segunda-feira, novembro 24, 2008

Que pode aguardar Europa de Obama

Nom podemos ignorar, a intensidade simbólica que tem o feito de que um home negro ocupe a Casa Branca. Como se lembrava estes dias nalgúns sectores de EEUU, é umha vitoria que um edifício construído por escravos, vaia estar ao fim ocupado por umha família descendente de escravos. Michelle Obama é-o, e as suas filhas polo tanto também. Todo isto, junto à grande corrente de participaçom e ganhas de cámbio que percorreu a sociedade norteamericana nestes meses, fai que o triunfo do candidato demócrata tenha um efeito positivo em si mesmo.

O que nom podemos é aguardar grandes cámbios na sua política interior nem exterior. A administraçom Obama nom tem pensado someter-se às instituiçons internacionais para a resoluçom dos muitos contenciosos que mantém com distintos povos do planeta. Seguirá mantendo o seu direito a veto no Conselho de Seguridade da ONU. Tampouco tem pensado propôr a disoluçom do BM, o FMI ou a OMC, instituiçons que controla para que sirvam aos interesses da sua oligarquia militarista. É por isso que os sectores socias da Europa que temos interesses comúns na luita contra o neoliberalismo e na construçom dumha sociedade mais justa, nom podemos depositar as nossas esperanças na presidencia de Obama. Começando a sentir, dum jeito mais agudo, as conseqüências da crise financeira (paro, congelaçom salarial, suba de preços nos produtos básicos e na energia de consumo doméstico); aumentando as agressons racistas e xenófobas, sobre todo contra o povo cigano; com vários governos de ultradireita participando nas instituiçons europeias; com constantes ataques aos direitos fundamentais das mulheres por parte dos fundamentalismos religiossos, é mais realista virar a olhada para outros países americanos, onde os seus governos estám pondo freio com políticas económicas e sociais, ao domínio das grandes coorporaçons ou aos designios do FMI, o BM e a OMC. A esperança imo-la pôr entóm, nas nossas próprias forças, e junto ao resto do planeta, nesses proxectos que estám intentando acabar coa pobreza limitando a riqueza.

Lupe Ces
24-11-2008

Publicado na revista "Tempos Novos"
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