se ninguém se lembrava de reclamar a sua execuçom em políticas reais.<br />
<br />
Mas o feminismo é teimado e aparece e reaparece na palestra pública, seja para restar votos ao partido <i>Ciudadanos</i>, quando questiona a existência da violência machista, ou para protagonizar a abertura do Congresso da mam da imagem de Carolina Bescansa aleitando ao seu bebe. Todo um acontecimento mediático que desatou um massivo debate social sobre a conciliaçom, hoje por hoje, quase impossível de acadar para a maioria, entre vida laboral e familiar.<br />
<br />
Numhas novas coordenadas mundiais, onde a geopolítica volve substituir o que foram tímidos começos de relaçons internacionais baseadas na cooperaçom, o poder hegemónico descobre no feminismo umha fonte de argumentário moi útil para justificar, paradoxalmente!, políticas reaccionárias e de fundo carácter patriarcal. O último exemplo teria-mo-lo nas agressons sexuais sofridas por centos de mulheres na Alemanha, justificando as políticas contra os direitos humanos das pessoas refugiadas da guerra, aprovadas ao dia seguinte polo governo deste país.<br />
<br />
O feminismo na Europa, semelha estar na encruzilhada na que sempre se lhe situou no passado século em tempos pre-bélicos. Dum lado, apresenta-se-lhe umha política europeia, austericida, virada claramente à actividade bélica em muitas regions de África e Oriente Médio; umha política de portas fechadas à imigraçom ou à acolhida de pessoas refugiadas; umha política de recortes de direitos e liberdades e de domínio absoluto dos poderes financeiros e das grandes corporaçons económicas, onde as mulheres vem agrilhoadas as suas condiçons de vida e obstaculizado o seu caminho cara à igualdade. Por outra banda, a ameaça do aumento da patriarcalizaçom da sociedade, co avance da influência de regimes e movimentos políticos e armados, que instauram nos territórios que dominam a plena submissom das mulheres e nenas. Os atentados em cham europeio por parte destas organizaçons cumpririam um duplo objectivo de instaurar o medo e dobregar resistências a políticas de recortes de liberdades a prol da “seguridade”. Mentres, o regime turco, amigo e colaborador da Europa da Troika, assassina feministas curdas que como muitas outras pessoas de bem, levam resistindo nos seus territórios, as políticas de expansom e exploraçom dos recursos, e regimes e organizaçons de integrismos vários.<br />
<br />
Para sair com bem desta encruzilhada, as feministas europeias estam chamadas a realizar duas tarefas primordiais. Por umha banda criar redes de apoio, aumentando a sua influencia entre os movimentos sociais e partidos políticos que loitam por transformar a contorna europeia, e por outra parte afinar o seu discurso para minimizar as gretas por onde os inimigos das mulheres podam inferir danos irreparáveis. Ambas as duas tarefas som necessariamente complementares.<br />
<br />
Em quanto a esta segunda tarefa, as feministas europeias devem concretizar mais o seu discurso sobre a interculturalidade, que afronte sem tabus os problemas associados à imigraçom ou às pessoas refugiadas em território europeio. Hai experiências que se devem dar a conhecer para valorar no seu alcance e objectivos, caso da iniciativa de Alternativas à Violência em Noruega.<br />
<br />
No estado espanhol, as feministas, depois de ter livrado umha dura batalha contra o recorte do direito ao aborto, tenhem colocado a violência machista no primeiro lugar das suas prioridades: o feminicídio é umha realidade que irrompe nos noticiários um dia sim e outro também. A Contrarreforma constituída polas forças políticas reaccionárias e neoconservadoras, as instituçons das distintas religions com presença no estado e umha parte moi activa e beligerante do poder judicial, levam um tempo aplicando com bastante éxito um contra-discurso baseado na existência de denúncias falsas ou da manipulaçom das instituçons e das leis por parte do <i>lobby</i> feminista.<br />
<br />
A inclusom dos nomes de varons vitimas de violência machista; a realizaçom de experiências educativas que demostram avanços quantificáveis em igualdade em povoaçons moi novas; a colaboraçom estreita entre universidade e movimento, ou a asignaçom de recursos para programas de igualdade desde as instituçons governadas polas forças transformadoras, e muitas mais iniciativas, podem conseguir ampliar a hegemonia que o feminismo está a ter na sociedade, nom sem problemas, nom sem vitimas, que o som, nom o esqueçamos, por exercer o direito a decidir, exercer a liberdade. Construir essa sociedade compactada ao redor dos valores feministas, é a maior garantia de fortaleza contra da ameaça da oligarquia financeira e belicosa, e dos integrismos.<br />
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Caranza, Janeiro 2016<br />
---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-26045312248420632522016-01-14T10:00:00.001+01:002021-07-10T17:16:35.749+02:00Erades companheiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-lvlrSMbZL7M/VpdkRrY9SFI/AAAAAAAAI2Q/HWQeJbyiyMg/s1600/IMG_20160101_201615.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-lvlrSMbZL7M/VpdkRrY9SFI/AAAAAAAAI2Q/HWQeJbyiyMg/s400/IMG_20160101_201615.jpg" /></a></div>
Agora sei o motivo polo que ti Marina, nom querias utilizar as palavras que puderam sair dos meus dedos para enlaçar-te na longa ringleira que formais todas vós, neste Feminicídio, reconvertido neste sítio, em Santa Companha que nos interpela aló onde imos, para sentir-mo-nos ainda mais ocas de palavras e de ideias suficientes para dar-vos justiça e acougo, e pôr definitivamente o último elo nesta grande cadeia.<br />
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Nom querias começar a andar porque che faltava ela, Caridad. O 29 de Dezembro o vento soprou para as duas, dumha esquina a outra do país, de Narom a Mos. O seu corpo e o teu. O teu sangue e o dela. O ruído do teu corpo roto e o ruído batendo do coraçom dela, até apagar-se, coma o teu. O 29 de Dezembro fostes duas, a um tempo. O 29 fizestes-vos companheiras.<br />
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Nos rueiros e caminhos de Narom escoitam-se frases de alivio. A tinta do jornal fala do golpe mitigado na povoaçom ao constatar que ninguém de fora vinhera fazer o mal. Paradoxa! O mal está dentro, e tam enraizado entre nós, que semelha que é menos mal que outros afastados ou alheios.<br />
<br />
* Caridad Pérez Calderón (Narón) e Marina Rodríguez Barciela (Mos) forom assassinadas o 29 de dezembro de 2015.<br />
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---LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25811889.post-17059678609643609382015-12-26T22:42:00.003+01:002021-07-10T17:17:18.408+02:00Tempos de mudança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-67TOtT2EXdE/Vn8JnThT9NI/AAAAAAAAI0s/zrIYZEkQZPM/s1600/caba%25C3%25A7as.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://4.bp.blogspot.com/-67TOtT2EXdE/Vn8JnThT9NI/AAAAAAAAI0s/zrIYZEkQZPM/s320/caba%25C3%25A7as.jpg" width="320" /></a></div>
O resultado nom poderia ser outro do que foi, mas havia que intentá-lo. Nem umha melhor campanha, nem sequer um maior espaço nos médios conseguiria sustancialmente variar o que estava reflexionado e decido na vontade popular. NÓS Candidatura Galega nom conseguiu o seu objectivo de acadar representaçom.<br /><br />
A razom fundamental é sem dúvida a necessidade urgente dumha parte da cidadania galega de mudar as cousas. Nom querem outros 20 anos de trabalho honrado e fiel a Galiza desenvolvido polo BNG e tam repetidamente reivindicado em campanha. Ante a promessa de continuísmo, a parte mais consciente e sufrinte da sociedade galega, apostou por um cambio, apostou por umha estrategia que di que o cambio tem que ser aqui e agora. Umha estrategia à que se agarram coma um cravo ardendo para que cambie aquilo que lhes causa dor nas suas vidas: a falta de emprego; o abuso hipotecário e bancário; o trabalho escravo, o empioramento das condiçons salariais, laborais e de seguridade; a privatizaçom e recortes dos serviços públicos, sanidade, educaçom e dependência; os desafiuzamentos; a pobreza energética; ... Ante outros 20 anos intacháveis, mas ermos em quanto á capacidade para melhorar a realidade desta parte da sociedade galega, que resiste entre a precariedade e as redes familiares de apoio, o voto a En Marea, foi umha alternativa que arrinca dum desejo moi maioritário de que todo melhore, e que pare o latrocínio e a corrupçom. <br /><br />
En Marea conseguiu, co efeito chamada de Podemos, compactar a umha ampla maioria da esquerda social, que mágoas aparte de nom ter conseguido umha lista única, apostou polo cavalo ganhador e sobre todo, polo cavalo que claramente avançava cara adiante, “hai que atravessar a barreira de lume coma seja e quanto antes“. Nestas eleiçons, a urgência, as ganas de ganhar, de sentir-se no grupo ganhador, forom moi maioritárias. Muita gente vai seguir apostando claramente por esta estratégia para ver se se consegue, se se tumba à besta.<br /><br />
O sentimento nacional foi reconduzido maioritariamente cara essa estrategia, e em certa medida a existência na última hora de NÓS Candidatura Galega, facilitou maiores compromissos de carácter nacional dentro das negociaçons, agora sabemos que começadas hai um ano, onde se passou de afirmar que a criaçom dum grupo parlamentário próprio era tecnicamente impossível de conseguir, a converter-se num elo importante do discurso de En Marea ao longo da campanha, e agora, conseguida a aprovaçom de Pablo Inglesias, reconhecido como um feito histórico, independentemente dos obstáculos que vai atopar no caminho imediato: o da própria composiçom interna e os conflitos de obediência partidária que se derivam dela, e o da reaçom do próprio sistema que provavelmente vai utilizar todos as leituras possíveis do regulamento parlamentar para impedir a sua constituçom.<br /><br />
Quedou demostrado neste processo, que a urgência o barre todo, que os pactos entre cúpulas ou as intencionadamente sobredimensionadas diferenças que impedem unidades mais amplas, nom têm custe, quando menos para a parte que acadou representaçom, que seguem a ver as primárias abertas, e os modelos de participaçom assembleários, coma um perigo para que as pessoas elegidas polas cúpulas para levar o leme deste processo, podam acadar os postos que precisam. O único custe é para o processo em sim: a incorporaçom de NÓS e de IU às listas das coaliçons , teria conseguido um efeito multiplicador e acelerante, estaríamos diante dum resultado muito mais favorecedor para configurar no estado um governo à esquerda capaz de fazer as reformas urgentes, socialmente mais necessárias e demandadas que afetam à vida e o bem-estar de milhos de pessoas. Um cenário bem diferente para fazer valer o direito a decidir.<br /><br />
Ficam apenas uns meses para enfrontar umha nova contenda eleitoral, umha cita que vai estar marcada polo devenir da construçom do novo governo e pola possibilidade de ampliar ou nom as forças que se coaliguem com Podemos. Três anúncios vêm a sinalar que o caminho já encetou, ainda que é difícil saber que é o que já está pactado ou nom. Por umha parte as declaraçons de Martinho Noriega negando a sua candidatura a presidente da Xunta; por outra parte as declaraçons de Beiras que abrem essa possibilidade, quando menos para ele liderar a candidatura, e por último o anuncio dum processo de reflexom e debate que rematará numha assembleia nacional do BNG em Março.<br /><br />
O BNG tem por diante um caminho complicado e qualquer das decisons que tome vai ser negativa para a organizaçom, tal como está concebida até agora. É por isso que o BNG devería desbotar do debate que começa, centrar-se só nunha olhada introspectiva. As gentes do BNG, mais umha vez, devem exprimir-se ao máximo e decidir o que considerem mais positivo para os interesses da Naçom e do Povo, aqui e agora, nestes momentos que estamos a viver, onde todo cambia, e todo muda, e volve a mudar. Sería bom demonstrar à sociedade galega que NÓS, nom é só umha marca eleitoral do BNG, senom o gromo dum movimento capaz de abrir novos processo de participaçom política, um movimento que saiba construir alianças necessárias para construir as novas hegemonias onde os direitos e interesses da Galiza estejam reconhecidos.<br />
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LupeCeshttp://www.blogger.com/profile/13723569479697433973noreply@blogger.com0