Considero que o feminismo fixo algo mais que um contributo, reconstruíu os alicerces da própria emancipaçom humana, porque sentou as bases da construçom da democracia e deu sentido aos valores e aos direitos humanos. No caminho libertador nom se pode escluir ao 50% da humanidade, senom nom podemos falar de emancipaçom nem de justiça. O feminismo fixo possível sair das sombras da caverna de Platom para contemplar a realidade em mais dumha dimensom e coas cores da diversidade. Adentrou-se no privado e na nossa construçom psicológica, questionando mesmo expressom dessa construçom como a linguagem. Só desde posiçons conservadoras ou de desconhecimento se pode afirmar que já nom é necessário. A situaçom das mulheres no planeta indica todo o contrário, e a pluralidade e multiplicidade das expressons feministas som o indicador de que vemos nele umha ferramenta útil, o nosso movimento emancipador. Sendo relativamente recente, se temos em conta a história da humanidade, queda por diante um futuro que aguardamos cheio de conquistas e profundamente transformador.
Na velha Europa podemos considerar que hai um caminho andado, mas se observamos os efeitos da violência contra as mulheres, a situaçom do direito ao aborto, o modelo económico de produçom e consumo que asfixia a reproduçom e o coidado humano, a religiom maioritária profundamente misógena ... comprovamos todo o que queda por fazer e o importantes que som avanços como o que se deu em Portugal co resultado do referendum do aborto, ao frear um integrismo que está em plena ofensiva por manter em Europa as estruturas patriarcais. A incorporaçom de novas geraçons de feministas, ainda num país tam avelhentado coma o nosso, ponhem um ponto de optimismo nessa olhada cara esse futuro trabalhoso.
Caranza, 25 de Fevereiro de 2007
Lupe ces
Publicado na revista "Tempos Novos" nº118 Marzo-2007
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