Quem me conhece sabe da
minha posiçom radical contra o uso da violência como arma política.
Posiçom que vem, nom só dumha reflexom política, um enraizamento
da cultura da paz na minha vida, e um compromisso ético, senom
também dumha dura experiência pessoal. Em muitos foros tenho
denunciado a irresponsabilidade e veemência, por nom dizer demência,
das pessoas responsáveis de certos posicionamentos políticos
enfermiços que tenhem a violência como principio e fim, carregando
geraçom tras geraçom a un bo feixe de moços e moças, que amam o
país que habitam, tras os muros das prisons.
A detençom de duas
pessoas em Ferrol, Júlio Saians e Silvia Casal, moi conhecidos entre
os círculos culturais, nacionalistas e independentistas da cidade,
obriga-me a premer as teclas do computador para pôr terra por medio,
nom coas pessoas detidas, senom para afastar-me e condear a operaçom
policial que se desenvolveu na nossa cidade.
Desde as pessoas que lhes
som próximas, chega o relato da vulneraçom dos seus direitos.
Ilhamento, traslado a centos de quilómetros da sua casa, manipulaçom
da sua imagem pública nos médios de comunicaçom, vulneraçom do
direito à presunçom de inocência... e todo por umhas acusaçons
que o proprio Ministerio do Interior na súa pagina web, apenas é
quem de redactar.
Hai ademais um bebê de
oito meses que é separado da sua nai lactante. E é o caso de
Silvia, onde mais claramente se manifesta a desproporçom da acçom
policial. Na Marcha Mundial das Mulheres, temos escoitado muitas
vezes o relato de mulheres dos cinco continentes, de como foram
usadas como arma de guerra contra a sua família e às suas
comunidades.
Na página do Ministério
de Interior, onde se informa da sua detençom, nom se sinalam
acusaçons contra ela. Perguntemo-nos pois para que é útil a
detençom de Silvia. Perguntemo-nos pois que leis permitem separar a
um bebê lactante da sua nai. Perguntemo-nos pola necessidade de
traslada-la a centos de quilómetros da sua casa. Perguntemo-nos a
quem beneficia utilizar a vulnerabilidade dumha nai ante a separaçom
do seu bebê.
O Ministerio do Interior
equivoca-se se pensa que as pessoas que nom admitimos a violência na
praxis política, social ou privada, imos tolera-la na actuaçom
policial. A vulneraçom dos direitos humanos por parte do estado,
cobra perverso valor ante a impotência e indefensom que crea na
cidadania que devera proteger. Eis a minha denúncia e o meu
compromisso.
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Um comentário:
A presunción de inocencia, a culpabilida dunha meniña, a coordinación de medios de comunicación e policia indican que as liberdades no noso pais é unha causa pola que paga a pena loitar. Rafa.
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