sexta-feira, março 16, 2007

Os gemelgos Kaczynski, a nova Inquisiçom polaca

A notícia da aplicaçom da Lei em Polónia pola que mais de um milhom de pessoas vam ter que declarar se colaborárom ou nom co régime comunista, é o sinal que fai saltar todas as alarmas ao respeito do caminho que vem tomando o estado polaco nos últimos anos. A aliança entre o Partido Lei e Justiça dos gemelgos Kaczynski e o partido Liga das Famílias Polacas, está dando os seus frutos. Estám conseguindo criminalizar as práticas sociais, políticas ou religiosas que se apartem da linha integrista católica que pretende impor-se assim, coa lei e o medo, para criar, no meio da Europa que luita e trabalha polas Liberdades e a Igualdade, um estado confesional onde a moral católica-romana, tam beligerante cos direitos humanos, dicte as leis.

Sr Kaczynski, confeso que militei num tempo no partido comunista UPG, do que guardo luzes e sombras, mas no que me impregnei de valores como a Igualdade e a Solidariedade, que som valores comunistas, valores que inspirarom muitos cámbios sociais muito possitivos e que fazilitárom a criaçom no seio de estados capitalistas como o nosso do modelo chamado de bem-estar.

O aborto em Polónia é ilegal. As políticas de Planeamento Familiar som consideradas perjudiciais para a saúde, mesmo actua no país a organizaçom Farmaceuticos pola Família que se adica a recolher os escasos e carísimos preservativos e destruí-los. Às mulheres polacas incitase-lhes a ter mais crianças mentres a Liga das Famílias Polacas asegura no parlamento que o divórcio é perjudicial para a saúde. A Pátria polaca chama a parir sangue novo, mentres se verte sangue novo polaco na guerra de Iraque. A família patriarcal, que pom a cada quem no seu sítio, e nom mistura os roles que deve cumprir cada parte do matrimónio, é a única garantia para acabar coa violência de género. Umha situaçom que mesmo é denunciada polo Comité dos Direitos Humanos das Naçons Unidas.

Sr Kaczynski, confeso que eu som umha dessas mestres que vostede está disposto a expulsar dos centros de ensino em Polónia, pois intento transmitir os valores do respeito e a liberdade, o que supom incorporar livremente as opçons homosexuais como umha realidade mais, umha opçom das pessoas. Mas comprovo dia a dia que a homofóbia no seu país medra em todos os ámbitos. Os colectivos gays e lésbicos som atacados constantemente pola Juventudes da Liga, e na universidade se censuram ou proibem os estudos relacionados coa liberdade sexual. A homofóbia é mesmo levada aos debates do Parlamento Europeio, onde os representantes da ultradereita polaca venhem de formar grupo parlamentar próprio coas outras ultradereitas europeias encabezadas por Le Pen. A bandeira que lhes une é o racismo, a xenofobia e o antisemitismo, e um modelo social ultracatólico. Todos os valores que impulsárom o nazismo e o fascismo em Europa e que custarom milhons de mortes na Segunda Guerra Mundial, e que sustentárom o regime de Franco mais de cuarenta anos. Mas a legalidade do golpe fascista de Franco é outra das ideias que se propagam em Polónia, como asegurou o mais jovem parlamentário polaco da Liga na sua visita a Madrid com motivo da celebraçom do Foro Europeio contra a violência de género. Mas este jovem ultraconservador aproveitou mais a sua reuniom co Partido Carlista, onde inspirou ánimo a esta organizaçom de ultradereita, que tanto se fixo ver na última manifestaçom convocada em Madrid polo PP, para defender Espanha.

Estou segura que muitas pessoas que se estám manifestando co PP estes meses querriam ver algo semelhante aqui. Mas por sorte, eu tenho umha voda este mes de agosto, casam as minhas sobrinhas; a minha filha pariu umha nena e sei que se o deseja, pode decidir com liberdade ter mais ou nom; no mês de Maio, quando as eleiçons municipais, a Lei de Igualdade obrigará aos partidos a animar e facilitar a participaçom das mulheres nas suas listas... Sei que seguem morrendo mulheres vítimas de violência, que estám as condiçons laborais, que as multinacionais e os bancos imponhem as reglas do máximo benefício, que a especulaçom destrui a natureza,... sei, isso e muito mais, mas hoje, vendo o que passa em Polónia digo que ninguém nos quite o que temos, nem um passo atrás.

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2 comentários:

Anônimo disse...

E muito bom.

As religions estam para isso, nom fam máis que cumplir o papel para que forom desenhadas, a manipulaçom e o sometemento.
Meu abraço e muita força para as vitimas polacas.

Xiru k disse...

Relacionei este artigo no Diario Ateista, "confeso" que por la ha algum que outro integrista empenhado em nos batiçar,nom penso que tenham a bem passar por aquí, entre outras características, posuem um marcado sentimento de telo tudo sabido, pois som iluminados por Deus em "pessoa" bom em "trindade" bom é igual, o que eu penso e que se levam algumas luzes, ha tempo que elas se fundirom........