sábado, março 19, 2011
Imos à guerra!
Nom sei moi bem a quem lhe sorria o representante chinês quando alçou a mam no Conselho de Seguridade da ONU. Nom estou certa se foi ao representante francês, ao ruso ou à representante de USA. O que sim acertei foi a interpretar o que aquele sorriso vinha a dizer. Era a brincadeira de quem até o último momento joga co ocultamento da sua carta numha partida de baralha, convertendo numha trivialidade o feito terrorífico da aprovaçom dumha guerra de intervençom, num país soberano, por parte dumha coalizom de potencias estrangeiras.
Para resolver um conflito o último que se deve fazer é avivá-lo, ampliá-lo ou agravá-lo. Eis o que vem de fazer o Conselho de Seguridade sem tam sequer avaliar o informe de situaçom realizado polos seus enviados especiais a Líbia.
Os submarinos atômicos, os porta-avions, os caças de combate, os avions pilotados por controle remoto... nom vam ajudar à estabilidade, nem proteger vidas humanas ou praticar solidariedade como tam hipocritamente manifestava a Ministra de Defesa, Carmo Chacón. As armas som para matar e a guerra para destruir.
O representante francês no Conselho de Seguridade dizia que nom se disponha de muito tempo, mesmo falava de horas para que a intervençom fosse possível. A diferença parecia estar em que o regime de Gadafi podia em horas, estabilizar a situaçom e sufocar o levantamento armado contra do seu governo. O objectivo da operaçom militar internacional queda assim totalmente espido. Pretende-se umha intervençom para desestabilizar o país, acavar coas instituiçons do estado libio e fazer-se cos recursos naturais ( petróleo, gas e sobre todo auga), ademais de cumha muito cobiçada situaçom geopolítica na fronteira com muitos países de grande interesse, entre eles Egipto, Argelia e Niger.
Comecemos logo a despedir-nos do país africano coa maior esperança de vida, ou o mais alto no índice de desenvolvemento humano do continente da hambruna, a SIDA e as guerras fracticidas e os genocidios.
Um diligente Conselho de Seguridade, ante umha revolta armada, em menos de quinze dias pom a todo um povo baixo a ameaça dumha agressom armada a escala internacional. Esse mesmo conselho de Seguridade que nom é quem de fazer cumprir nem umha soa das muitas resoluçons de condena a Israel. O mesmo artrítico Conselho que se mostrou incapaz de parar o bombardeio à povoaçom de Gaza, ou tanta morte e destruçom em Iraque, Afeganistam, Congo, Somália... O mesmo Conselho que olha para outra parte quando as tropas de Arabia Saudi, estes dias, acude ao chamado da monarquia de Barein para assassinar manifestantes, desta volta desarmados.
Seica a declaraçom de guerra no estado espanhol tinha que tê-la aprovado o Parlamento. Mais aló imos à guerra! sem que se nos consulte, e sem que poidamos valorar o calado desta decissom. Como contrasta a rapidez da intervençom coa lentitude da reacçom internacional ante o desastre de Japom!. Nom teria sido melhor mobilizar todos esses recursos armamentísticos para ajudar á povoaçom japonesa e enfriar o reator que tanto ameaça a vida por aquelas latitudes, e mandar a Libia, como propunham os países do ALBA, umha delegaçom diplomática de “boa vontade” para intermediar entre as partes? Quem será essa oposiçom líbia? Que projeto político terá para Líbia? Que interesses representa que podem mercar o veto de potencias como Rusia ou China e mobilizar a flota da OTAN em quinze dias?
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