saem os federicos ao
campo em Andalucia
nom sabem que
começou a noite
e nada se sabe do
dia
saem os federicos a
pôr o peito e a vida
e o monstro sedento
espreita
a sugar a valentia
na fragua afogam as
nenas
prata e ferro, lua
cheia
vam os federicos
todos
aos campos da noite
eterna
mas seguem os versos
no ar
e no coraçom da
terra
que hai que abrir as
aguas
para acolher a
patera
que nom que nom
que ao poeta nom se
enterra
e o fantasma segue
vivo
na veiga e mais na
serra
canta Federico
canta!
que nom afogue a tua
terra
com o ódio que
sembra o monstro
e que afunde as
pateras
canta Federico
canta!
enche-nos a alma e
as veias
com poemas de carne
e fel
eternos como as
estrelas
que vam outros
federicos
a tentar de
recolhe-las
antes de que o
monstro poda
matar com noite ao
poeta
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