As
queimadas do nordés
ártabras
de Prior
subindo
a Monteventoso
e
baixando ate Valom.
As que
subiamos Chamorro
a
soterrar no solpor
aqueles
corpinhos mortos
depois
de pari-los nós.
As que
no mil catrocentos
nom
saímos a fuxir
e
luitamos contra a peste
sem ter
a quem acudir.
As que
o lume vencemos
no
século dezasseis
que
levou trescentas casas
que
houve que erguer outra vez.
As de
cesta na cabeça
para o
dique,
para a
lenha,
para o
leite,
para a
roupa,
para o
peixe e o carbom.
As que
abalamos as pedras
a soar
coma canhons
para
espantar ao inglês
polos
montes de Briom.
As que
limpamos o sangue
de
Antonia Alarcom
e a
velamos varias noites
onde a
tirania a deixou.
As que
inspiramos justiça
na alma
de Concepçom
e
demos-lhe pegada forte
para
abrir as prisons.
As que
choramos a Amada
bicando
o seu paredom
e
aninhámavos cos olhos
ao
filho que nos deixou.
As da
Pisbe,
a
Madereira,
soa a
serea em Pinhom,
as de
Hispania,
as do
sal,
a
comida em caldereta
soa o
pito da Bazán,
As que
saímos com Mela
aló no
setenta e dous
para
romper as algemas
cos
punhos coma ferróns.
As que
vemos o futuro
cheio
de nubarróns,
e
seguimos sendo ártabras
dende o
abrente ao solpor.
……..
Somos
as de Trasancos,
somos
as de Ferrol.
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