domingo, abril 13, 2008

Resaca de debate


Sentimos um sabor agridoce polos debates que se dérom no Parlamento espanhol estes dias para eleger ao Presidente do Governo. É um sentimento contraditório. Por umha banda lembramos aquel 8 de Março de 1999, quando as organizaçons feministas e sindicais, percorríamos as ruas de Compostela baixo o lema "Queremos ser um problema de estado", denunciando as agressons machistas e o número de mulheres mortas a maus dos seus agressores. Zapatero acaba de anunciar que vai reunir aos presidentes das Comunidades Autónomas para falar de violência de gênero como um problema de estado. Passárom 10 anos, e moitas mulheres mortas, mas parece que imos conseguindo arrincar pequenas vitórias ao patriarcado. Mas as raízes da violência na organizaçom social, religiosa, militar, na educaçom afetivo sexual e mesmo na organizaçom do trabalho e a economia seguem case intactas, mesmo algumhas, como no caso das estruturas religiosas, parecem apontar um rebrote da misoginia.

Por outra banda, quedárom sem nomear no debate reivindicaçons feministas moi presentes na última fase da legislatura, como é o caso da Lei do aborto. Sorprendentemente só mencionada polo portavoz do BNG, e totalmente esquecida polo candidato a governar.

Estaremos diante dumha legislatura onde se dê um frenazo às políticas de igualdade e de defensa dos direitos das mulheres? Estaremos ante umha política de manter o que se tem sem avançar?

As feministas sabemos, que no caso do direito ao aborto, esta postura política nos deixa na total indefensom. Bota-nos diretamente nas garras dos inimigos das mulheres, os integrismos religiosos disfarçados de defensores da vida. Os mesmos que vem com malos olhos os coidados paliativos. Preparemo-nos pois para estes anos borrascosos.
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