Ontem, da mam das organizaçons mais conscientes na defensa do território, ADEGA, Verdegaia, SGHN e a Plataforma de Defensa dos Camiños, assistim perplexa a um roteiro polo rio Baa, um rio que atravessa as terras de Bezoucos, nos concelhos de Fene, Cabanas e Mugardos. Segundo íamos avançando a jornada, a minha expressom de perplexidade ía tornando-se mais significada, suponho que por discreçom e boas maneiras, ninguém me comentou nada, mas o estado de shok no que ia entrando, entre chuvascos e raxeiras, devia ser moi evidente.
Todo começou quando nos fixerom subir em riba de miles de toneladas de “áridos” asfálticos situados na canle do rio, no polígono de Vilar de Colo. Alí a voz acreditada dum químico da Universidade de Compostela, falou da presença de cancerígenos e mutagénicos, falou de escorrentias que estam a levar essas substancias tam perigosas às augas do rio Baa, que as depositará na Ria de Ferrol … ; falou-se de corrupçom, interesses políticos, que fam possível que uns residuos letais poidam vir de Holanda e depositar-se num território que, como vimos logo ao longo do resto da jornada, é dum valor ecológico e cultural incalculável. Uns resíduos que ademais de naquela montanha de horror, estám formando parte já dos recheios do polígono de vivendas do bairro do Bertom, ou no porto exterior.
E eu, que conhecia polos correios e polos jornais as denuncias que contra esses mal chamados áridos existiam, agora os tinha diante, e nunca os imaginara tam imensos e ameaçantes..., e sentim o mesmo que o primeiro dia que me acheguei aos depósitos de Reganosa, raiba e impotência. Ao nosso território botárom-lhe estrume nas galas dum dia ...
Achegamo-nos logo ao “menir de San Lourenzo”, onde restos de ritos de sanaçom, ainda ficam espalhados cada día ao redor da pedra mágica. Alí, por um momento, sonhei que antergos habitantes do Castro de Prismos, juntavam-se a nós, porque para livrar-nos de tanta ignominia vam fazer falta muitas mans ...
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